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A Resenha Contos

Por:   •  14/2/2018  •  2.222 Palavras (9 Páginas)  •  384 Visualizações

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Tal era o estado de dúvida, com extremo zelo, havia absolvido todos os réus, porem dois foram acusados. O primeiro era acusado de furtar uma quantia com a falsificação de um papel, o réu, pálido, não negou o fato. O promotor achou que a palidez era a culpa, e o advogado insistia que era inocência. O advogado foi bom em sua defesa, morreu dois anos depois. Teria salvo o réu, mas esse confessou. Foram 11 votos contra 1, um dos jurados estava inquieto e com a condenação do réu, era o ruivo Lopes, para ele o crime estava mais que provado, proferiu as palavras: Suje-se gordo!

O réu foi condenado, o advogado contestou, e o presidente do conselho saiu sem entender o que Lopes quis dizer. Em seus pensamentos, entendeu depois a frase como se o réu fosse um ladrão de nada, um reles ladrão.

Sendo convidado a participação de um novo júri, mesmo citando a passagem do evangelho, foi compelido a ir, pois era um dever de cidadão, julgando ainda três processos, sendo que um deles estes era de um empregado do Banco do Trabalho Honrado, o caixa, acusado de um desvio de dinheiro. O réu estava mais magro, era ruivo e tinha o mesmo nome, Lopes, que negou tudo que lhe era perguntado, mesmo com inquérito, a tentativa de fuga do caixa, estava com um sorriso no canto da boca, fitando o juiz, o teto e os que o iam julgar, entre eles o presidente do conselho de outrora. Como no julgamento de antes, o promotor achou em seus gestos a culpa, e o advogado defendia suas expressões como a presença da inocência. Servindo assim de reflexão, poderia ser ele mesmo no banco dos réus, como o Lopes que agora ocupava a famosa cadeira, encaixando mais uma vez o principio do evangelho. Aquele que julgou agora era julgado, e agora com um novo prisma, o presidente do conselho entendeu a frase usada, “Suje-se gordo!”, um homem não deveria cometer um crime sem que fosse por uma grande soma. Votando afirmativamente, após ler uma carta na qual Lopes fazia evidente o crime, arrependeu-se depois, pensando na inocência de Lopes, mas seus companheiros o absolveram, foi o que o consolou, nove jurados votaram a favor de sua inocência.

Assim sendo, chegou a conclusão que o melhor era mesmo não julgar ninguém para não ser julgado. E voltaram para as cadeiras, pra ver o próximo ato da peça.

O conto Suje-se Gordo inicia-se no terraço do Teatro de São Pedro de Alcântara, onde dois amigos conversavam e, um deles, pelo assunto da peça que se chamava A Sentença ou o Tribunal do Júri, que estavam vendo, lembrou-se de duas vezes em que embora sendo contra (pelos principio do evangelho que não devemos julgar para não sermos julgados) havia participado do tribunal, que era então no antigo Aljube, fim da Rua dos Ourives, princípio da Ladeira da Conceição.

Tal era o estado de dúvida, com extremo zelo, havia absolvido todos os réus, porem dois foram acusados. O primeiro era acusado de furtar uma quantia com a falsificação de um papel, o réu, pálido, não negou o fato. O promotor achou que a palidez era a culpa, e o advogado insistia que era inocência. O advogado foi bom em sua defesa, morreu dois anos depois. Teria salvo o réu, mas esse confessou. Foram 11 votos contra 1, um dos jurados estava inquieto e com a condenação do réu, era o ruivo Lopes, para ele o crime estava mais que provado, proferiu as palavras: Suje-se gordo!

O réu foi condenado, o advogado contestou, e o presidente do conselho saiu sem entender o que Lopes quis dizer. Em seus pensamentos, entendeu depois a frase como se o réu fosse um ladrão de nada, um reles ladrão.

Sendo convidado a participação de um novo júri, mesmo citando a passagem do evangelho, foi compelido a ir, pois era um dever de cidadão, julgando ainda três processos, sendo que um deles estes era de um empregado do Banco do Trabalho Honrado, o caixa, acusado de um desvio de dinheiro. O réu estava mais magro, era ruivo e tinha o mesmo nome, Lopes, que negou tudo que lhe era perguntado, mesmo com inquérito, a tentativa de fuga do caixa, estava com um sorriso no canto da boca, fitando o juiz, o teto e os que o iam julgar, entre eles o presidente do conselho de outrora. Como no julgamento de antes, o promotor achou em seus gestos a culpa, e o advogado defendia suas expressões como a presença da inocência. Servindo assim de reflexão, poderia ser ele mesmo no banco dos réus, como o Lopes que agora ocupava a famosa cadeira, encaixando mais uma vez o principio do evangelho. Aquele que julgou agora era julgado, e agora com um novo prisma, o presidente do conselho entendeu a frase usada, “Suje-se gordo!”, um homem não deveria cometer um crime sem que fosse por uma grande soma. Votando afirmativamente, após ler uma carta na qual Lopes fazia evidente o crime, arrependeu-se depois, pensando na inocência de Lopes, mas seus companheiros o absolveram, foi o que o consolou, nove jurados votaram a favor de sua inocência. Assim sendo, chegou a conclusão que o melhor era mesmo não julgar ninguém para não ser julgado. E voltaram para as cadeiras, pra ver o próximo ato da peça.

4. Apreciação

No conto “Teoria do Medalhão” temos o exemplo de um pai que em sua concepção passava o melhor conceito para o filho, porém desrespeitava suas idéias, massacrando seus pensamentos. Vemos como exemplo do nosso dia a dia onde pessoas tentam se dar bem a qualquer custo, mesmo que o preço seja se eximir de pensamentos próprio, apenas para dizer o que os outros querem escutar , tornando-se queridos, tornado-se sociável, sendo realmente um VIP, uma pessoas extremamente social que acredita que a propaganda pessoal e a aparência valem muito mais do que a essência.Temos como tema a escolha da carreira de Janjão, mas podemos colocar nas entrelinhas a imposição quanto a “possível escolha” advinda do pai.

No caso da vara, não é muito diferente, a vontade de Damião nem sequer havia sido ouvida pelo pai, sendo mandado ao seminário. Por ser destemido e pela vontade de mudar seu destino, conseguiu ajuda de Sinhá Rita. Sendo assim, ainda colocando o caso na atualidade, podemos nos posicionar no lugar de Damião onde lutamos, as vezes com medo, para mudar nossa sorte, para termos um futuro melhor. Pode-se colocar como tema a escravidão, se olharmos de forma sucinta a posição de Sinhá Rita em relação à Lucrecia, nos deparamos com um comportamento excessivo (mas de certa forma “esperado”) da Sinhá num acontecimento corriqueiro.

Tendo como base o ensinamento obtido através do Suje-se gordo”, o melhor mesmo é não julgar. O pai de Janjão acreditava que ser um Medalhão era o melhor para o filho. O pai de Damião, assim como o pai de Janjão, também acreditava ser o seminário o melhor para ele.

Implícita

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