Avaliação do estado nutricional e do lanche consumido por pré escolares
Por: Salezio.Francisco • 22/10/2017 • 5.104 Palavras (21 Páginas) • 559 Visualizações
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É importante observar a ingestão alimentar adequada, pois alguns fatores como emocionais, sociais, quantidade, qualidade e horário dos alimentos oferecidos são interferentes para a ingestão adequada, para atender assim suas necessidades nutricionais. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012).
A criança nessa fase, apresentam em média o ganho de 2 a 3 kg por ano, e 5 a 7 cm no mesmo período, essas características faz com que a criança ganha a aparência de magreza, causando a preocupação dos familiares com seu estado nutricional, podendo levar a oferecer maiores quantidades de alimentos nas refeições. (DIAS, CINTRA, SILVEIRA, 2008)
A conduta alimentar do pré-escolar varia-se, pois é esperado em dias ingerir grandes quantidades e outros muito pouco, a variabilidade faz também que o alimento preferido de hoje seja o menos aceito amanhã, ou ingerir os mesmos durante vários dias. Os pais e familiares devem ser informados que essa conduta é passageira, não fazendo chantagens que pode acarretar em distúrbios nutricionais até a vida adulta. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2006).
Por ser um período de grande importância na formação dos hábitos alimentares saudáveis, é primordial o contato com diferentes texturas, cores e sabores dos alimentos, sendo o momento que inicia o elo de diversos grupos alimentares, se estabilizando na vida adulta. (BARBOSA, SOARES, LANZILLOTTI, 2007).
Com a saída da mulher para o mercado de trabalho, as crianças acabam ficando grande parte do dia em casa com cuidadores e/ou em escolas infantil, e ficam normalmente quando em casa assistindo televisão ou em jogos eletrônicos. Ausência da presença dos pais pode causar ansiedade, nervosismo, estresse gerando distúrbios psicológicos, que prejudica no relacionamento, e os pais para aliviar a culpa do abandono na maioria das vezes compra às guloseimas para agradar os filhos contribuindo assim para o ganho de peso excedente. (POLONIO, PEREZ, 2009).
A combinação de idade, gênero ou genética pode não ser o fator principal decisivo para obesidade. Fator como ambiental, inatividade física, econômico que interfere nas escolhas alimentares são também determinantes para alta prevalência de obesidade. (NETO e cols, 2010).
Estudos mostram que a obesidade infantil nos últimos anos cresceu de forma alarmante na maior parte dos países, representado um grande problema nutricional da atualidade. O Brasil está vivendo um período de redução da desnutrição e aumento da obesidade que é chamado de ´´transição nutricional´´, determinando a redução de doenças transmissíveis e aumento de doenças crônicas não transmissíveis. (LAMOUNIER, WEFFORT, 2009).
Assim esse período de transição nutricional é marcada por modificação no estilo de vida, como ingestão excessiva de alimentos gordurosos e de caloria vazia, aliada com baixa atividade física com a junção de hábitos que não geram gasto calórico como os brinquedos eletrônicos que foram substituídos por brincadeiras ao ar livre, sendo esses fatores grandes vilões da obesidade infantil. (MATUK e cols, 2011).
Porém é nessa fase que se inicia a formação dos hábitos alimentares, e fortificam na fase adulta e quando inadequados pode contribuir de forma negativa na saúde do futuro adulto. (OLIVEIRA, COSTA, 2014). Doenças crônico-degenerativas hoje no mundo é a maior causa de morte em adultos, dando foco nas doenças cardiovasculares, considerando que essas doenças tem origem na infância. (POLLA, SCHERER, 2011).
A prevalência de excesso de peso em crianças já é conceituada problema de saúde publica pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A intervenção da obesidade em adultos esta sendo pouco efetivo, por isso é importante observar crianças com risco de transtorno alimentar para evitar através de hábitos alimentares saudáveis o final desfavorável na vida adulta. (BERTIN e cols, 2010)
Com a diversidade de estudos mostrando o aumento da obesidade em crianças e adolescentes, escolas que contribuem com vendas de alimentos calóricos nas cantinas e pouca atividade física, pode ajudar que a obesidade vire uma doença.
1.2 Alimentação na Escola
As escolas de educação infantil, esta se transformando em necessidade por mudanças do padrão socioeconômico e a saída da mulher para o mercado de trabalho, que estão cada vez mais estimuladas a trabalhar fora de casa para ajudar na renda familiar e pela vontade de conseguir realização profissional, mesmo as que não trabalham fora tem a necessidade, pelo fato de realizar seus afazeres domésticos e pessoal com mais tranquilidade.(GODOY, TEIXEIRA, RUBIATTI, 2013)
Porém os hábitos alimentares das crianças vem sofrendo elevação do consumo de produtos industrializados, pela alternativa da falta de tempo sendo de fácil preparo e armazenamento, também influenciados por propagandas e embalagens atrativas. A família é a entidade de maior controle sobre os hábitos alimentares, pois é o encarregado pelas compras e preparo, transferindo seus hábitos para as crianças. (MATUK e cols, 2011).
A Organização Mundial da Saúde declara que escolas de educação infantil, ofereça alimentação e ambiente satisfatório para seu adequado crescimento, desenvolvimento e prevenção de doenças. (OLIVEIRA, MENDES, 2008). Sendo considerado um ambiente
oportuno para produção de saúde, amor próprio, atitudes e capacidade para vida de seus alunos, e vantajoso para constituição dos hábitos alimentares. (MATUK e cols, 2011)
A criança que tem o hábito do consumo de alimentos calóricos e rico em gorduras, no lanche escolar e no ambiente familiar, pode entender que esses alimentos são saudáveis. Sabendo da situação escolas Brasileiras, se empenha para mudar a qualidade dos lanches consumidos no período do intervalo ´´recreio´´ dos alunos, traçando como meta cereais integrais e suco da frutas. (NETO e cols, 2010).
Quando uma criança esta bem alimentada possui obstáculos para doenças, tendo energia e vontade para estudar e se movimentar, os pré-escolares necessita de uma alimentação adequada sendo uma etapa de grandes transformações, ajudando em seus aspectos físicos, intelectual e emocional. (KUREK, 2006).
Um estudo efetuado com escolares ao avaliar as práticas alimentares e entendimento sobre nutrição por meio de um questionário autoaplicado, pode-se verificar que as crianças que entendem mais sobre esse tema relataram hábitos mais saudável, mas não exatamente os exercem. Já os hábitos alimentares menos saudáveis foram aliados aos casos de obesidade, então pesquisadores pode
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