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O Borderline Vivendo Entre Linhas

Por:   •  4/5/2018  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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Enquanto o transtorno do pânico busca o tratamento mais cedo e sabe relatar como aconteceu e o que lhe fez chegar até um profissional, o TAG não sabe com certeza como tudo aconteceu. Houve comorbidades predominante com transtornos de humor, principalmente depressão maior. Pesquisas demonstram que 72% dos pacientes com TAG ao longo da vida também têm depressão. Outros transtornos de ansiedade acompanham o TAG em até 56,1% dos pacientes (HEMANNY; DE SENA; DUNNINGHAM, 2015).

O estudo das comorbidades ajudam na investigação da etiologia e possivelmente melhora o prognóstico dos transtornos ansiosos, de forma que tanto no campo psiquiátrico, como no psicoterapêutico, ele auxiliará na realização de diagnósticos mais precisos e intervenções terapêutica mais eficazes.

4. Tratamento do TAG

Como na maioria dos transtornos de ansiedade, o tratamento pode ser dividido em abordagens psicológicas e farmacológicas. Existem tratamentos diferentes e eficazes para os quadros de ansiosos, mas ainda hoje, poucas dentre as pessoas que dele precisam os têm da maneira apropriada (NARDI; FIGUEIRA; VERSIANI, 1997).

4.1 Tratamento Farmacológico

Benzodiazepínicos dominou quase de forma completa o tratamento de quadros de ansiedade. Eles são eficazes no tratamento do TAG, sendo que seu efeito mais presente é a sedação. Só se deve fazer uso da medicação quando necessário. O profissional deverá alertar ao risco de dependência, e é necessário que se estabeleça um prazo para a retirada.

Os antidepressores são ditos como eficazes por alguns estudos. Nos casos de comorbidade de TAG e quadros depressivos, fobia social ou transtorno do pânico, o uso do antidepressivos pode ser útil, por serem inibidores (NARDI; FIGUEIRA; VERSIANI, 1997).

4.2 Tratamento Psicológico

Uma grande parte das psicoterapias demonstram habilidades para lidar com o paciente TAG. As terapias são recomendadas para todos os pacientes TAG.

É fundamental essa relação paciente-terapeuta, pois garante uma certa tranquilidade e segurança. Ao demonstrar interesse nas queixas do paciente o terapeuta tranquiliza suas ansiedades e preocupações, proporcionando um tratamento apropriado.

Segundo Castilho (2000), o enfoque psicoterápico pode ser das mais distintas modalidades, não se tendo estudos comprovando a relativa eficácia entre elas até o momento. A terapia cognitivo-comportamental consiste fundamentalmente em suscitar uma modificação na maneira alterada de compreender e pensar sobre o ambiente e especificamente sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva) e mudanças no comportamento ansioso (terapia comportamental). Esse procedimento pode ter eficiência duradoura sobre os transtornos ansiosos em geral.

A utilização da terapia cognitiva-Comportamental no tratamento TAG é ainda muito recente. Técnicas de Reestruturação, psicoeducação, relaxamento, treinamento respiratório, exposição, treinamento auto-induzido têm obtido sucesso (NARDI; FIGUEIRA; VERSIANI, 1997).

Os pais participam ativamente dessa terapia com crianças, ao contrário do que é feito com adultos com o mesmo transtorno. No caso clínico citado como exemplo, seria feito um acordo com a criança e seus pais de que as perguntas exageradas não receberiam resposta, com reestabelecimento à criança da necessidade disto para diminuir seu sofrimento. Nesse processo, parte-se do pressuposto que quanto mais atenção se der a esse comportamento alterado (respostas tranquilizadoras ou agressivas na tentativa de controlar a ansiedade da criança) maior a chance de reforçá-lo e ampliá-lo; ao contrário, mantendo-se a calma e retirando-se a atenção do comportamento ansioso, ele tende a se extinguir (CASTILHO, 2002).

A tratamento com a TCC parece diminuir parcialmente os sintomas, mas não ocasionando uma remissão total.

5. Considerações Finais

O TAG é um transtorno altamente comórbido com outros transtornos psiquiátricos e com patologias de outras áreas médicas. Ainda assim, é notório a falta de informação e conhecimento da população a respeito do TAG. Os próprios paciente não conseguem relatar quando os sintomas começaram. Por ser um transtorno complexo, os sintomas na maioria da vezes só é reconhecido quando já se tornaram uma patologia e grandes prejuízos na vida social do sujeito já foram reconhecidos. Muitos estudos ainda são necessário, e o paciente cometido com o transtorno de ansiedade generalizada, precisa ser visto de uma forma humana pela sociedade, precisa ser entendido.

Os transtornos de ansiedade, além de prevalentes, estão associados a importantes prejuízos funcionais. Apesar de avanços recentes no manejo e na compreensão desses transtornos, o tratamento da ansiedade ainda constitui um desafio para a prática clínica. Diversas intervenções têm se mostrado eficazes na redução dos sintomas ansiosos; no entanto, muitos pacientes continuam a apresentar sintomas e limitações.

REFERÊNCIAS

NARDI, Antônio Egídio; FIGUEIRA, I.; VERSIANI, M. Transtornos de Ansiedade Generalizada. Ansiedade e transtornos de ansiedade-Editora Científica Nacional, Rio de Janeiro-RJ, p. 237-241, 1997.

CAVALER, Camila Maffioleti; GOBBI, Sergio Leonardo. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA. Revista Técnico Científica do IFSC, v. 1, n. 5, p. 730, 2013.

VASCONCELOS, Juarez Roberto de Oliveira; LOBO, Alice Peixoto da Silva; MELO NETO, Valfrido Leão de. Risco de suicídio e comorbidades psiquiátricas no transtorno de ansiedade generalizada. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 64, n. 4, p. 259-265, Dec. 2015 .

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-IV: Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais. 1996.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION

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