A Transição Nutricional no Planeta: da Desnutrição para a Obesidade
Por: SonSolimar • 18/6/2018 • 5.616 Palavras (23 Páginas) • 413 Visualizações
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Esse tipo de tratamento está indicado para pessoas com obesidade do tipo grave ou mórbita (IMC maior que 40 kg/m2) ou que apresentem o índice de massa corporal maior que 35 kg/m2 associada à uma ou mais comorbidades. Outro caso de indicação são pacientes que apresentem enfermidades significantes que se associe ao elevado peso. Dentre as doenças estão: a hipertensão, o diabetes tipo 1, a dislipidemia, algumas doenças cardíacas, a apneia do sono e outras (REIS et al.,2012).
Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011), as vantagens da cirurgia bariátrica são a perda de peso, a melhoras das doenças associadas ao excesso de peso, a redução das chances do óbito, a melhora na qualidade de vida e da longevidade. Os riscos do procedimento não difere dos outros procedimentos cirúrgicos abdominais. Por causa disso, é necessário a realização em um hospital, com estrutura adequada e médicos competentes e membros da SBCBM, com o registro ativo no Conselho Federal de Medicina – CFM (REIS et al.,2012).
Mesmo que o paciente consiga perder o peso, vem se tornando comum que, após os 2 anos da realização da cirurgia, se note em alguns casos, o reganho do peso no momento crítico. Esse reganho de peso pode está associado ao aumento do consumo de alimentos mais calóricos, alterações de adaptação nos níveis hormonais do intestino e das células adiposas, da falta de exercício, na redução da taxa de metabolismo basal, e outros (SILVA; KELLY, 2013).
Para conseguir chegar a perda do peso e mantê-lo após a realização da cirurgia bariátrica, é importante a mudança do estilo de vida. O novo estilo de vida precisa ter uma alimentação balanceada diariamente, com a realização de exercícios físicos, e outros. Mudanças no comportamento e cognitivos são importantes para se conseguir alcançar os objetivos, através de metas planejadas e alterações nos hábitos alimentares (RODRIGUES, 2014).
O presente estudo tem como objetivo investigar junto aos pacientes que realizaram o procedimento de cirurgia bariátrica os seus motivos para que optassem por este tratamento e seus hábitos alimentares pós-cirurgia.
2 OBEJTIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Realizar uma pesquisa com um grupo de indivíduos que se submeteram a cirurgia bariátrica.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Aplicar um questionário para conhecimento do indivíduo;
- Aplicar um questionário para verificar seus hábitos alimentares;
- Avaliar se houve mudanças positivas ou negativas após a cirurgia;
- Identificar a quantidade de cirurgias feitas;
- Analisar qual região da Grande Vitória tem o maior índice de operados;
3 REFERECIAL TEÓRICO
3.1 A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO PLANETA: DA DESNUTRIÇÃO PARA A OBESIDADE
A desnutrição já foi um dos maiores fatores de risco a saúde e uma das patologias mais comuns e preocupantes para a saúde pública do país, segundo Fora (2004) “[...] em 1995, a desnutrição foi responsável por 6,6 milhões das 12,2 milhões de mortes entre crianças menores de cinco anos [...]”.
Porém as mudanças dos hábitos alimentares são visíveis, sendo que, a desnutrição que era uma das maiores preocupações de saúde pública entre as crianças deu lugar ao sobrepeso e a obesidade (DE MIRANDA et al., 2012).
Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreram grandes mudanças na epidemiologia do planeta, passando a existir um aumento de prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tais como diabetes, vários tipos de câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e obesidade (MENDONÇA et al., 2004).
No Brasil, os indicativos de morbidade e mortalidade passaram por mudanças relevantes no século XX, principalmente no que se refere às doenças infecciosas, parasitárias e o acometimento de doenças crônicas-degenerativas (SÁ et al., 2009).
Como consequência as mudanças ocorridas no padrão do comportamento alimentar e na redução dos hábitos de realizar exercícios físicos, a transição nutricional ocasionou alterações nos perfis de saúdes dos indivíduos do Brasil, trazendo assim a elevação dos números de pessoas acima do peso e de obesos (SOUZA, 2010).
A industrialização trouxe um aumento da ingestão de calorias e diminuição da atividade física, estabelecendo o princípio do sobrepeso, ou seja, ingere mais alimentos com teor alto de calorias e tem menos gasto energético, isso faz com que acumule gordura no organismo (TARDIDO et al., 2006).
A epidemia global da obesidade é consequência dos diversos problemas sociais, econômicos e culturais recentemente decorridos em países subdesenvolvidos ou aqueles atualmente industrializados, além de povos de minorias em ocupação não vantajosa nos países mais ricos (COSTA et al., 2009).
A obesidade é uma enfermidade bastante complexa, relacionado com vários fatores sociais e com consequências psicológicas graves, que não se limita a atingir uma fase da vida ou idade especifica, e não escolhe raça, nem um grupo social (COSTA et al., 2009).
A má alimentação contribui para o excesso de peso, podendo representar desequilíbrio entre o consumo alimentar e o gasto energético. Os efeitos maléficos para a saúde são muitos como, por exemplo, dislipidemias, refluxo gastroesofágico, estresse, doenças cardiovasculares, hipertensão e síndrome metabólica. Além disso, pode está associado a problemas de depressão, psicológicos esteatose hepática, etc. (SILVA et al., 2011).
3.2 A EPIDEMIA DA OBESIDADE
A obesidade é uma enfermidade que vem crescendo e alcançando números alarmantes, se espalhando por todo o território mundial, e está sendo considerada como um dos principais problemas de saúde pública a ser resolvido na atualidade (ROCHA, 2012).
Os motivos apontados como causas para o aparecimento da obesidade e do excesso de peso são normalmente os hábitos alimentares errados, com acumulo de calorias e pouco gasto energético, proveniente também da genética, regionais, psicológicas, e outros (ROCHA, 2012).
A obesidade é uma doença metabólica crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal (GC). Existem métodos que são utilizados para diagnosticar esse excesso
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