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A Intubação Submento-Oro-Traqueal em Fraturas do Terço Médio Facial

Por:   •  31/10/2018  •  6.254 Palavras (26 Páginas)  •  491 Visualizações

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de eleição na maioria dos traumas maxilofaciais, térios de indicação e seus princípios técnicos.

I. Aluno de Especialização em CTBMF da Associação de Cirurgiões-Dentistas de Santos e São Vicente.

II. Professor do curso de Especialização em CTBMF da Associação de Cirurgiões-Dentistas de Santos e São Vicente.

III. Assistente do Serviço de CTBMF do Hospital Universitário da USP.

IV. Ex-Residente em CTBMF do Hospital Universitário da USP.

V. Coordenador do curso de Especialização em CTBMF da Associação de Cirurgiões-Dentistas de Santos e São Vicente.

ISSN 1679-5458 (versão impressa) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe

ISSN 1808-5210 (versão online) v.8, n.2, p. 25 - 28, abr./jun. 2008

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PEDRO et al.

RELATO DE CASO

Homem de 32 anos, vítima de acidente auto-

mobilístico cinco dias antes, foi encaminhado ao Hos-

pital Universitário da USP, para avaliação de fratura

facial. Ao exame físico, observou-se equimose

periorbital bilateral, mobilidade do terço médio da face,

crepitação nas áreas frontonasal e frontozigomáticas,

mordida aberta anterior e toque prematuro bilateral

nos molares. A tomografia computadorizada eviden-

ciou fratura facial complexa com traços nos níveis de Figura 2. Intubação orotraqueal convencional com

Le Fort I e III (Fig. 1). sonda aramada.

Figura 1. Tomografia computadorizada. Figura 3. Intubação submento-oro-traqueal.

A cirurgia foi realizada conforme o planejamento

O tratamento cirúrgico foi programado com

proposto, realizando-se bloqueio maxilomandibular

anestesia geral para redução e fixação interna nas

transoperatório, sem intercorrências anestésicas du-

áreas da sutura frontonasal, das suturas

rante e após o procedimento (Fig. 4). No pós-opera-

frontozigomáticas e dos pilares caninos e zigomáticos

tório imediato, a sonda retornou à via orotraqueal para

bilateralmente. Devido à necessidade de bloqueio

extubação (Fig. 5).

maxilomandibular e manipulação dos ossos próprios

do nariz, a via de intubação escolhida para a cirurgia

foi a submento-oro-traqueal.

A intubação foi iniciada pela via orotraqueal con-

vencional com sonda aramada (Fig. 2). Após o preparo

do campo operatório, um acesso cirúrgico submentual

de aproximadamente 2 cm foi realizado para passar a

sonda à via planejada. Depois da transferência do cuff, o

sistema de ventilação foi desconectado, e o dispositivo

conector da sonda foi removido para permitir a passa-

gem dessa pelo acesso cirúrgico. O sistema de ventila-

Figura 4. Bloqueio maxilomandibular

ção foi restabelecido, e novos campos cirúrgicos foram transoperatório.

posicionados após a repetição da antissepsia (Fig. 3).

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v.8, n.2, p. 25 - 28, abr./jun. 2008

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PEDRO et al.

da, a utilização da traqueostomia fica reservada às

situações que necessitam de longo suporte ventilatório,

como nos casos de rebaixamento neurológico e trau-

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