Doze Homens e uma Sentença
Por: Kleber.Oliveira • 19/9/2017 • 1.059 Palavras (5 Páginas) • 498 Visualizações
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Pergunto-me se teria a coragem de ser o homem que levanta a dúvida, que respeita o princípio democrático da presunção de inocência de quem quer que seja, correndo o risco de ser rotulada como advogado do diabo ou como cúmplice de crimes hediondos. Quero ter essa coragem, porque sendo eu o réu – e nada me garante que eu nunca venha a sê-lo, gostaria que alguém levantasse essa dúvida.
O filme então se mostra bastante interessante juridicamente, pois e possível notar na argumentação das partes, variações de discurso de forma critica e comum. Com o discurso critico feito por alguns jurados, consegue-se mudar o voto daqueles que o culpavam por desinteresse ou de forma sentimental, pondo suas experiências de vida no caso.
Desta forma o desfecho do filme se da após essas argumentações criticas, convencendo quase todos os jurados a mudarem seus votos. Porem um dos jurados se mostra irredutível à mudança de seu voto, mas acaba convencido a muda-lo quando se da conta que esta culpando o Réu, de forma sentimental e com base no seu próprio filho. E o Réu acaba inocentado pelo corpo de jurados.
Do exposto, conclui-se que diante de um caso de grande repercussão e o futuro de um garoto acusado de pratica de parricídio, viu-se que não houve ali um julgamento justo, mas sim uma condenação injusta baseada no preconceito ideológico de cada célula investida no poder de julgar. Portanto faz-se valer a Declaração Universal dos Direitos Humanos Adotada e Reclamada pela Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 e de acordo com o artigo X, “Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa”, bem como o artigo 5º da nossa Constituição no seu inciso LV que é o principio do contraditório; “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Por fim, o acusado deve ser absolvido, aplicando-se ao principio in dúbio pro réu.
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