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Depressão: um estudo bibliográfico

Por:   •  11/4/2018  •  5.901 Palavras (24 Páginas)  •  313 Visualizações

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Este trabalho é um estudo que busca o entendimento da patologia denominada depressão, almejando assim, os seguintes objetivos:

a) Levantar nas bases de dados Scielo, Lilacs, Psychlit, entre outros, artigos que abordavam a patologia.

b) Selecionar dentro do material encontrado, as publicações que tratavam especificamente da depressão, identificando conceitos, modalidades e tratamentos.

A relevância deste estudo encontra-se associado à importância de reunir as publicações de pesquisas sobre o tema, com o intuito de alcançar um maior conhecimento sobre o tema, visto que, grande maioria dos indivíduos que buscam atendimento médico apresentam um componente psicológico que influencia no curso da doença. A própria fragilidade decorrente da doença de alguma forma afeta a integridade da pessoa.

2. Abordagem Teórica

2.1 Conceito, Etiologia e Sintomas

A palavra depressão tem origem latina e é composta por duas outras palavras: baixar (premère) e pressionar, ou seja, "depremère" que, significa "pressionar para baixo" (COUTINHO; SALDANHA apud VIEIRA, 2008). O termo depressão foi, inicialmente, usado em inglês para descrever o desânimo, em 1660, entrando para o uso comum por volta do século XIX.

O termo depressão pode significar um sintoma que faz parte de diversos distúrbios emocionais, sem ser exclusivo de um apenas. Pode ainda, significar uma síndrome traduzida por muitos sintomas; ou ainda, uma doença que se caracteriza por fortes alterações afetivas (BALLONE, 2005).

Etiologicamente, de acordo com Avanci, Assis e Oliveira (2008), a depressão é fruto de fatores genéticos, bioquímicos, psicológicos e sócio-familiares, sendo, então, estudada sob diferentes abordagens. Ao sofrer de depressão o indivíduo encontra-se frente à sentimentos e pensamentos de pessimismo, desamparo, tristeza profunda, apatia, falta de iniciativa, descontentamento físico, dificuldade na organização e fluidez das ideias, comprometimento do julgamento cognitivo, dentre outros sintomas (SOUGEY; AZEVEDO; TAVEIRA apud COUTINHO et al., 2003).

Ainda considerando a sua etiologia, Dalgararrondo (2008) indica que os fatores causais e desencadeadores da depressão são múltiplos, contudo, os biológicos, certamente são os mais frequentes. A ocorrência do transtorno depressivo também está fortemente ligada a perdas significativas, como o emprego, a morte de alguém próximo, o status economico ou roupimento de uma relação afetiva.

A depressão pode ser caracterizada por uma diversidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relacionados à autovaloração, à volição e à psicomotricidade, e ainda, sintomas psicóticos e fenômenos associados (DALGALARRONDO, 2000).

A depressão é considerada atualmente um dos principais transtornos de nossa época. Quando se pergunta como um indivíduo desenvolve a depressão, não se pode pensar em uma causa específica, pois como a maioria dos problemas humanos, é mais adequado falar em multifatores que se inter-relacionam e geram, como respostas, alguns comportamentos que o indivíduo apresenta em seu meio. Sabe-se que a depressão pode ser influenciada, na sua etiologia e manutenção, por fatores biológico-genéticos, psicológicos e sociais (BAPTISTA; BAPTISTA; DIAS, 2001:52-61).

Segundo o DSM-IV (2000), a depressão pode ser caracterizada como um Episódio Depressivo em um período mínimo de duas semanas, ao qual o individuo apresenta humor deprimido, perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades na maior parte do dia, causando prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas relevantes na vida.

Abreu (2006:49) refere que a depressão:

É atualmente considerada um dos transtornos mentais mais frequentes e o seu desencadeamento recebe a influência dos fatores genéticos e principalmente dos fatores socioeconômicos, como: ausência de perspectiva de futuro, abandono familiar e falta de diálogo interpessoal e social, solidão, dentre outros.

Popularmente, a depressão é descrita como um estado afetivo normal, geralmente, diz-se que a pessoa está deprimida para referir-se a uma tristeza passageira que acomete a população em geral em algum momento da vida (CALIL; MIRANDA, 1995). Entretanto, a depressão ou doença depressiva é um distúrbio grave, podendo ser incapacitante. Manifesta-se como uma condição primária ou secundária.

De acordo com os autores supracitados, a depressão primária seria o transtorno básico do humor como consequência de alguma irritação ou simplesmente pela perda do prazer por atividades que eram consideradas prazerosas e por alterações do dia a dia, como do sono, do apetite e da psicomotricidade. A segundária, transtorno baseado na etiologia, ocorre devido a uma determinada condição médica ou através do uso de medicamentos ou abuso de drogas e até mesmo relacionada à outras doenças psiquiátricas, como o transtorno do pânico e o obsessivo-compulsivo.

Assinala Cordeiro (2002) que é possível isolar um conjunto de fatores associados à depressão, ressaltando a incidência maior no sexo feminino, entre as mulheres casadas, homens vivendo sozinhos, com idade compreendida entre 20 e 40 anos, e ainda, perdas parentais antes da adolescência, depressão na história familiar, puerpério, ausência de um confidente, acontecimentos vitais negativos e residência em área urbana.

Pesquisas realizadas por Fonseca et al (2008), apontam ainda para o fato de os adultos jovens apresentarem maiores níveis de depressão, devido ao fato de existir uma maior pressão exercida por parte do meio em que estão inseridos, de uma maior responsabilidade, e são criadas, ainda, algumas expectativas acerca do seu comportamento que, por vezes, são difíceis de atingir. De acordo com Barbosa (1987), a sintomatologia da depressão na adolescência aparece como algo disfarçado, frequentemente sob a forma de inquietações, rebeldia, isolamento, impulsividade, condutas anti-sociais, dentre outras características.

A pessoa que é acometida pela depressão apresenta, de forma geral, sintomas ligados ao humor, perda de interesse, de prazer e energia, cansando-se fácil após leves esforços. As limitações e sofrimento que a depressão impõe traz os custos sociais e de saúde com altos índices, aliados ao fato de uma pequena parcela das pessoas que sofrem dessa patologia, ter acesso ao diagnóstico e tratamentos adequados, fazem com que esse agravo à

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