Resenha O Imperador e o Rei

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a declarar falência. Cheio de iniciativa e idéias para modernizar o Brasil o Barão de Mauá investe na indústria naval brasileira, que se tornou a maior do país, ele também criou estradas de ferro, bancos e trouxe a iluminação pública para capital deixando sua marca no desenvolvimento da infra-estrutura do país. A realização pessoal de Irineu não era apenas enriquecer, o objetivo dele sempre foi à concretização de suas idéias.

O barão ganhou o titulo de Visconde de Mauá logo após a instalação de cabos submarinos de telegrafo do Brasil até a Europa (serviço executado de graça), pois esse serviço disponha de muito dinheiro envolvido, onde o Imperador não tinha a menor condição de executa-lo. Hoje na política comercial, muitos políticos utilizam desse artifício para nomear pessoas e empresas de bem, a custa de dinheiro.

Outro momento crucial do filme se da no momento que Irineu leva ao tribunal brasileiro a causa da construção da ferrovia (que havia sido construída apenas com seu dinheiro), onde os britânicos (a outra parte do consórcio) não haviam debitado nenhum centavo, e o Visconde precisava do dinheiro para salvar o seu banco no Uruguai. No momento do intervalo da audiência o Juiz (que estava julgando o caso) aceitou propina, onde após intervalo foi dado o veredito que o processo fosse julgado apenas na Inglaterra, já que possuía um acordo entre os dois países no caso Brasil e Inglaterra sendo esse um motivo “fantasioso” para o aceite da propina, fator esse que levou o personagem a declarar a falência, pois não tinha mais como arcar com os valores em questão, e seus bens foram todos confiscados, no momento do confisco um funcionário tentou ainda negociar valores querendo propina. Se fizermos uma comparação com a atualidade do comercio brasileiro, temos vários escândalos de pagamentos de propina como mensalão e mais atualmente a lava jato.

O que nos leva a perceber que o comercio que existe hoje é apenas uma upgrade do comércio anteriormente existe no Brasil, onde o mesmo varia de pagamento de propina, de troca pro Status até o canibalismo de empresas, forçados com ajuda da política e de investidores que movem o comercio da maneira que bem entendem.