A Dependência da Internet

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Pode-se dizer que o tratamento é eficaz, pois os pacientes mostram melhora diante da dependência.

Todos os modelos de psicoterapia visam controlar o uso, tendo tratamentos em formato individual ou grupal, e programas de autoajuda e orientação para familiares.

Hoje em dia não ter vida virtual é praticamente inevitável, pois quase tudo atualmente envolve a internet, seja apenas para uma simples comunicação, ou seja para trabalho e estudos. A internet está presente no cotidiano dos indivíduos e é quase impossível fugir dela.

Podem-se encontrar pacientes sem interesse em parar com a dependência, assim como qualquer dependente de algum vício.

O tratamento na psicoterapia cognitiva geralmente é composto de 18 sessões. No início, apontam-se apenas os pontos “bons” da vida virtual e online, e seus lados positivos. Após isso é apontado os malefícios da internet e as consequências sociais e psicológicas que o uso abusivo causa, e o reconhecimento das reclamações de família e amigos. Seguido pela abordagem ao paciente de quais são os motivos do mesmo usar a internet, e ainda mais, abusivamente, é nesse passo que geralmente os pacientes reconhecem que essa opção virtual é nada mais que uma fuga dos problemas da vida “real”. Nessa fase que se questiona quais as funções da internet, se é apenas uma opção de uso recreativo ou uma necessidade, como trabalho, faculdade, etc.

Seguindo a psicoterapia, faz-se o paciente reconhecer os motivos que o levaram a buscar a internet, o porquê disso, o fazendo reconhecer seus problemas, os acontecimentos que o levam a ter necessidade do mundo virtual e tomar isso como refúgio. Ao longo deste tratamento, nessa fase já se almeja mudanças, causando um impacto no paciente, mas fazendo com que ele diminua o apelo pelo uso da internet. Nesse ponto já não se aborda mais as causas do paciente a usar a internet, pois é a fase final, onde se acompanha as mudanças obtidas ao longo do tratamento, onde se espera que tenha acontecido um melhor controle no uso da internet e novas formas de enfrentamento de situações de estresse por parte do individuo.

CONCLUSÃO

Vimos que a dependência da internet tem se tornado um transtorno psiquiátrico bastante presente no nosso dia-a-dia, espera-se que ao longo de estudos e pesquisas sejam oferecidos tratamentos mais rápidos e eficazes contra o problema, e com isso ajudar as várias pessoas que estão presas no mundo virtual e trazê-las de volta a sua “normalidade”.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

RANGÉ, B. ET al. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a Psiquiatria. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 800p.