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Resenha Burke

Por:   •  3/4/2018  •  2.411 Palavras (10 Páginas)  •  273 Visualizações

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A concepção sobre Estado e a sociedade de Burke baseia-se em determinadas suposições sobre a natureza do Universo, e a esse respeito ressalta o papel da religião no esquema explicativo de Burke. Deus criou um Universo ordenado, governado por leis eternas. Os homens são parte da natureza e estão sujeito as suas leis. Essas leis eterna criam suas convenções e o imperativo de respeitá-las. Regulam a dominação do homem pelo homem e controlam direitos e obrigações dos governantes e governados. Os homens por sua vez dependem um dos outros, e sua ação criativa e produtiva se desenvolve através da cooperação. Esta requer a definição de regras e a confiança mutua, o que é desenvolvido pelos homens, com o passar do tempo, através da interação, da acomodação mutua, o que é desenvolvido pelos homens, com o passar do tempo, através da interação, da acomodação mutua e da adaptação onde vivem. Desse modo eles criam princípios comuns que formam a base de uma sociedade estável.

Para Burke a desigualdade faz parte da natureza das coisas. Referente a natureza, ela é hierárquica, assim uma sociedade natural é totalmente dividida em estratos ou classes, logo a igualdade, tanto política como social e econômica, vai contra a natureza. Para Burke a igualdade só serve para subverter a ordem e para agravar e tornar mais amarga a desigualdade social que nunca pode ser eliminada e que a ordem da vida estabelece tanto para benéfico dos que tem de viver em uma condição humilde como dos privilegiados.

Referente a crítica de Burke a Revolução Francesa e sua defesa da Constituição Inglesa, o filosofo mantem seu perfil conservador liberal, para ele a Constituição representava o pacto voluntario sobre qual uma sociedade é criada. A Constituição inglesa personifica a tradição, e por isso devia ser respeitada, porque esta representa a “progressiva experiência” do homem. Burke afirmava que a Constituição era prescritiva, cujo única autoridade consiste no fato de ter existido desde tempos imemoráveis. E as velhas instituições são as mais uteis, porque elas tem a sabedoria de Deus trabalhando através da experiência dos homens no curso da história. Para Burke a constituição significava defender o arranjo politico instaurado a partir da Revolução de 1688, que garantia o equilíbrio entre a Coroa e o parlamento.

Burke afirmou sobre a Câmara dos comuns: “A virtude, o espirito e a essência da câmara dos comuns consiste em se ela a imagem expressa dos sentimentos da nação. Ela não foi planejada para um controle sobre o povo[...]. Elas foi planejada como um controle para o povo”. Assim a Câmara dos Comuns tem um papel chave na qual o povo está representado.

Cabe ressaltar que foi Burke quem criou um significado positivo ao termo partido político, desfazendo o caráter faccioso atribuído aos agrupamentos políticos. Burke formulou a definição clássica do partido político, um grupo de homens unidos para a promoção, através de seu esforço conjunto, do interesse nacional, com base em algum princípio determinado com o qual todos concordam”.

Burke se tornou exponente máximo do pensamento conservador. Conhecer suas ideias ajuda a entender os fundamentos em que está baseada a crítica conservadora a concepção dialética da história, a teoria da revolução, ao radicalismo político.

Livro - Robert A. Dahl – Sobre a democracia.

Por que o capitalismo de mercado favorece a democracia

O livro se inicia com uma metáfora, explicando que o capitalismo e a democracia apesar dos seus conflitos são inseparáveis. Logo em seguida ele traz sua primeira conclusão sobre a democracia, dizendo que a democracia poliarquica resistiu nos países com uma economia de mercado predominante e jamais em uma economia que não seja a de mercado.

Para explicar por que a democracia poliarquica só acontece em países onde há a predominância do capitalismo como economia, o autor diz que os aspectos básicos do capitalismo de mercado torna favorável a instalação das instituições democráticas, já na economia planificada as perspectivas democráticas acabam sendo prejudicadas.

O autor classifica as instituições privadas na economia capitalista de mercado, como empresas de propriedade privada de indivíduos ou pequenos grupos que não pertencem ao Estado e diz que o objetivo dessas organizações é o ganho econômico na forma de salários lucros, juros aluguéis, os dirigentes podem ser guiados simplesmente por incentivos egoístas.

Os mercados são o controle e coordenação das decisões das entidades econômicas e através da experiência histórica comprovou-se que o mercado produz bens e serviços de maneira bem mais eficiente do que qualquer outra maneira conhecida.

O autor ressalta que o capitalismo levou ao desenvolvimento econômico a longo prazo e esse desenvolvimento é favorável a democracia, uma vez que para reduzir a pobreza intensa ele ajuda a melhorar os padrões de vida e a reduzir os conflitos sociais e políticos.

Segundo o autor o capitalismo também é favorável a democracia por suas consequências sociais e políticas. Ele cria um grande estrato intermediário de proprietários que buscam a educação a economia, liberdade pessoal, direitos de propriedade, a regra da lei e participação do governo. O que o autor ressalta referente ao capitalismo ser favorável a democracia é que ele evita a necessidade de um governo central forte ou mesmo autoritário, que seria totalmente oposto a uma democracia.

No parágrafo seguinte o autor diz a respeito da necessidade de controle de uma economia planificada complexa, onde o governo é o ator controlador do mercado que oferece funcionários encarregados de fazer esse plano de controle de distribuição de recursos escassos, e essas tarefas prodigiosas exigem muita informação confiável, e para conquistar a submissão dos funcionários do governo devem descobrir e aplicar incentivos adequados que podem de recompensas legais como (salários e prêmios), como pode se incentivos ilegais como ( suborno), e a respeito disso nenhum governo se mostrou a altura dessa tarefa.

Para as perspectivas democráticas segundo o autor as ineficiências de uma economia de planejamento central não são o mais prejudicial para as perspectivas democráticas o pior são as consequências sociais e políticas da economia. O autor destaca que uma economia centralmente planejada é um convite direto aos líderes do governo que diz: Você é livre para usar todos esses recursos econômicos para consolidar e manter o poder que tem em suas mãos! O fato é que uma economia centralmente

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