Análise do Crescimento de Phaseolus vulgaris (Fabaceae) em Três Diferentes Tipos de Solos (arenoso, barroso e terra preta)
Por: Rodrigo.Claudino • 14/4/2018 • 1.800 Palavras (8 Páginas) • 435 Visualizações
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O feijoeiro é uma planta herbácea, anual da família Leguminosae. Existem vários grupos de feijões que são classificados de acordo com o tamanho e a cor das sementes. São consideradas plantas exigentes em termos de nutrientes devido ao sistema radicular superficial e do ciclo curto.
A germinação das sementes é um processo que compreende várias etapas que envolvem a emergência e o desenvolvimento das primeiras estruturas importantes da plântula (JUNIOR et al., 2005). O conhecimento do tipo de solo mais adequado para a planta é importante na avaliação do seu desenvolvimento, pois o substrato deve fornecer condições adequadas para germinação e estabelecimento das plântulas, proporcionando umidade e aeração, em proporções necessárias ao seu desenvolvimento (Figlioliaet al. 1993).
Neste trabalho, objetivou-se analisar e coletar resultados sobre a germinação das sementes do feijão, seu crescimento e desenvolvimento inicial das plântulas em três diferentes tipos de solos (arenoso, barroso e de terra preta).
- MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado em um quintal,na casa de um dos autores do trabalho. Este, deu início no dia 9 de julho, com a plantação de 180 sementes de feijão em copos descartáveis de 280ml. Exatamente quatro foram colocados em cada copo, os quais estavam cheios com três diferentes tipos de solo. 15 copos foram cheios com solo arenoso, outros 15, foram preenchidos com solo barrento e mais 15 corpos foram cheios com terra preta. Cada um possuía dois furos para a saída de água que foram feitos com a ajuda de um prego.Os copos foram separados por tipos de solo e colocado em um suporte (Imagem 1) que, no início, ficou erguido, mas no 5º dia observou-se que o local estava inadequado para abrigar os indivíduos, visto que parte deles não pegava o sol da manhã, sendo assim, o suporte foi colocado ao chão recebendo o sol por completo.
No dia 18 de julho, verificou-se que maioria dos copinhos tinha pelo menos um broto de feijão. Então foi feita a retirada de 5 copos de cada tratamento, e de todos os brotos que surgiram secundariamente em um mesmo copo. Ficaram então 10 copos para cada tratamento, sendo que cada um possuía um broto (Imagem 2).
O crescimento dos feijões foi interrompido no 45º dia. Foi feito a retirada do solo por completo dos copos (Imagem 3), em seguida, foi adicionada água com a ajuda de uma mangueira (Imagem 4) e retirou-se todo tipo de sedimentos, deixando apenas as raízes (Imagem 5). As amostras foram levadas para o laboratório de botânica da Universidade Federal do Pará, onde cada espécime foi dividido em 3 partes (folhas, caule e raiz) e colocado em sacos de papel devidamente identificados. Foi realizada a medição da altura de todos os caules com a ajuda de uma régua (Imagem 6). Todos os sacos de papel foram levados para a estufa, onde passaram 5 dias.
Após a secagem dos indivíduos, realizou-se a pesagem de cada saco através de uma balança de precisão, dando um total de 90 resultados.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Obteve-se como resultado uma germinação aparentemente homogênea nos 3 tipos de solos, que se deu entre o terceiro e o sétimo dia (Imagem 7). Essa homogeneidade é explicada pelo fato da semente possuir nutrientes estocados em estruturas denominadas cotilédones, que suprem as necessidades da plântula durante a germinação.
Percebeu-se uma grande diferença na coloração das folhas de solo barroso ao final do experimento, devido ao solo ser mais seco e compacto e sua porosidade diminuir, tornando-o duro e menos arejado, comprometendo assim o crescimento normal da planta. Notou-se também uma visível diferença na altura das plantas do solo TP em relação às outras (Imagem 8), visto que o solo contém grande quantidade de húmus, que ajuda a reter água, tornando-o poroso e com boa aeração e, através do processo de decomposição dos organismos, produz os sais minerais necessários às plantas.
As plantas do solo arenoso mantiveram a coloração normal, mas seu desenvolvimento se comparou às plantas de solo barroso, visto que esse solo apresenta grandes espaços entre os grãos de areia, permitindo assim a passagem direta de água e dos sais minerais que servem de nutrientes para as plantas, logo, esse tipo de solo é geralmente pobre em nutrientes.
Em relação às medições das amostras, os dados obtidos estão representados nas tabelas a seguir:
[pic 1]
Tabela 1. Altura e peso das amostras das plantas de solo arenoso.
[pic 2]
Tabela 2. Altura e peso das amostras das plantas de solo barroso (argiloso).
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Tabela 3. Altura e peso das amostras das plantas de terra preta (TP).
Foram calculadas as médias para cada tratamento, as quais estão representadas nos gráficos a seguir:
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Gráfico 1. Média dos pesos das raízes nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
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Gráfico 2. Média dos pesos da parte aérea das amostras nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
[pic 7]
Gráfico 3. Média das alturas das amostras nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
Gráfico 4. Peso total das amostras nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
[pic 8]
Gráfico 5. Comparação dos pesos das amostras nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
[pic 9][pic 10]
Gráfico 6. Comparação das alturas das amostras nos 3 tratamentos (areia, barro e TP).
A análise dos resultados do Teste.t mostrou que não há diferença estatisticamente significativa em relação as raízes dos três tratamentos, visto que o valor do teste resultou em 0,931, 0,159 e 0,309 para as relações areia x terra preta, areia x barro e terra preta x barro, respectivamente, em um grau de significância de 5% (0,05).
Ao analisar a relação entre areia x terra preta, encontrou-se diferença estatisticamente significativa
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