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ROTEIRO INSTRUTIVO DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA

Por:   •  20/11/2018  •  3.440 Palavras (14 Páginas)  •  357 Visualizações

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• Coleta de dados, informações e levantamento bibliográfico preliminar de tratamento do tema: corresponde ao levantamento de dados relevantes para o tratamento do tema, ou seja, à coleta de todas as informações disponíveis e acessíveis das quais pode se servir o pesquisador acerca do tema, podendo-se identificar: a) dados primários: nunca antes coletados: amostras; consulta de documentos oficiais e/ou originais; observação; entrevistas...; b) dados secundários: já coletados e documentados: bibliografia... A fase de coleta de dados está entremeada à própria fase de conhecimento e escolha do próprio tema, isto porque se inicia a tatear um determinado tema procedendo à leitura e à coleta de materiais sobre ele, na medida do interesse despertado. Não é qualquer tipo de dado que pode ser aplicado a uma pesquisa científica, devendo-se, durante a escolha das fontes de pesquisa, determinar a origem da informação, a oficialidade da informação, o veículo de divulgação da informação... É a partir desse inventário de dados e informações que surgirão as ideias para a construção (analítica, crítica, exegética...) do trabalho científico.

• Elaboração do pré-projeto de pesquisa: formação de um esboço preliminar de trabalho, ainda em estado rudimentar, com as principais intenções de trabalho, e as principais linhas daquilo que corresponderá à investigação e à pesquisa propriamente ditas. Nesse pré-projeto já deverão estar identificadas as linhas mestras de trabalho, a bibliografia lida, os problemas e preocupações despertados pelo tema de pesquisa e possíveis sugestões de título para a identificação do trabalho científico. Trata-se aqui de um ponto de partida, de uma referência mínima a partir da qual se deve iniciar o processo de formalização da pesquisa, que deve caminhar lenta e organizadamente.

• Fichamento mínimo de obras, leituras e dados coletados: início das leituras orientadas e dirigidas para atingir o foco de trabalho anteriormente detectado, com vistas a conhecer o tema para acerca dele poder tecer comentários e identificar suas principais matrizes e contextos histórico, analítico e temático. O fichamento (eletrônico ou manual) é a prática de pesquisa que permite o arquivo e a custódia dos dados coletados sobre o tema, ao longo do processo de revisão de literatura especializada no tema374., de modo que o pesquisador possa agrupar sobre ele informações sistematizadas e com controle de origem, evitando perda de informações e desmantelamento de dados por desorganização.

2. Fase inicial da orientação no desenvolvimento da pesquisa

• As tarefas do orientador: a procura pelo orientador de pesquisa, por parte do orientando, deve, basicamente, estar pautada pela referência que o docente desempenha no que tange a uma área de conhecimento ou a uma linha de pesquisa, um campo teórico, à investigação de um autor, ou ramo da ciência do direito. É claro que a primeira busca do orientando deve ser consigo mesmo, ou seja, a descoberta relativa a qual ramo do conhecimento se pretende dedicar. Por isso, a fase de escolha do orientador deve se seguir a uma preliminar etapa de investigações, e quiçá, de elaboração de um pré-projeto. É sempre bom que se procure um determinado docente-orientador, contando em mãos com um rascunho de intenções, objetivos, propósitos e expectativas de pesquisa. É claro que a construção da relação de orientação pode envolver o próprio processo de descoberta do objeto de pesquisa, algo que não é tão incomum na área acadêmica. Mas, em geral, é a partir da descoberta do campo em que se quer pesquisar (motivado no fato de que o orientando trabalha com o tema, tem predileção por estudar o tema, dá preferência por estudar o que não conhece tanto, entre outros motivos) que chega-se ao docente-orientandor. Não raras vezes, ocorre de alguns professores serem capazes de mobilizar tanto a sua área, que nos despertam para um ramo do conhecimento; assim, o processo de orientação pode surgir de uma relação de empatia pessoal, uma vez que certas pessoas têm a capacidade de, por serem carismáticas, inteligentes, sérias, formadoras, dedicadas e fraternais mobilizar a atenção e o interesse para certos temas de estudo. É claro que a personalidade das pessoas envolvidas numa relação de orientação é importante. Por isso, a partir do estabelecimento do laço de pesquisa, deve-se permitir nascer uma relação de trabalho, harmonia e confiança mútua entre orientador e orientando. Isto é importante e saudável, até mesmo determinante para os resultados do processo de investigação. Por isso, as tarefas do orientador passam a ser as de acolhimento, coordenação, orientação, indicação de tarefas, correção de desvios, aprumando o projeto do orientando, permitindo-lhe chegar a desenvolver uma pesquisa com grande segurança metodológica e sucesso nos resultados, sem contar a satisfação pessoal do percurso de pesquisa. As reuniões de orientação devem ser produtivas, a ponto de gerar a sensação de que o orientando encontra o rumo do andamento de seu trabalho, a cada nova indicação bibliográfica, correção metodológica ou indicação de caminho a seguir.

• As tarefas do orientando: investigar, ler, redigir, procurar, dedicar-se, empreender, inovar e criar são verbos que se aplicam à forma de dedicação que o orientando deve ter quando se volta para a pesquisa acadêmica. Mas, deve-se ter a consciência de que o trabalho de pesquisa e o processo de descoberta, são processos acompanhados e supervisionados por um diretor de teses, por um orientador, por um coordenador. Isso porque não é fácil a parturição das ideias, não é simples o processo de criação, não é descomplicada a passagem do conhecimento da mente para o papel (ou para o computador). Todo o processo precisa do assessoramento metodológico, do conhecimento específico e da habilidade profissional que o orientador possui, aí considerada a sua experiência na área da investigação e da pesquisa acadêmica. Porém, aqui segue uma observação importante, o apoio que o orientador confere é apenas um direcionamento, pois o trabalho é, e sempre será, do próprio orientando. Muitas vezes, vê-se o orientando esperando a postura do orientador de quem se poderá aguardar que o caminho das pedras seja por ele enfrentado. Em verdade, no máximo, algumas facilitações podem ser conseguidas na supervisão, mas a autoria preserva seu caráter, pois a demonstração do empenho, da dedicação e da pesquisa são fundamentais para a prossecução das atividades de pesquisa. Caso contrário, não haveria inovação na ciência, se novas inteligências não brotassem como fruto de novas investidas no mundo do conhecimento,

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