Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

O psicólogo como adjuvante no tratamento da hipertensão

Por:   •  19/2/2018  •  2.087 Palavras (9 Páginas)  •  334 Visualizações

Página 1 de 9

...

Segundo Brunner & Suddarth (2005, p.905) a hipertensão “é o débito cardíaco multiplicado pela pressão periférica”, ou seja, é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias para se movimentar. Para o Ministério da Saúde (2006, p.7), “Hipertensão, é quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou 14 por 9”. Hipertensão arterial é, portanto, uma doença definida pela persistência de pressão arterial sistólica igual ou acima 140mmHg e diastólica acima ou igual a 90 mmHg. Segundo Messa (2010), em 2000, a prevalência mundial da hipertensão arterial foi estimada em cerca de 26% e até 2025, ela terá aumentado cerca de 24% em países economicamente desenvolvidos e, nos países em desenvolvimento, o aumento previsto é de 80%. Necessário, portanto, investimentos financeiros e científicos no âmbito da saúde pública, na tentativa de amenizar o impacto nos custos deste setor.

HISTÒRICO HIPERTENSAO

Sabe-se que a primeira medida experimental da pressão arterial foi feita, em 1711, por Stephen Halles, na Inglaterra; a pressão foi medida em um cavalo, imobilizado por um grande número de estudantes; Halles colocou uma cânula na arterial crural do animal, conectando-a um tubo de vidro de três metros de altura. A coluna de sangue se elevou a dois e meio metros de altura acima do animal, tendo sido este o primeiro registro de uma pressão arterial.

A hipertensão arterial foi clinicamente valorizada com o aparecimento dos primeiros aparelhos de medida, no início do século, inventados pelo italiano RivaRocci, em 1896, em Turim. Os aparelhos que vieram para o Brasil provinham da França e eram do tipo Pachon. Em 1905 o russo Korotkoff desenvolveu o método auscultatório de medida indireta da pressão arterial, através do esfigmomanômetro. Antes de 1950 não havia um tratamento medicamentoso efetivo para a hipertensão arterial. Segundo Perera, mais da metade dos hipertensos graves morria de insuficiência cardíaca congestiva, 15% de coronariopatia, 15% de insuficiência renal e 15% de hemorragia cerebral.

FATORES DE RISCO

A hipertensão arterial pode ser primária/essencial ou secundária. As causas da hipertensão arterial primária não são conhecidas na maioria dos casos, já a hipertensão arterial secundária deve ser investigada, uma vez que o diagnóstico etiológico significa, em muitos casos, a possibilidade de tratamento específico e cura ou controle por intervenção clínica ou cirúrgica.

Quanto aos fatores de risco conhecidos para a hipertensão arterial, os mais importantes são: obesidade, fumo, ingestão de álcool, história familiar de hipertensão, fatores psicológicos, certos traços de personalidade e estresse, que podem ser importantes desencadeadores no desenvolvimento da hipertensão. Ainda, como fatores de risco, a genética e os fatores ambientais (obesidade, inatividade física e abundância no consumo de sódio).

Por causa da relevância do tema, muito se tem estudado sobre o assunto, embora pouca atenção tenha sido dada à associação dos fatores emocionais (raiva, hostilidade, impulsividade, ansiedade) com a pressão arterial.

É possível também verificar em estudos que emoções como a ansiedade, quando bloqueadas, podem, por meio da influência que exercem no sistema nervoso autônomo, favorecer a crise hipertensiva em determinados pacientes com predisposição genética. O estresse repetitivo ou uma resposta exacerbada de estresse é um sinal da ativação desse sistema. A atividade simpática na hipertensão está envolvida no índice de morbidade e mortalidade cardiovascular.

Torna-se de extrema relevância “A Interação do Psicólogo como adjuvante no Tratamento da Hipertensão Arterial” e com esse objetivo foi desenvolvido o presente trabalho.

- OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é estudar a Interação do Psicólogo como Adjuvante no Tratamento da Hipertensão Arterial e/ou como o Psicólogo pode ajudar no tratamento de pacientes hipertensos.

- MÉTODO

Realizou-se um levantamento na base de dados Lilacs, através de 4 artigos, onde se deu através dos descritores: Tratamento Multidisciplinar na Hipertensão, Aporte Psicoterápico na Hipertensão.

- DISCUSSÃO

Já está firmemente estabelecido o conceito entre profissionais da área da saúde, e mesmo entre pacientes, da forte relação entre psicologia e hipertensão. Pretende-se neste trabalho, analisar as mais eficientes formas de como os profissionais, especialmente os psicólogos, podem utilizar-se dos conhecimentos disponíveis na área do comportamento humano, aplicando a saúde e incorporando á prática, beneficiando os pacientes hipertensos.

Segundo Nascente e colaboradores (2010) estudos epidemiológicos tem identificado a associação positiva da hipertensão arterial às características sociodemográficas, ao consumo de álcool, à ingestão de sódio, ao diabetes, à obesidade, sedentarismo e fatores psicológicos como ansiedade, estresse e depressão.

O estresse contribui para grande número de enfermidades, tanto de ordem psíquica como orgânica, e nesta se enquadra a hipertensão arterial. De maneira genérica, entende-se que o estresse é um conjunto de reações do organismo, caracterizadas pelo desequilíbrio da homeostase, em resposta às ameaças e/ou agressões oriundas de estímulos ambientais, de natureza psíquica ou física, inusitados ou hostis. A falta de consenso sobre o conceito de estresse tem causado muitas dificuldades na determinação do verdadeiro papel que ele exerce na epidemiologia das doenças cardiovasculares. No entanto, encontram-se na literatura alguns estudos que demonstram relação válida entre a hipertensão arterial e o estresse mental. Vários estudiosos têm enfatizado a relação entre estresse executivo (laboral) e o aumento do risco de enfermidades cardiovasculares e desenvolvimento progressivo da hipertensão arterial (Gangwisch, 2010).

O conceito ansiedade não envolve um critério unitário, principalmente no contexto psicopatológico. A ansiedade pode ser definida como um conjunto de manifestações somáticas – aumento da frequência cardíaca e respiratória, sudorese, tensão muscular, náusea, vazio no estômago, tonteira – e psicológicas – apreensão, alerta, inquietude, hipervigilância, dificuldade de concentração e de conciliação do sono, entre outros. É definida, ainda, como um estado ou sensação de desassossego,

...

Baixar como  txt (14.8 Kb)   pdf (60.9 Kb)   docx (18 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no Essays.club