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NEUROFISIOLOGIA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS

Por:   •  19/12/2018  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  334 Visualizações

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Além desses sintomas o paciente pode apresentar depressão, dificuldade em mastigar e deglutir alimentos, pois a perda de células nervosas afeta a capacidade cognitiva, o que associa à memória, por exemplo.

DIAGNÓSTICO

Sendo uma doença hereditária e autossômica dominante, é uma doença passada de um progenitor para um descendente, o paciente pode não ter conhecimento do histórico familiar que faz surgir dificuldades no diagnóstico. Num adulto a DH pode ser diagnosticada com a tríade clínica de coreia, demência e distúrbio de personalidade, além de história familiar da doença.

De acordo com o artigo de Joana M Gil-Mohapel e Ana Cristina Rego, tendo as características dos sinais e sintomas, os critérios usados para diagnosticar a DH incluem: histórico familiar, alterações psiquiátricas com demência progressiva e défice motor progressivo associado a coreia ou rigidez sem outra causa definida, como citamos a cima. Os indivíduos que apresentarem estes sintomas são submetidos ao teste genético para avaliar se há a presença da mutação associada à Doença de Huntington e confirmar o diagnóstico.

TRATAMENTO

Podemos identificar em todas as referências citas que não há atualmente nenhum tratamento para DH, portanto os movimentos coreicos podem ser controlados por uso de drogas neurolépticas, com o uso dessas drogas e a supervisão diariamente do paciente possibilita o tratamento domiciliar durante os estágios iniciais da doença. Com o progresso da doença o confinamento em uma instituição psiquiátrica é frequentemente necessário.

ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS

De acordo com o artigo Doença de Huntington: Uma Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos, a DH é caracterizada também pela presença de inclusões neuronais intranucleares e por agregados protéticos em neurites distróficas nos neurônios estriatais e corticais. Os neurônios mais afetados são os neurônios espinhosos médios, que correspondem a cerca de 95% do número total de neurônios estriatais.

É uma doença considerada neuropsiquiátrica padronizada ao possuir uma tríade de sintomas motores, cognitivos e psiquiátricos. As capacidades cognitivas são grandemente afetadas e um dos sinais da doença é a alteração de personalidade, o aumento da irritabilidade, a perda de controle, irresponsabilidade e a agressão são comuns, além da depressão, a qual é a condição mais frequente nestes doentes.

Ao passar do tempo às alterações cognitivas tendem a piorar, ocorrendo demência severa. Esse declínio da capacidade intelectual pode ser detectado antes mesmo do aparecimento dos sintomas motores.

ASPECTOS PSICOSSOCIAS

Diante das deficiências cognitivas mais frequentes como: dificuldade em organizar, priorizar ou focar determinadas tarefas, dificuldade de aprendizagem e de guardar novas informações e a tendência em ficar preso a um pensamento, comportamento ou ação específica. Também em torno dos distúrbios psiquiátricos que podem incluir a irritabilidade, triste, retraimento social, esses o mais comum associada à doença é a depressão, decorrência da lesão ocorrida no cérebro e as alterações na função cerebral.

Os artigos de AH da Silva de R. Ribeiro, de onde tiramos a maioria das informações relacionadas aos aspectos psicossociais, mesmo com títulos diferenciados, ambos falam sobre os aspectos psiquiátricos e as dificuldades enfrentadas pela família de uma pessoa com a doença, diante desses podemos observar que a Doença Huntington afeta gradativamente a relação social do sujeito que apresenta a síndrome, pois ao falar do estágio depressivo que se agrava ao decorrer da doença, estamos falando também da interação do sujeito com o meio. O indivíduo afetado tem alteração de humor e fácil irritabilidade, que consequentemente interfere em sua relação com mundo.

CONCLUSÃO

A doença de Huntington causa o surgimento progressivo de sintomas psiquiátricos e relacionados ao movimento e raciocínio, ou seja, cognitivos, movimentos involuntários, anamnésia, delírio e as dificuldades de compreensão, causando também ansiedade ou transtornos de humor.

É uma doença autossômica dominante, e diante das causas e sintomas concluímos que é uma doença que trabalha gradativamente, mas que causa distúrbios psiquiátricos terríveis, levando o individuo a encontrar dificuldades com o meio social e criando dependente de familiares ou parentes mais próximos.

O diagnóstico é feito através de características dominantes da doença, uma pessoa que apresenta tais características (citadas no decorrer do trabalho), ou que já tenha histórico familiar é submetida ao teste genético para avaliar ou diagnosticar se há a presença da mutação associada á doença. Existem medicamentos que auxiliam nos sintomas causados pela doença, porém não existe efetivamente a cura, por se tratar de uma doença degenerativa.

Referências Bibliográficas:

MERRITT TRATADO DE NEUROLOGIA. 10ª Edição. Lewis P. Rowland

CAMBIER, Jean. MASSON. Maurice. DEHEN, Henri. Neurologia, 11ª Edição.

O.V. Rev. Psiq. Clín. 32 (3); 119-130, 2005. ▫ Artigo Original. Diagnóstico diferencial das demências.

Gil-Mohapel JM, Rego AC. Doença de Huntington: Uma. Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos

AH da Silva - ‎ Huntington: dificuldades enfrentadas pela família.

R Ribeiro - ‎ Doença de Huntington ² aspectos psiquiátricos duma doença neuropsiquiátrica paradigmática.

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