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A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE NA CIDADE: A angústia das assistentes sociais da rodoviária

Por:   •  2/5/2018  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  431 Visualizações

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Os migrantes chegam às mais variadas condições, inclusive com desorientação mental, cujo é foco deste trabalho. E essa chegada traz consigo um medo, angústia. Portanto, o encontro dos migrantes com desorientação mental com as assistentes sociais se torna objeto de estudo. Este migrante é visto como um estranho-familiar, e embasando na Psicanálise busca-se encontrar as possíveis causas para isso. Compreender as funções das assistentes sociais, profissionais responsáveis pela promoção do bem estar físico, psicológico e social torna-se necessário, uma vez que uma responsabilidade causa-lhe angústia. Visando a enorme demanda recebida diariamente, o presente tema torna-se relevante, pois os resultados obtidos geram conhecimento acadêmico acerca da construção da subjetividade das assistentes sociais e serve de material de apoio para possíveis estudos na área.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Baseando-se nos objetivo de descobrir as causas da angústia das Assistentes Sociais em relação aos migrantes com desorientação mental, a pesquisa foi de natureza observacional, uma vez que não houve experimentos realizados. Visando seus traços subjetivos e suas particularidades, a abordagem usada foi qualitativa. Em relação ao tipo de pesquisa, caracterizou-se como exploratória, visto que o presente tema foi pouco estudado, aprofundando-se na realidade pesquisada.

Por tratar-se de uma pesquisa de campo, a utilização do caderno de campo foi crucial. Nele continham informações detalhadas das observações realizadas, bem como reflexões que surgiram durante toda a pesquisa. Serviu de base para a elaboração da coleta de dados.

O instrumento de coleta de dados consistiu em uma entrevista semi-estruturada, contendo sete perguntas (Apêndice A). Na elaboração da entrevista, procuramos investigar os principais fatores que propiciam a angústia das assistentes sociais e suas impressões em relação aos migrantes.

A entrevista foi realizada com cinco assistentes sociais atuantes na rodoviária de Belo Horizonte no ano de 2015. Ocorreu individualmente e durante o período de trabalho das mesmas. As respostas foram obtidas oralmente e transcritas na íntegra pelos entrevistadores. Os sujeitos pesquisados foram consultados e informados sobre a publicação dos resultados, porém, sem identificá-los, permitindo tal procedimento.

Após a coleta de dados, as repostas foram analisadas separadamente, identificando os participantes como A1, A2... A5. A análise dos resultados foi embasada na teoria psicanalítica Freudiana, seguindo como referência os textos “O mal estar na civilização” e “O inquietante”, ambos de Sigmund Freud. Buscou-se a centralidade das ideias desenvolvidas, associando os dados à fundamentação teórica. Essa técnica é útil para uma interpretação detalhada e segura de material de texto.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

4 DESENVOLVIMENTO

5 CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS

FREUD, Sigmund. Obras completas. In: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. São Paulo: Companhia das Letras., 2010. v. 18. p. 10-89.

KOLTAI, Caterina. Política e Psicanálise: O estrangeiro. 1 ed. São Paulo: Escuta, 2000.

MIGRANTES recebem atendimento social na rodoviária. Disponível em: >. Acesso em: 18 Set. 2015.

MILESI, Rosita; UCHOA, Virgilio Leite. Migrantes: uma questão de direitos humanos. Disponível em:. Acesso em: 11 Nov. 2015.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Constituição Da República Federativa Do

Brasil De 1988. Artigos 3º inciso IV, 5º inciso VIII, 6º. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em:11 nov. 2015.

APÊNDICE A – Entrevista para as assistentes sociais da rodoviária de Belo Horizonte

- Você atende pessoas com desorientação mental no seu dia-a-dia de trabalho na Rodoviária de Belo Horizonte?

- Existe algum protocolo? Se sim, qual?

- O que você sente quando se depara com um migrante em desorientação mental?

- Como é a situação financeira, emocional e física (higiene, vestimenta e odor) dos migrantes quando chegam para o atendimento na assistência social da Rodoviária? Esses fatores influenciam na comunicação e no atendimento a estas pessoas?

- Como você estabelece uma comunicação efetiva com um migrante com desorientação mental?

- Quais os desafios que você precisa lidar a cada atendimento a uma pessoa com desorientação mental?

- Qual foi a situação mais desafiadora vivenciada por você em seus atendimentos a migrantes com desorientação mental?

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