DOZE HOMENS E UMA SETENÇA
Por: SonSolimar • 6/12/2018 • 1.349 Palavras (6 Páginas) • 398 Visualizações
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- DISCUSSÃO
LE BON E RELAÇÃO COM O FILME “DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA”
O autor escolhido pelo grupo foi o francês Gustave Le Bon, autor do livro “Psicologia das Massas”, publicado em 1985. Considera-se que as questões das multidões tenham sempre o mesmo embasamento e desenvolvimento do psiquismo, porém diferencem-se em alguns aspectos, devido a evolução da sociedade. Le Bon em sua teoria, alega que os indivíduos possuem suas próprias características, sua personalidade em si, porém quando se está na multidão, esses indivíduos perdem suas características pessoais, individualidade e autonomia, passando a agir de acordo com o coletivo, como ele mesmo diz, passam a ter um “psiquismo coletivo”, portanto, forma-se uma mente coletiva, onde os sentimentos e idéias caminham numa mesma direção. No filme, podemos notar evidentemente isso, pois ao chegar na sala, para decidir o destino do menino porto-riquenho, a maioria acredita que o mesmo seja culpado, porém um daqueles doze homens tem uma opinião diferente e o mesmo consegue contagiar os demais, assim todos passam a ter a mesma opinião e a pensar da mesma forma.
Além disso, o indivíduo na multidão torna-se mais impulsivo e o exagero do sentimento é fortalecido, muitas vezes, tendo comportamentos que fora daquele ambiente e isoladamente sentiria, pensaria e agiria de forma diferente. Essa impulsividade é clara nas cenas do filme, os 12 homens que compõe o júri, brigam muito entre si, primeiramente para prevalecer sua opinião como verdadeira, para fazer com que os demais, sigam essa opinião e também porque na multidão, fica mais difícil de controlar-se.
Le Bon, também cita que na multidão o individuo acaba perdendo seu autocontrole, situação esta que aparece no filme, quando um dos jurados, no caso, o ultimo a aceitar a idéia que o menino é inocente, chora copiosamente na frente dos demais, pois percebe que ele está misturando a situação do menino porto-riquenho com sua vida pessoal.
A multidão pode ser homogênea, composta por pessoas que basicamente, possuem o mesmo objetivo, formada por elementos mais ou menos semelhantes ou pode ser também, heterogênea, composta por pessoas que não possuem o mesmo objetivo, mas que apenas estão no mesmo ambiente. No caso da multidão heterogênea, a violências dos sentimentos ficam mais afloradas, ou seja, aumentam consideravelmente, devido a ausência de responsabilidade. Nesses dois casos, os indivíduos perdem sua individualidade, onde o heterogêneo acabada perdendo-se no homogêneo e as qualidades inconscientes dominam, ou seja, todos começam a agir praticamente do mesmo jeito, tendo essencialmente, as mesmas idéias e objetivos.
Le Bon, traz em sua teoria que essa influência sofrida pelos componentes de uma multidão e como já foi citado anteriormente, a perda da individualidade, se dá por três fatores:
- O sentimento de poder, onde as pessoas consideram-se capaz de realizar qualquer coisa;
- O contágio mental se dá através que na multidão, as pessoas começam a pensar e agir da mesma forma, seu psiquismo é contagiado e transformado num “psiquismo coletivo”;
- Sugestibilidade, onde as pessoas tendem a ser persuadidos, sugestionados e influenciados facilmente.
Esses três fatores são completamente encontrados no filme. Sentimento de poder, onde os homens que compõem o filme sentem-se poderosos a influenciar a todos com sua visão, contágio menta e sugestibilidade, a partir do momento que a visão de um dos doze homens que difere-se dos demais, influencia a todos, fazendo com que no final, todos tenham a mesma visão sobre o caso do garoto porto-riquenho.
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- CONCLUSÃO
Concluímos que a teoria criada por Gustave Le Bon é de extrema importância, pois mostra-nos o quanto as características individuais, a individualidade, os pensamentos e as atitudes são influenciadas quando o individuo está inserido num grupo, na verdade, este individuo acaba perdendo todas essas características citadas, adotando uma atitude comum ao grupo, uma atitude semelhantes a todos que compõem aquele grupo.
O filme nos fez notar isso ainda mais, expondo uma situação séria, que era trilhar o caminho da vida daquele garoto porto-riquenho, afinal, a sobrevivência dele, dependia da decisão daqueles doze homens. E através da opinião e da visão de um desse homens, é que os outros também mudaram, ou seja, os demais foram influencia por este único homem e no final todos adotaram a uma visão coletiva, como disse Le Bon, a um “psiquismo coletivo”.
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- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://ritamuniz2010.blogspot.com.br/2012/08/resenha-psicologia-das-multidoes.html> Acesso em 28 de março de 2017.
HERMETO, C.M e MARTINS A.L. O livro da psicologia. São Paulo. Editora Globo, 2012.
LE BON, G. (1954). Psicologia das multidões. Rio de Janeiro: F. Briguet & Cia. (Original publicado em 1895).
CASTILHO,
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