ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇAS COM CÂNCER NA FASE DE QUIMIOTERAPIA
Por: Ednelso245 • 6/3/2018 • 1.943 Palavras (8 Páginas) • 372 Visualizações
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1.2 Problema
Quanto às implicações para a enfermagem, a informação é vital para crianças/adolescentes com câncer, pois ela poderá minimizar incertezas e sentimentos negativos, levando-os a colaborar e a participar do tratamento.
1.3 Justificativa
Justifica-se este trabalho pela importância da adequação do conceito de humanização à prática executada pelo profissional enfermeiro, a partir do levantamento de referências na tentativa de ressaltar métodos que amenizem o sofrimento da criança.
1.4 Objetivo Geral
O objetivo do trabalho é descrever a atuação humanizada do enfermeiro frente à criança submetida à quimioterapia.
- Objetivos Específicos
Expor e conhecer as necessidades do cuidado preventivo, curativo e paliativo no campo da oncologia pediátrica, desenvolvendo uma assistência especializada, a qual requer habilidades para avaliar as condições da criança.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CÂNCER NA FASE DE QUIMIOTERAPIA
De acordo com INCA (BRASIL, 2009), o enfermeiro é o profissional mais habilitado e disponível para apoiar, orientar o paciente e a família na vivência do processo de doença, tratamento e reabilitação, afetando definitivamente a qualidade de vida futura.
As ações de enfermagem abrangem planejamento, supervisão, execução e avaliação de todas as atividades no setor quimioterápico.
A assistência em oncologia desenvolve-se pelo cuidado: preventivo, curativo e paliativo. O cuidado preventivo no campo da pediatria oncológica pode ser desenvolvido por ações antes do nascimento da criança e durante a infância. Antes do nascimento, o aconselhamento genético aos pais vem se mostrando como possibilidade na prevenção.
Durante a infância, com orientações acerca de hábitos de vida saudável, como: alimentação, atividade física e cuidados com meio ambiente.
Disponibilizar à criança/adolescente informações sobre a doença e o tratamento; prepará-la para receber os procedimentos; adotar medidas para o alívio da dor e desconforto; incluir a família no processo de cuidado, como também salvaguardar a tomada de decisão da família, da criança e do adolescente, podem promover a auto-estima de todos que vivem esse processo.
O profissional de enfermagem deve ter conhecimento sobre a fisiopatologia dos diferentes tipos de câncer e suas opções de tratamento, bem como compreender o processo de crescimento e desenvolvimento normal da criança, para que seja competente ao assistir a criança com câncer e possa discutir junto à equipe médica as diferentes abordagens no tratamento deste paciente.
Freire ET al.(2007) descreve que humanizar a assistência prestada à criança com câncer é compreendê-la enquanto um ser biopsicossocial, respeitando sua individualidade e seu direito de ser criança
O cuidado de enfermagem em Oncologia Pediátrica vem se especializando e modificando com o passar do tempo. Hoje aprendemos a cuidar da criança compreendendo, em primeiro lugar, seu mundo particular focalizando também o cuidado criança-família, buscando satisfazer suas necessidades independentemente de seu problema imediato. Baseado nessa busca pela excelência do cuidar, inicia-se o grande desafio da Oncologia Pediátrica, onde um cuidado especializado confere à competência técnica a sensibilidade necessária à promoção do cuidado humanizado.
A enfermagem, com os demais profissionais da equipe multidisciplinar, desenvolve atividades junto à criança e à família, buscando a manutenção do bem-estar, uma vez que entendemos ser a família integrante fundamental para a promoção da saúde.
Quimioterapia é definida como o emprego de substâncias químicas, isoladas ou combinadas, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas, as quais atuam em nível celular, interferindo no seu processo de crescimento e divisão e, por não possuírem especificidade, destroem indistintamente células neoplásicas e normais. As principais vias de administração de quimioterapia, nas crianças e adolescentes, são: endovenosa, subcutânea, intramuscular, oral e intratecal.
Apesar dos avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento das mais variadas patologias, ainda nos vemos presos à ideia de terminalidade ao ouvirmos o diagnóstico ’câncer’. Contudo, estamos certos de que, somente com uma equipe multidisciplinar especializada no cuidado à criança, teremos condições de minimizar e auxiliar a transposição dessa representação e buscar o vínculo e adesão que possibilita à criança fazer parte desse cuidado nessa etapa inicial, Uma vez vinculadas à criança e família no processo de cuidar, essa trajetória torna-se mais humana e menos traumatizante, possibilitando um restabelecimento mais seguro, inclusive no que se refere aos aspectos emocionais da criança.
Além do entendimento dos diversos efeitos adversos agudos decorrentes dos tratamentos oncológicos, a assistência em Oncologia Pediátrica visa à compreensão dos efeitos colaterais (físicos e emocionais) tardios, pois atualmente o número de sobreviventes do câncer infantil vem aumentando significativamente. A assistência de enfermagem em oncologia pediátrica se define por ações especializadas nos diversos momentos do tratamento da criança:
• Manejo de Sinais e Sintomas Causados pela Quimioterapia: No processo e evolução naturais do tratamento do câncer, o uso de quimioterápicos é necessário na maioria dos pacientes. É de fundamental importância que o profissional de enfermagem tenha conhecimento sobre as drogas utilizadas, seus efeitos adversos, classificação e ação dos agentes e interações entre as drogas. Ele deve atentar para o tipo de tratamento, evolução clínica (estágio da doença) e ainda para a história da criança quanto à tolerância aos ciclos anteriores de quimioterapia. Estes dados são coletados através da anamnese e exame físico no momento da internação, para que o enfermeiro focalize sua assistência na prevenção e intervenção precoce dos efeitos adversos.
• Avaliação e Manejo da Dor: O profissional de enfermagem deve ter conhecimento adequado sobre a fisiopatologia da dor relacionada ao câncer e seu tratamento, sendo de extrema relevância o conhecimento sobre utilização de analgésicos e opióides no manejo da dor em Pediatria. Faz parte desse processo utilizar meios adequados de avaliação
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