Estudo Dirigido - Teorias da Personalidade

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9) Estudos neurológicos indicam que lesões no lobo frontal costumam diminuir a inibição das pessoas. Como podemos relacionar tais estudos com a teoria freudiana?

De acordo com a segunda tópica de Freud, o Superego possui a função de inibir os impulsos do Id. Quando ocorre uma lesão no lobo frontal há um aumento nos impulsos que buscam prazer relacionado diretamente com o Id, pois de acordo com estudos recentes, há fortemente uma conexão com essa região lesionada e a regulação dos impulsos, segundo Freud, o Superego.

CARL JUNG

10) Jung definiu uma classificação para atitudes e tipos psicológicos. Como seria essa classificação e qual importância de seu uso na psicoterapia?

Os tipos psicológicos são desenvolvidos a partir das atitudes e das funções. As atitudes podem ser extroversão, quando a atitude do indivíduo e sua energia psíquica estão voltadas para o exterior, enquanto a introversão volta-se para o interior. Quanto as funções, elas podem ser pensamento, que é a atividade lógica que produz uma sequência de ideias; o sentimento, que é o termo usado para descrever o processo de avaliação de uma ideia; a sensação, que é a função que recebe estímulos físicos e os transmite para a consciência perceptiva e; a intuição, que envolve elementos percebidos além do trabalho da consciência. As atitudes e os tipos psicológicos são úteis para a psicoterapia para que o paciente seja melhor compreendido, o que irá facilitar o trabalho do terapeuta.

11) A terapia, segundo Jung, teria momentos definidos, como a confissão de um segredo patogênico, a elucidação de causas das neuroses, a educação de pacientes como seres sociais e, por fim, a transformação. Explique e discorra a respeito de cada um desses momentos.

A confissão de um segredo patogênico é um método catártico, ou seja, buscar a cura pela expressão verbal, porém essa técnica só será efetiva apenas com pacientes que possuem a necessidade de compartilhar seus segredos. A elucidação tem objetivo de tornar compreensível ao paciente levando a ele uma interpretação e explicação a respeito de suas neuroses, embora eles ainda possam ser incapazes de resolver problemas sociais. Na educação de pacientes como seres sociais Jung, utilizava a mesma técnica introduzida por Adler, que procurava aumentar a coragem, a autoestima e o interesse social do paciente. Sobre isso, Jung lamentava que essa abordagem com frequência não tornava os pacientes socialmente educados, mas apenas bem adaptados. Finalmente, a transformação para Jung consistia em que o terapeuta deveria tornar-se uma pessoa saudável, se possível a psicoterapia. O terapeuta só seria capaz de ajudar o paciente se ele se transformasse e adotasse uma filosofia de vida, avançando assim na direção da individuação, da totalidade ou da autorrealização. A transformação é especialmente empregada em pacientes que estão na segunda metade da vida e preocupados com o self interno, além de problemas morais e religiosos com dificuldades de encontrar uma filosofia de vida unificadora.

12) Quais seriam os estágios de desenvolvimento que apresentamos no decorrer de nossa vida, segundo Jung e qual a importância de entender os aspectos de cada um?

Os estágios de desenvolvimento são a infância, a juventude, a meia-idade e a velhice. É importante identificar que os valores, os ideais e os comportamentos adequados de um estágio podem ser inapropriados para outro estágio do desenvolvimento.

13) Como funciona o teste de associação com palavras na teoria junguiana? O que deve ser levado em consideração na análise das associações realizadas?

Jung utilizava uma lista de 100 palavras-estímulo, escolhidas e organizadas de tal forma para que despertasse uma reação emocional. A cada palavra da lista que Jung falava, o paciente deveria responder com a primeira palavra que viesse à sua mente. A resposta era registrada, juntamente com o tempo levado para que o paciente a falasse, o ritmo respiratório e a resposta galvânica cutânea. Para garantir a coerência dos testes, Jung repetia o experimento. O objetivo da associação com palavras utilizada por Jung era trazer à tona complexos com matizes de sentimentos.

14) Qual a importância da análise de sonhos para Jung? Qual sua diferença para a análise de sonhos segundo Freud?

Para Jung, o propósito em interpretar os sonhos era trazer à tona elementos do inconsciente pessoal e coletivo para que eles integrassem a consciência, facilitando assim o processo de autorrealização. Quanto a diferença entre a análise de sonhos de Freud e Jung era que acreditava que as pessoas usavam os símbolos para representar diversos conceitos para tentar compreender o desconhecido que havia na amplitude da compreensão humana, diferentemente de Freud, que defendia que quase todos os sonhos era a realização de desejos e impulsos sexuais simbolizados.

15) Quais os tipos de sonhos que podemos apresentar, conforme descrito por Jung?

Grandes sonhos, que possuem significado especial para todas as pessoas; sonhos típicos, aqueles que são comuns à maioria das pessoas; e os sonhos mais precoces lembrados.

16) Explique como funciona a técnica da imaginação ativa.

O paciente deve se concentrar em uma impressão, quer seja de um sonho, uma visão, um quadro ou uma fantasia. Deve-se concentrar de tal forma até que a impressão comece a se mover. A pessoa deve seguir por onde essa imagem for e depois enfrentá-las com coragem e comunicando-se de forma livre com ela. A finalidade dessa técnica é trazer a revelação de imagens arquetípicas que emergem do inconsciente. Essa técnica pode ser útil para pessoas que tem o desejo de ter maior conhecimento de seu inconsciente pessoal e coletivo e que também estejam dispostas a superar a resistência que costumam bloquear.

17) Qual a importância das mandalas para Jung? Qual seu significado?

Através dos símbolos das mandalas, Jung encontrou evidências para o arquétipo do self. A mandala representa os esforços do inconsciente coletivo pela unidade, pelo equilíbrio e pela plenitude.

18) Como pode ser realizado um exercício de persona na terapia junguiana?

Identificar-se em demasia com sua persona nos faz permanecer inconscientes de nossa individualidade bloqueando o avanço para alcançar a autorrealização. Jung, entre 1913 e 1917, quase rompeu por completo com a realidade lutando arduamente para manter