Projeto Técnico Socioambiental para Cidade de Mariana

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ANEXO 2

Tanque 1:

1- Vazão de saída do TQ1:

Primeiramente calculou-se a vazão volumétrica de saída do tanque 1 para a linha de descarte:

∑QE = ∑QS

QM1 + QM2 = QMf

(Qdespejo (tanque 1) x ρlodo (tanque 1))+ (Qdespejo (tanque 2) x ρlodo (tanque 2)) = QM (linha de descarte)

(QV1 x 2.500 kg/m3) + (20m3/h x 1.500 kg/m3) = 250.000 kg/h

QV1= (150.000 – 30.000) m3/h

2.500 [pic 3]

QV1 = 88 m3/h

2- Vazão de saída do TQ1 para o TQ2:

Em seguida calculou-se a vazão de saída do tanque 1 para o tanque 2, através das vazões que entraram no sistema.

∑QE = ∑QS

(Qbomba + Qfloculante) = Qdespejo + Qalimentação (tanque 2)

(Qbomba + Qfloculante) - Qdespejo = Qalimentação (tanque 2)

(180 m3/h + 15m3/h) – 88 m3/h = 107 m3/h

3- Vazão mássica do TQ1-TQ2:

Com os dados obtidos calculou-se a vazão mássica do intermédio do tanque 1 para o tanque 2.

∑QmET= ∑QmST

(1250 Kg/m³ . 180 m³/h) + (1050 Kg/m³ . 15 m³/h) = (2500 Kg/m³ . 88 m³/h) + QmS

QmS = 20750 Kg/h

Tanque 2:

4- Vazão de saída TQ2:

Para o tanque 2, calculou-se a vazão volumétrica e a vazão mássica de saída do tanque 2:

∑QvET= ∑QvST

107 m³/h + 10 m³/h = 20 m³/h +QvS

QvS = 97 m³/h

∑QmET = ∑QmST

20750 Kg/h +10500 Kg/h = 30000 Kg/h + QmS

QmS= 1250 Kg/h

5- ρ (Kg/m³) do TQ2:

Por fim, calculou-se a massa específica de saída do tanque 2, destinada para o tratamento.

Qm/Qv= ρ

(1250 Kg/h) / 97 m³/h = ρ

ρ = 12,9 Kg/m³

4. Análise dos Resultados:

O projeto apresentado promete uma demanda de 200 m³/h de vazão de saída para 800 habitantes, mas após a análise do mesmo foi notificado que a vazão de saída seria 97 m³/h, ou seja, o projeto se apresentou abaixo da expectativa proposta nesse ponto.

Apesar de ter apresentado uma vazão de saída de água maior que a esperada, o projeto não foi eficiente na separação da água e dos rejeitos da mineração pois, a massa específica (ρ) da vazão de saída de água calculada após a análise, não foi equivalente a massa específica de uma água tratada (sem rejeitos) que apresenta uma massa específica (ρH2O) de 1000 Kg/m³. Nesse parâmetro o projeto não fez jus a sua proposta pois o fluido final não é a água, portanto, o projeto só atenderia a população, caso a água estivesse totalmente livre dos rejeitos minerais.

5. Conclusão:

O projeto socioambiental apresentado pela empresa BHP Billinton estimou uma demanda de 200 m³/h de vazão de saída para 800 habitantes. E através da análise técnica do projeto notou-se que o projeto não atenderia a cidade de Mariana devido a vazão de saída final de 97 m³/h.

Além disso, através da massa específica final, notou-se que a água que deveria ter sua massa específica de 1000 Kg/m³ apresentou uma massa específica de 12,9 Kg/m³. Isso quer dizer, que ainda não se tem uma água para ser clorada no processo de tratamento de água e apresentar uma eficiência de 99,999%.

Com isso, o fluído que saiu do tanque de água deve ser submetido a pesquisas para saber quais são as impurezas presentes nele para que assim, se possa desenvolver um método eficaz para a separação da água e seus rejeitos, para que a água siga então, para o processo de cloração na estação de tratamento.

6. Bibliografia:

Site: http://veja.abril.com.br/complemento/brasil/para-que-nao-se-repita/>. Acessado em: 29/11/2015, às 10:31hrs.

Site: http://meexplica.com/2015/11/entenda-a-tragedia-de-mariana-em-minas-gerais/>. Acessado em: 29/11/2015, às 11:30 hrs.

Site: http://www.agsolve.com.br/noticias/qual-e-o-consumo-ideal-de-agua-para-uma-pessoa-por-dia>. Acessado em: 30/11/2015, às 12:05 hrs.