Gestão estratégica de custos
Por: Lidieisa • 1/12/2017 • 2.474 Palavras (10 Páginas) • 379 Visualizações
...
Conforme Martins (2001, p. 315)
A expressão gestão estratégica de custos vem sendo utilizada nos últimos tempos para designar a integração que deve haver entre o processo de gestão de custos e o processo de gestão da empresa como um todo. Entende-se que essa integração é necessária para que as empresas possam sobreviver num ambiente de negócios crescentemente globalizados e competitivos.
Portanto a gestão de custos surgiu para auxiliar as empresas e o seu sistema econômico perante as novas expectativas proporcionadas por novos modelos de mercado na busca contínua pela melhoria em relação a competitividade.
Com a competitividade, as empresas se viram obrigadas a aprimorar seus métodos e critérios de custos para obter um melhor desempenho perante os concorrentes. Assim o gerenciamento dos custos tornou-se uma ferramenta muito importante na tomada de decisão e para isso é preciso ter pleno conhecimento a seu respeito.
Conforme Bicudo (2008, p. 55)
A superioridade do grau de competitividade de uma empresa está em sua maior ou menor habilidade em estruturar sua cadeia de valores, estabelecerem um posicionamento estratégico condizente com a realidade de seus negócios e gerenciar de forma eficaz os fatores que direcionam os custos. Isso porque a globalização, caracterizada pelo mercado dinâmico e turbulento e pelo avanço tecnológico, proporcionou um ambiente de constantes mudanças, forçando as empresas a um grau maior de flexibilidade para garantir a sobrevivência nesse cenário de alta competitividade.
Esses são alguns conceitos básicos de gestão estratégica de custos que envolvem o ambiente empresarial. Dentre os processos de gerenciamentos de custos existem variadas ferramentas que podem ajudar os gestores a controlar melhor os gastos da empresa, basta saber quais ferramentas usar e como melhor aplica-las para que ela garanta a sua principal finalidade que é controlar e identificar os custos da organização.
- 1.1 TQC – TOTAL QUALITY CONTROL
O TOTAL QUALITY CONTROL (TQC) é uma ferramenta utilizada para garantir a qualidade dos produtos e serviços de uma empresa, sendo a palavra CONTROL designada para o monitoramento e auxilio na gestão no controle de qualidade.
Armand Vallin Feigenbaum, em 51 lança o livro “Total Quality Control”, considera que um sistema de qualidade total exige implementação completa dos procedimentos de toda empresa, vai além da atuação do setor de Gestão da Qualidade. É um trabalho de todos os processos na organização, e que não é possível fabricar produtos de alta qualidade se a área de produção trabalha isolada (Camargo 2011, apud JOAQUIM, 2009, p.17).
Assim o controle de qualidade total necessita de um gerenciamento completo e participativo de todos os integrantes da empresa.
Camargo (2011 p. 19) afirma que,
A qualidade jamais deve ser vista e entendida apena sob o aspecto de “controle”, mas no contexto amplo de gestão, a determinante influência da cultura e hábitos de consumo direcionara a processos produtivos eficientes e a uma organização competitiva.
A organização deve ter seu modo de atuar e assim determinar como o processo de controle de qualidade será implementado conforme seus hábitos e para isso necessita conhecer seu próprio ambiente produtivo, visando melhora-los continuamente a fim de satisfazer todos seus clientes, fornecedores e o público geral.
Segundo Camargo (2011) os atributos de qualidade não devem ser apenas voltados para os clientes, mas também à qualidade interna das organizações, às relações interpessoais e a todos que participam da cadeia produtiva.
Em relação à qualidade focada em apenas um produto ou serviço, Camargo (2011, p. 20) diz que,
• Atender os desejos e necessidades dos clientes
Que envolve:
• Produto / serviço disponibilizado ao mercado;
• Os serviços agregados a estes, como por exemplo: acessórios, assistência técnica, entregas, garantias, etc.
• Informações claras e adequadas ao produto/serviço, como por exemplo: sua aplicação, resistência, grau de tolerância, etc.
Esses aspectos representam oferecer para os clientes todas as informações necessárias para que os produtos e serviços tenham a qualidade desejada e até mesmo os surpreendam em relação a aquele produto.
- 1.2 JIT – “JUST-IN-TIME”
O JUST-IN-TIME é uma importante ferramenta para o auxílio na gestão de custo de uma empresa. Nagy e Vanderbeck (2001 p. 91) citam que,
Em um sistema de estoque just-in-time (JIT), materiais são entregues à fábrica imediatamente antes de serem usados na produção. Um sistema JIT reduz significativamente os custos de manter estoque ao exigir que as matérias-primas sejam entregues na hora de serem colocadas em produção. Além disso, o estoque de produtos em processo é minimizado ao eliminar produtos reservados entre os centros de trabalho.
Isto significa que um processo de fabricação passa de um setor para o outro somente quando for concluído no primeiro setor, mas para que isto aconteça o JIT precisa estar de acordo com as necessidades de produção e funcionar perfeitamente além de ter uma boa coordenação entre os envolvidos.
Conforme Nagy e vanderbeck (2001) o JIT surgiu inicialmente nas indústrias japonesas e recentemente vem sendo muito utilizada nas grandes empresas americanas como a Harley-Davidson, Hewlett-Packard, IBM, E Motorola.
Sobre esta nova filosofia do sistema do just in time, Alves (2015, p. 05) cita que,
Este novo enfoque na administração da manufatura surgiu de uma visão estratégica, buscando vantagem competitiva através da otimização do processo produtivo.
Os conceitos da filosofia JIT foram extraídos da experiência mundial em manufatura e combinados dentro de uma visão holística do empreendimento. Os principais conceitos são independentes da tecnologia, embora possam ser aplicados diferentemente com os avanços técnicos.
Esse método visa controlar de forma mais simples e eficiente a manufatura além de otimizar os recursos de capital, equipamento e mão de obra. Deste modo, originam-se
...