Marx weber e suas alegações
Por: Kleber.Oliveira • 21/8/2017 • 2.269 Palavras (10 Páginas) • 500 Visualizações
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seja, meios para pensar de forma lógica, sistemática e clara.
2.5 A política como vocação
“A política como vocação” é fruto de uma conferência realizada por Max Weber em 1918, e publicado em 1919 na Alemanha. O autor preocupou-se em tratar de alguns temas mais específicos, a exemplo do monopólio da violência com um dos traços definidores do Estado, da distinção entre viver “para” a política e viver “da” política, dos fundamentos da legitimidade, dos diferentes tipos de funcionários públicos, dos traços distintivos entre ética da convicção e ética da responsabilidade, entre tantos assuntos, até hoje marcados por intensa atualidade.
Para tanto, ele inicia seu texto com um simples questionamento, afinal, o que é política? Reconhecendo que a expressão é utilizada englobando vários sentidos, Weber afasta todos os significados e a define como “o conjunto de esforços feitos visando a participação do poder ou a influenciar a decisão do poder, seja entre Estados, ou no interior de um único Estado”.
Weber retomou ideia de que o Estado é o detentor do monopólio da violência física. E o faria de modo legítimo. Para Weber há quem viva “para” a política, bem como há quem viva “da” política. Os que vivem “da” política teriam na atividade parlamentar uma permanente fonte de rendas. Quem vive uma causa, segundo Max Weber, também viveria dela. Quem “para” a política vive tem o poder de transformar sua ação em seu fim de vida.
Segundo o autor há três formas de dominação do individuo sobre o individuo. A primeira é a que decorre do passado, chamado de poder tradicional; a segunda advém dos dons pessoas e extraordinários de alguns lideres que denomina-se de poder carismático; a terceira e ultima que explicita uma competência positiva, de base racional, que Weber chama de “poder legal”.
Então, quais seriam as características necessárias ao político? Para o autor, há três qualidades que são determinantes: paixão, sentido de responsabilidade e senso de proporção. Ou seja, conciliar as três características de modo que elas se complementem. Por ultimo, Weber, seguindo o exposto acima, abre uma questão sobre a relação entre ética e política.
O autor passa a definir duas máximas que são irredutivelmente opostas seja qual orientação ética se adote: a ética das últimas finalidades e a ética de responsabilidade. A primeira é proposta na religião cristã, ou seja, o cristão cumpre seu dever; já a segunda se orienta pela responsabilização, ou seja, sempre devemos responder pelas consequências previsíveis de nossos atos.
2.6 Economia e sociedade
Esta é um obra póstuma que foi publicada por sua esposa baseado no escritos que ele fez em 1910, que traz os fundamentos do método weberiano conhecido como Sociologia Compreensiva.
No inicio da obra, aparece como conceito fundamental da teoria sociológica de Weber - a categoria ação – que, para ele, é um objeto da sociologia. Por esse motivo ele inaugura o chamado “individualismo metodológico”, onde ele explica que as formas coletivas de vida, mesmo em relação as sociedades, devem ser explicadas a partir de suas bases individuais, opondo-se, ao “holismo metodológico”.
Para ele, a ação é um comportamento humano ao qual os indivíduos vinculam um significado subjetivo e a ação é social quando está relacionada com outro indivíduo. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação social: ação instrumental, ação racional, ação afetiva e a ação tradicional. Mais adiante, Weber vai desenvolver ainda os conceitos de "relação social" e de "ordem social".
Segundo a ótica do autor, a sociologia busca o significado e os últimos motivos que os próprios homens atribuem as suas ações, ou seja, tem um caráter hermenêutico. É dai que ele afirma que a sociologia é sempre “compreensiva”. O ponto chave do seu estudo é buscar compreender o sentido que as pessoas dão a sua conduta. Na sua análise, Weber propõe que se deve compreender, interpretar e explicar, respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas.
É papel da sociologia tentar compreender como as coisas acontecem e de que forma as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social se estabilizam. Sua ideia é que a sociedade surge a partir da interação dos sujeitos constituintes dela. Tomando por base a compreensão da vida em sociedade, sua teoria ficou conhecida como individualismo metodológico.
3. TEORIAS WEBERIANAS
3.1 Teoria da ação social
Segundo Max Weber a principal função da sociologia é compreender os diversos aspectos da ação social. Isso, por que, a sociedade deve ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais. Para ele, ação social é qualquer comportamento que leva em consideração a reação de outro individuo. Sendo assim, a ação social é uma ação dotada de sentido, pois ela gera uma motivação e valores sociais.
Como exemplo de ação social podemos citar o caso de dois ciclistas, que ao andarem na mesma via, porém em sentido contrário, desviam um do outro na tentativa de evitar uma colisão. Outro possível exemplo é o ato de escrever uma carta, pois ao escrevê-la tem-se a intenção de que outra pessoa a leia, sendo assim ocorre uma ação social dotada de sentido.
3.1.1 Tipos de ação social
Weber separa as ações sociais em quatro tipos fundamentais: ação social afetiva; ação social tradicional; ação racional com relação a valores; e ação racional com relação a fins.
A primeira, ação social afetiva, é motivada por sentimentos, por reação emocional, tais como: amor, ódio, ciúmes, inveja, vingança, medo, loucura, etc. Como exemplos podemos citar a comemoração da vitória de um time, a festa de um casamento, a mãe que repreende ao filho com intenção de educa-lo, etc.
No segundo tipo, ação social tradicional, tem como motivação os costumes, hábitos e tradições, são ações que se ocorrem automaticamente por já se ter o habito de ter aquela reação. São exemplos, a utilização de talheres, a utilização de roupas e calçados, o habito de descansar aos domingos, e trabalhar nos dias uteis, etc.
Já no terceiro tipo, ação racional com relação
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