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A Fotossíntese em Plantas Aquáticas.

Por:   •  8/6/2018  •  5.501 Palavras (23 Páginas)  •  343 Visualizações

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...

à corrente de água e o possível dano às folhas. A heterofilia,

formação de diferentes tipos de folhas no meio submerso ou aéreo, ocorre

freqüentemente entre diferentes espécies vegetais aquáticas.

A presença de câmaras aéreas com diafragma que se estende dentro das folhas e do

talo é uma característica de plantas aquáticas submersas.

Publicado em novembro e 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os direitos reservados. Parte integrante da obra: Prado CHBA;

Casali, CA (2006) Fisiologia Vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, editora Manole, 2006. ISBN:

85.204.1553-9. Registro na biblioteca nacional sob o número 393364, em 08/12/2006.

A disponibilidade de carbono inorgânico para a fotossíntese difere

consideravelmente no ar e na água. A disponibilidade das espécies

químicas de carbono inorgânico dissolvido em água pode ser limitante

para a fotossíntese e para o crescimento, devido à alta resistência de

difusão do CO2 na água (Madsen & Sand-Jensen, 1991). O CO2 difunde

10.000 vezes mais lentamente na água que no ar. Duas formas de

carbono inorgânico, CO 2 e HCO 3

-, estão potencialmente disponíveis

para a fotossíntese na água. Na maioria dos sistemas, o HCO 3

-é a forma

dominante.2 A concentração das duas formas varia bastante em

diferentes locais, e também pode ser modificada de forma temporária

como resultado dos processos opostos de fotossíntese e respiração, e

por intercâmbios atmosféricos, sedimentares e hidrológicos (Madsen

et al., 1996). Assim, a concentração de CO2 (substrato da RuBisCO) é

reduzida em sistemas aquáticos. Dessa forma, os autótrofos aquáticos

desenvolveram diferentes estratégias para superar o problema da limitação

do CO2 e das altas concentrações de O2 que, ao ser incorporado,

conduz à fotorrespiração, com a concomitante perda do CO2 fixado

(Bowes & Salvucci, 1989). Essas estratégias incluem diferentes mecanismos

de concentração de CO2 (MCC) 3 e a habilidade para utilizar

-

HCO3 na fotossíntese (Raven, 1970; Bowes & Salvucci, 1989).

-

2A proporção de CO 2 e de HCO 3 nos corpos d’água depende do valor de

pH. Por exemplo, em um pH = 8,0, em água doce, encontram-se concentrações

-

de 0,975 mM de HCO e 25 µM de CO . Sob pH = 7,0, as concentrações habitu

32

-

ais são de 0,800 mM e 0,200 mM, para HCO e CO , respectivamente.

32

3MCC: “mecanismo de concentração de CO ”. Por definição, um mecanis

2

mo de concentração de CO é um processo ativo pelo qual aumenta-se no sítio da

2

RuBisCO a concentração de CO , e não de HCO -, acima do meio circundante. A

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forma inorgânica do carbono é importante porque é o CO 2 e não o HCO 3-, o

substrato da RuBisCO que compete com o O2 no estroma do cloroplasto. As opções

de MCC para plantas terrestres incluem a assimilação do CO 2 por meio do

ciclo C4 em plantas com fotossíntese C4 e por meio do metabolismo ácido das

crassuláceas (MAC). As espécies aquáticas apresentam uma possibilidade adicio-

Publicado em novembro e 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os direitos reservados. Parte integrante da obra: Prado CHBA;

Casali, CA (2006) Fisiologia Vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, editora Manole, 2006. ISBN:

85.204.1553-9. Registro na biblioteca nacional sob o número 393364, em 08/12/2006.

As macrófitas aquáticas submersas exibem características únicas

que estão relacionadas com seu ambiente, como reduzidas taxas

fotossintéticas (Van & Haller, 1976), baixos requerimentos de

luz, elevados valores de Km (CO2/HCO3-) (Marbely, 1985) e requerimento

de altas concentrações de CO2 para saturar a fotossíntese

(Raven, 1970; Marbely, 1985; Madsen & Sand-Jensen, 1991).4 A

característica mais interessante é a plasticidade que essas plantas

aquáticas mostram em relação à sua bioquímica, fisiologia e,

algumas vezes, sua anatomia em relação à fotossíntese (Bowes

& Salvucci, 1989). Quando algumas macrófitas aquáticas

submersas com metabolismo C3 crescem sob condições de estresse

por reduzidas concentrações de CO2, altas temperaturas e

fotoperíodos

...

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