REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
Por: Sara • 21/11/2018 • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 335 Visualizações
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Item
Descrição
Valor
B
Valor contábil do estoque
R$ 50,00
B
Ajuste por redução ao valor recuperável
(R$ 30,00)
Neste caso, o valor líquido de realização do estoque está R$ 20,00 acima do que está registrado no ativo. Assim, a empresa deve reconhecer uma reversão no resultado gerando, em contrapartida, um débito no ativo.
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Do Limite de Reversão
É importante destacar que há um limite para a reversão de perda. No Brasil, com a convergência para as normas internacionais, não há mais possibilidade de ajustarmos (para cima) o valor do ativo.
Foi levantada anteriormente a necessidade de, no caso de redução do estoque por perda ao valor recuperável, do lançamento contábil item a item. O lançamento desta forma se faz necessário para poder apurar, em caso de reversão, o limite superior para lançamento da reversão.
Imagine, por exemplo, que a mesma empresa que lançou os R$ 30,00 de perda por redução ao valor recuperável se deparasse com a seguinte análise no ano seguinte.[pic 2]
Item
Descrição
Valor
A
Preço estimado de venda
R$ 200,00
B
Estoque (valor contábil)
R$ 20,00
C
Custo para disponibilizar estoque para venda
R$ 80,00
Neste caso específico, note que há um ganho líquido de R$ 100,00. Este ganho, na prática, reflete exatamente o lucro que a empresa irá auferir quando da realização, pela alienação, do estoque. Isto é, não podemos reconhecer este valor como um ajuste positivo do estoque.
Podemos, no entanto, quando houver um saldo referente a redução ao valor recuperável em anos anteriores, reverter este ajuste e reconhecer direto no resultado. Neste caso específico, iriamos rever os mesmos R$ 30,00 que foram reconhecidos anteriormente. Os lançamentos contábeis seriam:
D – Ajuste por redução ao valor recuperável (redutora) – R$ 30,00
C – Reversão de perda por redução ao valor recuperável (resultado) – R$ 30,00
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Da relevância da taxa de juros, ou taxa de desconto
A perda por redução ao valor recuperável não se aplica apenas aos estoques. Ainda, no caso dos estoques, algumas vezes é necessário avalia-los da ótica da geração de fluxos de caixa em razão da complexidade ou custo de mensurar de outra forma.
A ótica do fluxo de caixa nada mais é do que projetar o fluxo líquido de uma determinada unidade geradora de caixa e trazer estes fluxos descontados a uma ‘taxa de desconto’. A taxa de desconto tem uma importância relevante na determinação do valor presente, tal que, quanto maior for a taxa, menor será o valor presente desse fluxo.
Veja este exemplo:
Fluxo
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Valor total
Nominal
100
100
100
100
400
VPL 10%a.a.
90,91
82,64
75,13
68,30
316,99
VPL 15%a.a.
79,05
62,49
49,40
39,05
229,99
Onde VPL representa ‘valor presente líquido’.
Note que, para um mesmo fluxo nominal, o valor presente com uma taxa de desconto de 15% foi de 230, enquanto que com 10% esse mesmo fluxo teria um valor presente de 317. Este é um lembrete claro de como, como contadores, não podemos ignorar o poder das taxas de desconto na mensuração correta dos ativos. No caso apresentado acima, uma variação e 5% na taxa
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