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ENSAIO – ÉTICA A NICÔMACO

Por:   •  8/5/2018  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  335 Visualizações

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As melhores normas são aquelas que farão o homem justo continue desta forma. Sendo este detentor de todas as virtudes que a sociedade demonstra como certas, e assim, desejáveis. A justiça ele trata como algo sublime, como detentora de todas as virtudes de forma conjunta, sendo, portanto, a virtude completa, pois aquele que é detentora dela pode agir com todos da pólis.

A justiça política coloca os homens que estão dentro da pólis como iguais, contudo, a justiça deve existir por lei, e não por um representante que pode simplesmente utilizar-se da sociedade para proveito próprio. A justiça nesse caso deve ser manifestada para todos, de forma pública, pois nas relações distintas desta forma não podem interferir no contexto que seja melhor para todos da pólis.

As justiças que aparecem na comunidade são duas, a justiça natural e a justiça legal (atualmente entendido como jusnaturalismo e juspositivismo). A natural é possível ser aceita em todas as comunidades, a positiva é a que faz parte dos costumes daquela certa e determinada sociedade, os que estão submetidos na comunidade poderão discutir sobre o que é necessário para manter a pólisem ordem.

Para Aristóteles a escravidão pode ser considerado algo justo, dentro de uma adequação, atribuindo a estes inseridos na pólis,papéis que lhes permitam realizar a sua natureza buscando assim a télosde instituições sociais. As teorias políticas atuais não aceitam bem este pensamento de adequação, de Kant a Rawls, pois temem que este pensamento entre em rota de colisão com a noção de justiça. Para Aristóteles a escravidão tem de ser algo necessário para a comunidade e também que seja algo natural. Sendo necessária pois alguém precisa dedicar-se as tarefas domésticas enquanto o cidadão dedicam seu tempo para discutir sobre condutas necessária para a melhoria da vida em comunidade. Para ele, portanto, para que a escravidão seja justa é preciso que determinadas pessoas se adequem através de sua natureza afim de desempenhar este papel. (SANDEL, p. 249)

A equidade das leis que desdobram-se dentro deste pensamento passam pelo pensamento de que o justo e injusto dependerá da voluntariedade daquele que executa a atitude em questão. A dificuldade de demonstra a aplicação da lei de forma equânime traz o pensamento de que a lei pode adaptar-se aos fatos, e que tal forma de equidade é usado apenas quando necessário, afim de equilibrar as relações existentes entre o fato e a norma.

Conclusão

Entendemos que Aristóteles analisa a justiça de forma a demonstrar que a forma de agir injusta é anômala em relação a atitude moral, albergada pela sociedade, pois ninguém gosta de sentir os resultados de uma atitude injusta. O pensamento de que a justiça traz uma forma linear e fria de igualar todos não traz propriamente a tão esperada justiça, para tanto faz-se necessário estruturar a justiça de forma mais complexa, afim de poder aplica-la nas relações como um todo. O juiz utilizará as leis que pertencem a aquela comunidade, afim de tratar a justiça para todos os atos cometidos dentro da comunidade.

Referência

ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco: seleção de textos de José Américo Motta Pessanha – 4. ed. – São Paulo. Nova Cultura, 1991.

GALISON, Peter. The Einstein Revolution. HARVARD, 2016. Disponível em: https://courses.edx.org/courses/course-v1:HarvardX+EMC2x+2T2016/courseware/436501cd5a914caca396e68a0c52e1eb/8e1f0a88782e4c81840002ef36a7bc4c/ >. Acesso em: 24 set. 2016

SANDEL, Michael j. Justiça – O que é fazer a coisa certa. 17a ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2015.

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CCJ – CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

DIREITO

FILOSOFIA GERAL

ENSAIO SOBRE ÉTICA A NICÔMACO

Professor: Sandra Helena

Aluno: Ravi Ramier Morais Almeida

Matrícula: 1122669/8

Turno CD-MANHÃ – Terça e quinta

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