EJACULAÇÃO PRECOCE E ESPERMATORRÉIA
Por: Sara • 25/1/2018 • 3.052 Palavras (13 Páginas) • 890 Visualizações
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2. SISTEMA GENITAL MASCULINO
Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias (NETTER,2000).
[pic 1]
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3. DEFINIÇÃO
A ejaculação precoce (PE) é definida como a ocorrência de ejaculação mais cedo do que o desejado, antes ou pouco depois da penetração, causando aflição para um ou ambos os parceiros (SMELTZER,2012).
O grande problema é que para se definir quando uma ejaculação é extemporânea – precoce ou retardada – há de se ter um parâmetro do que é “normal” e a partir daí fixar a prematuridade ou retardamento. Em casos extremos, não é difícil fazer o diagnóstico, mas, usualmente, na maior parte dos casos, não existe um parâmetro específico, de aceitação universal, porque esta “normalidade” depende da percepção tanto do indivíduo quanto de sua parceira.
Não podemos analisar todas as definições existentes, mas a que nos parece ser a mais acertada é a da Academia Internacional de Sexologia Médica – AISM (LOPES, 2007), que considera a ejaculação precoce como sendo: 96375291
“ A condição persistente ou recorrente na qual
o homem não consegue perceber e/ou controlar
as sensações proprioceptivas que precedem o
reflexo ejaculatório, provocando constrangimento
pessoal e/ou perturbando o relacionamento com a
parceira”.
Considerando ainda que a definição possui os três elementos essências para caracterizar um quadro de ejaculação precoce (LOPES, 2007):
- Tempo de latência ejaculatória diminuído;
- Incapacidade de controlar as sensações próprio-ceptivas que precedem o reflexo ejaculatório;
- Inadequação intra e/ou interpessoal.
4. FISIOLOGIA DA EJACULAÇÃO
Sob o ponto de vista neurológico, a ejaculação é um reflexo que ocorre em três fases: emissão, ejaculação propriamente dita e ejaculação Retrógrada. Na fase de emissão, o liquido seminal, por contração dos canais deferentes, vesículas seminais e próstata, é lançado na uretra prostática que triplica de tamanho, ocasionando a sensação de inevitabilidade ejaculatória (LOPES, 2007).
Na fase da ejaculação propriamente dita, o sêmen é expulso da uretra prostática e se exterioriza pelo meato uretral. Esta fase começa com contrações rítmicas da uretra e dos músculos da base de pênis (LOPES, 2007).
A ejaculação retrógrada ocorre quando o sêmen segue um trajeto para a bexiga, em lugar de sair pelo pênis, resultando em infertilidade (SMELTZER,2012).
Todas estas etapas que constituem o reflexo ejaculatório são regidas por um mecanismo neurológico do qual participam inúmeras estruturas, (LOPES, 2007) a saber:
- Receptores sensoriais erógenos
- Vias eferentes
- Centro cerebrais e medulares
- Vias motoras
A ejaculação propriamente dita depende dos sistemas simpático e parassimpático (SMELTZER,2012).
5. CLASSIFICAÇÃO E PREVALÊNCIA
Há vários critérios para classificar a EP. Sob o ponto de vista cronológico, ela pode ser primária (desde o início da vida sexual) ou secundária, quando passou a ocorrer depois de certo período. De acordo com a amplitude, a EP pode ser geral (quando ocorre independente das circunstancial ou pessoas) ou situacional (quando ocorre sob certas condições ou com certas pessoas), (LOPES, 2007).
A Academia Internacional de Sexologia Médica, 2005 considera que a EP pode ser classificada de acordo com os níveis de gravidade em (LOPES, 2007):
- Grau I ou leve: - ejaculação pouco depois da penetração e após um número pequeno de movimentos de penetração e retirada.
- Grau II ou médio: - ejaculação imediatamente após a penetração.
- Grau III ou Grave: - ejaculação antes da penetração ou na ausência de ereção.
Há uma grande dificuldade de se estabelecer a prevalência da EP. Os dados dos diferentes autores são muitos discrepantes, dependendo do tipo de amostra e dos critérios empegados para definir a ejaculação precoce, além do fato de que grande parte dos homens não reconhece o problema ou tenha vergonha em declará-lo e procurar ajuda. Segundo Lopes, a prevalência varia de 5% até próximo de 40%.
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Figura 11 Segundo Rowland et al. (2004)
Quando se leva em conta os principais estudos realizados nos últimos anos, deparamos com os dados descritos no Quadro 01.
[pic 3]
Fonte: (LOPES, 2007).
A prevalência mais aceita na população norte americana é de 29% e na Europa é de 15% a 40% (LOPES, 2007).
6. ETIOLOGIA
A principal causa da ejaculação precoce é a ansiedade. Embora parte dos indivíduos consiga controlá-la durante o ato sexual, a grande maioria dos ejaculadores precoces é ansiosa. O problema é que quanto mais repetidas forem essas ejaculações, mais ansiosos eles ficam, mais adrenalina produzem e mais rápido ejaculam. Em alguns casos, a ansiedade é tanta que acabam desenvolvendo algum tipo de disfunção erétil
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