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DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Por:   •  23/11/2017  •  1.188 Palavras (5 Páginas)  •  444 Visualizações

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Organizou-se no país, em fins do século XX e início do século XXI, uma agenda voltada à saúde da população negra. Incorporaram-se categorias de identificação da população, raça, cor e etnia que, aliadas aos dados censitários e epidemiológicos, confirmaram injustiças e iniquidades em saúde de uma parcela da população brasileira e forçaram o Estado a conceber uma política pública, em consonância com o SUS: a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, com vistas à promoção da equidade racial em saúde4,5.

Entretanto, os insistentes dados de desigualdade segundo raça/cor e a realidade social brasileira, alicerçada nas bases da ideologia da mestiçagem racial e da igualdade entre os povos fundantes da nação, constituem um momento político que, apesar de propício às lutas em prol dos direitos humanos, avança lentamente sobre os dilemas sociorraciais do país. O mito da democracia racial ainda vigora – mesmo tendo sido descortinado por pesquisadores e estudiosos desde meados do século XX, através dos estudos fomentados pelo projeto da Unesco para análise das relações raciais (Maio, 2005) –, e, juntamente ao racismo que permeia a sociedade brasileira, compõe o cenário de fundo das disputas entre os diversos atores que pensam tal política4,5.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a discriminação racial é algo extremamente recorrente no dia a dia do brasileiro e, apesar de inúmeras tentativas de coibir tais ações, ainda existem inúmeras ações discriminatórias. Mas é importante ressaltar que ações que tenham como objetivo tentar minimizar e eliminar as desigualdades sociais são fundamentais para a superação dessas diferenças.

A experiência de exposição a atos racistas e discriminatórios pode funcionar como um estressor agudo, enquanto viver em uma sociedade racista pode funcionar como um estressor crônico. Sendo assim, após as análises bibliográficas feitas, podemos perceber que as ações contra as desigualdades existem, mas também é expressivo o número de atitudes que incentivam a desigualdade. Por isso, é fundamental que toda forma de preconceito “disfarçado” deve ser repugnado. É importante então que reflexões sobre o tema sejam constantes e incentivem cada vez mais a diminuição das desigualdades. Mais que tolerada a diversidade precisa ser desejada, pois a riqueza de culturas e costumes só vem a acrescentar3.

REFERÊNCIAS

- CHOR, D; LIMA, C. R. de A. Aspectos epidemiológicos das desigualdades raciais em saúde no Brasil .Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(5):1586-1594, set-out, 2005

- CUNHA, E.M.G.P. O recorte racial no estudo das desigualdades em saúde. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 22, n. 1, p. 79-91, jan./jun. 2008. Disponível em: ; .

- INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS APLICADAS (IPEA). Retrato das Desigualdades de gênero e raça. 3. ed. Brasília: Ipea; SPM; Unifem, 2008.

- MULLER, P. M. T. SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA. 2a EDIÇÃO. De Petrus et Alii Editora Ltda., 2012. 372 páginas.

- OLIVEIRA, Fátima. Saúde da População negra. Brasília: Organização Panamericana de Saúde. Organização Mundial de Saúde. Secretaria Especial de Políticas de Promoção Igualdade Racial, 2001.

1ESTUDANTE DO 2O SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UFVJM. EMAIL: ANACLAUDIAPIMENTA25@GMAIL.COM

2ESTUDANTE DO 2O SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UFVJM. EMAIL: ANA_LUISA_MADEIRA@HOTMAIL.COM

3ESTUDANTE DO 2O SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UFVJM. EMAIL: BASTOSGODOI@GMAIL.COM

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