O Plano Collor
Por: Salezio.Francisco • 12/9/2018 • 5.247 Palavras (21 Páginas) • 308 Visualizações
...
2.5.3 PLANO VERÃO 17
2.6 EM LINHAS GERAIS 18
3 CONCLUSÃO 19
4 referências bibliográficas 21
---------------------------------------------------------------
- introdução
Este trabalho tem por finalidade analisar o contexto econômico e político que o Brasil estava inserido, marcado principalmente pelo Plano Collor, período compreendido entre 1990 e 1992. Em busca da estabilidade econômica e de controlar a constante inflação, o Brasil teve de desenvolver vários planos durante sua história, e um desses foi o Plano Collor.
O Plano Collor, estabelecido em 16 de março de 1990, é o nome dado ao conjunto de reformas econômicas e políticas cujo objetivo principal era a estabilização da inflação, foi criado durante o governo de Fernando Collor de Mello. As medidas adotadas não obtiveram sucesso, pois além de não conseguir controlar a inflação, gerou insatisfação de grande parte da população, que julgaram as medidas do Plano Collor como precipitadas.
---------------------------------------------------------------
- plano collor e a economia brasileira
Após quase trinta anos sem eleições diretas para Presidente da República, os brasileiros puderam votar e escolher um, entre os 22 candidatos que faziam oposição ao atual presidente José Sarney. Era novembro de 1989. Após uma campanha agitada, com trocas de acusações e muitas promessas, Fernando Collor de Mello venceu seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva.
Collor conquistou a simpatia da população, que o elegeu com mais de 42% dos votos válidos. Seu discurso era de modernização e sua própria imagem validou a ideia de renovação. Collor era jovem, bonito e prometia acabar com os chamados “marajás”, funcionários públicos com altos salários, os quais só oneravam a administração pública.
Sua primeira medida, ao tomar posse no dia 15 de março de 1990, foi anunciar seu pacote de modernização administrativa e vitalização da economia, através do plano Collor I, que previa entre outras coisas:
- Volta do Cruzeiro como moeda;
- Congelamento de preços e salários;
- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;
O objetivo deste plano, segundo Collor, era conter a inflação e cortar gastos desnecessários do governo. Porém, estas medidas não tiveram sucesso, causando profunda recessão, desemprego e insatisfação popular.
Trabalhadores e empresários, foram surpreendidos com o confisco em suas contas bancárias. O governo chegou a bloquear em moeda nacional o equivalente a oitenta bilhões de dólares.
O governo Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias. Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.
Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o Collor II, o qual também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e aumentou o descontentamento da população.
A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, não suportou a pressão e em maio de 1991 pediu demissão do cargo. Em seu lugar, assumiu Marcílio Marques Moreira, até então embaixador do Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de impacto. Sua proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve bons resultados.
A esta altura, surgiram várias denúncias de corrupção na administração Collor, envolvendo ministros, amigos pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor. Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.
Em entrevista à revista Veja, Pedro Collor, irmão do presidente, foi quem revelou os esquemas, que envolviam também Fernando Collor. A notícia caiu como uma bomba. A população, já insatisfeita com a crise econômica e social, revoltou-se contra o governo.
Foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a fim de investigar a participação de Collor no esquema chefiado por PC Farias. Num ato desesperado para salvar seu mandato, Collor fez um discurso em rede nacional e pediu para que os brasileiros fossem às ruas, vestidos de verde e amarelo, em gesto de apoio ao presidente. Realmente, o povo foi às ruas, mas vestido de preto e exigindo o impeachment de Collor.
No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados se reuniu para votar o impeachment do presidente, ou seja, sua destituição do cargo. Foram 441 votos a favor do impeachment e somente 38 contra. Era o fim do “caçador de marajás”. No lugar de Collor, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco.
A situação que o Brasil enfrentava era de grande instabilidade econômica e política, marcada, principalmente, pela inflação elevada e pelo fracasso das sucessivas políticas de estabilização. A fim de reverter esse quadro, ao longo do século XX, houve dezenas de episódios de bloqueio da liquidez, mas nenhum dos modelos apresentados era preciso.
Em 16 de março de 1990, um dia após sua posse, o Presidente da República, Fernando Collor de Mello, juntamente com a Ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello e com o Presidente do Banco Central, Ibrahim Éris, foi feito o anúncio ao país de um novo plano de estabilização, o Plano Brasil Novo, mais conhecido como Plano Collor.
-
O PLANO COLLOR I
Algumas medidas do Plano Collor tinham objetivo antiinflacionário de médio prazo, caso da abertura comercial; outras procuravam equacionar a crise fiscal, mas não dependiam do bloqueio para tanto. O elemento central do Plano Collor é o bloqueio da liquidez dos haveres financeiros. Essa expressão pode ser definida como a suspensão (parcial ou total, temporária ou definitiva) do direito ao exercício da liquidez de ativos financeiros.
O objetivo principal do Plano Collor era a proposta de bloqueio da liquidez dos haveres financeiros no Brasil, que buscava encontrar soluções
...