Resenha: Organização Mundial de Turismo

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No entanto, o segmento de viagens e turismo faz muito mais do que alavancar economias e proporcionar oportunidades de emprego. Nesse sentido, um dos temas mais importantes da obra em questão é a análise de como o turismo sustentável pode ser aceito universalmente e aplicado ao desenvolvimento do setor, pois, à medida que o turismo atinge sua maturidade como setor econômico, em muitos países e no mundo, a questão fundamental passa a ser a sustentabilidade (por turismo sustentável entende-se a busca da satisfação das necessidades dos atuais turistas e das regiões receptoras, enquanto protege e aumenta oportunidades para o futuro). Conforme este pensamento, o turismo pode produzir impactos ambientais positivos, que incluem iniciativas para proteger os recursos naturais e culturais mundiais por meio do estabelecimento de áreas de preservação da vida selvagem, da conservação de ecossistemas originais e da restauração de sítios e marcos históricos. Também pode exercer impactos sociais e culturais benéficos, ajudando a identificar e promover culturas diferentes e aumentar a consciência das tradições. Ademais, o turismo tem ajudado a reavivar as artes e o artesanato de algumas comunidades receptoras, criando uma demanda para núcleos teatrais e produtos artesanais.

É necessário destacar que o tráfego aéreo sempre foi uma atividade altamente regulamentada, por razões complexas, relacionadas à importância do setor para o orgulho e o fortalecimento nacionais, aos altos custos da operação, às questões de segurança e aos aspectos políticos internacionais envolvidos no ato de voar entre e sobre as regiões. Assim, a regulamentação internacional de companhias aéreas começou com a Conferência de Chicago, em 1944. O evento deu origem à Convenção de Chicago, que criou a International Civil Aviation Organization (ICAO), e estabeleceu quatro princípios básicos para a aviação internacional (início de um sistema multilateral de regulamentação aérea): i) a soberania de cada nação sobre seu espaço aéreo; ii) o direito de todas as nações de participar do tráfego aéreo; iii) a regulamentação não-discriminatória do tráfego de companhias aéreas; iv) a liberdade de cada nação para designar as companhias que poderão operar em seu espaço aéreo.

Entre os argumentos a favor do turismo, acredita-se que ele pode atenuar tensões políticas e, de fato, agir como um catalisador para a paz mundial. À medida que desaparecem fronteiras, literal ou figurativamente, passa-se a utilizar a expressão “aldeia global”, tornando o mundo menor e mais familiar. Desse modo, o setor do turismo e os países que dele dependem para o desenvolvimento geral devem proporcionar aos visitantes um clima seguro e tranqüilo, visto que o turismo só pode prosperar num ambiente pacífico.

Após a análise da obra da Organização Mundial de Turismo, compreende-se a grandiosidade do tema e a necessidade do seu estudo (embora suas influências já datarem do século XVIII, o estudo do turismo ainda é muito recente no Brasil). Assim sendo, a OMT vem desenvolvendo um importante trabalho no sentido de estabelecer critérios e notas técnicas acerca do setor de viagens e turismo, e suas implicações nas políticas e desenvolvimento econômico, social e cultural das nações e do mundo como um todo. De fato este é um tema tendencioso a se manter na agenda da política internacional.