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Exercício Ciência Política

Por:   •  20/2/2018  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  306 Visualizações

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A questão então é saber o que poderá influenciar o sujeito-alvo a submeter-se – uma ameaça ou uma possibilidade de gratificação. Dessa forma, o sujeito-alvo é colocado em uma posição de submissão e o sujeito de autoridade uma posição de dominante, em uma relação de poder. Essa relação de forças que os indivíduos exercem sobre si constitui o vínculo social.

ação política

Toda ação pressupõe um agente. Esse agente pode ser individual ou coletivo. Assim:

Decisão planejamento ação resultado

[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]

o que fazer como fazer agir feito de forma eficaz

O agente individual é quem toma a decisão do que fazer, como fazer, e o faz com o intuito de obter o resultado eficaz, sem prestação de contas.

Já com agente coletivo, as características da ação encontram-se modificadas:

decisão – presença de espaço de discussão onde se definam os objetivos comuns;

planejamento – espaço de discussão onde se definam os meios para o atingimento dos objetivos;

ação – é preciso que um compromisso de ação, sempre de responsabilidade do coletivo, seja firmado por um representante, que é obrigado a prestar contas sobre seus atos perante a coletividade, submetendo-se a instrumentos de controle.

O governo da palavra não é tudo na política, mas a política não pode agir sem a palavra: a palavra intervém no espaço de discussão para que sejam definidos o ideal dos fins e os meios da ação política; a palavra intervém no espaço de ação para que sejam organizadas e coordenadas a distribuição das tarefas e a promulgação das leis, regras e decisões de todas as ordens; a palavra intervém no espaço de persuasão para que a instância política possa convencer a instância cidadã dos fundamentos de seu programa e das decisões que ela toma ao gerir os conflitos de opinião em seu proveito.

Isto nos permite concluir que a linguagem está presente no desenrolar de toda ação política, já que esta depende necessariamente de um espaço de discussão. Mas quem são os atores, os personagens dessa relação de poder?

as instâncias

Somos agora conduzidos às instâncias implicadas na ação política:

instância política – que é a delegada e assume a realização da ação política (age sempre em função do possível);

instância cidadã – que está na origem da escolha dos representantes do poder (age sempre em função do desejável).

os valores

Correspondem às idéias que são defendidas no espaço de discussão. Assim, ao termo dessas trocas seria determinado um conjunto de valores que desempenharia o papel de princípio de decisão e cujo domínio seria coletivo. Nesse momento, a ação política seria uma ação concertada e seu responsável se confundiria com essa mesma coletividade. A propriedade coletiva dos valores cria entidades abstratas (Estado, República, Nação) que garantem os direitos e os deveres dos indivíduos; entidades que superam cada um dos membros do grupo e sobredeterminam esse último ao produzir o que conhecemos por “desapropriação de indivíduos”

os conceitos de poder político

[pic 5]

Para alguns pensadores, como Max Weber (Maximilian Carl Emil Weber – Alemanha 1864-1920), sociólogo, o poder político está diretamente ligado à dominação e à violência, por meio do Estado que, tendo força de dominação, impõe sua autoridade sob a aparência da legalidade.

[pic 6]

Por outro lado, para Hannah Arendt (Alemanha 1906 – EUA 1975), filósofa política, o poder político resulta de um consentimento, de uma vontade dos homens, afirmando que “quem está no poder, recebeu de certo número de pessoas o poder de agir em seu nome”.

[pic 7]

Entre os dois pensadores está Jügen Habermas (Alemanha – 1929), filósofo e sociólogo, que sustenta a compatibilidade entre os dois tipos de poderes políticos, onde há um “poder comunicativo” – ausente de dominação e que fomenta a discussão no espaço público – e um “poder administrativo” – que implica relação de dominação, regulando a vida social através de leis e sanções.

É nessa filiação que devemos nos inscrever ao defender uma concepção de poder político que resulta dialeticamente de dois componentes da atividade humana: o debate de ideias no vasto campo do espaço público, lugar se trocam opiniões; o do fazer político no campo mas restrito do espaço público, onde se tomam decisões e se instituem atos. O primeiro lugar é o de uma luta discursiva, onde é permitido manipular e prometer. O segundo é o lugar onde se exerce o poder de agir entre uma instância política soberana e uma instância cidadã.

Assim:

[pic 8]

3.1.2 Do espaço social aos espaços sociais da palavra política.

Encontramo-nos, assim, em um jogo em que todos mudam sob a influência dos outros: a opinião sob a influência das mídias, as mídias sob influência da política e da opinião, o político sob influência das mídias e da opinião.

Assim, consideramos

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