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Por: Carolina234 • 4/5/2018 • 1.880 Palavras (8 Páginas) • 344 Visualizações
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O autor menciona que o próprio FHC, ex-presidente, havia se amparado na compra de votos de deputados do Estado do Amazonas para conseguir o direito à reeleição. Ademais, Lula, Dirceu e Gushiken, para ele, agiram mais em benfeitoria da causa do projeto político de governo do que em conveniência pessoal. No entanto, salienta que a corrupção petista foi a mais sistemática da história brasileira.
Os escândalos de corrupção fizeram com que o presidente Lula perdesse o apoio da classe média a qual apoiara na campanha que o levou ao seu primeiro mandato. Anderson relata em sua obra, que quando as denunciam referentes ao mensalão atingiram o seu ápice, os índices de popularidade de Lula caíram acentuadamente. No entanto, as melhorias obtidas no crescimento econômico e na qualidade de vida, principalmente das classes menos favorecidas, compensaram as manobras ilícitas do governo.
Essa estratégia foi favorável para que ele se reelegesse nas eleições de 2006, sem dar chances ao PSDB que, aliás, não conseguiu um candidato competitivo para concorrer ao pleito daquele ano, sendo mais uma vez derrotado. Dessa vez, Lula foi reeleito com 61% dos votos, e sua composição social era totalmente distinta daquela que o colocou no poder no ano de 2002, porque a classe média que o apoiou agora decidiu abandoná-lo em razão do mensalão. Em contrapartida, em 2006, pobres, idosos e nordestinos, votaram em maior número.
Em destaque, o presente artigo salienta que o Brasil alcançou reconhecimento no cenário mundial, chegando a uma potência global emergente ao lado de países como a China e a Rússia. Grande parte desse feito deve-se à diplomacia do país e a característica popular governo.
A popularidade do governo petista incomodou a oposição e grande parte da mídia de comunicação brasileira. Perry Anderson discorre sobre a insatisfação dos conservadores, com a forma que Lula conduzia a máquina pública, tentando de todas as formas de encontrar argumentos que denegrissem a sua imagem, assim como a sua gestão. O texto traz comparações com governos passados como, por exemplo, Getúlio Vargas.
Por ser de origem humilde, operário metalúrgico, Luiz Inácio teve uma atenção voltada para trabalhar com o intuito de reduzir as desigualdades sociais e ter uma boa relação com essa camada da sociedade. Mas era visto como um governante assistencialista. Anderson faz uma análise comparativa entre Vargas e outros líderes e chega a uma conclusão definindo que o exercício do poder de Lula, é muito diferente do que coloca os seus opositores. Para o autor Seu governo foi embasado em um movimento sindical moderno e democrático conduzido de forma tão eficiente que jamais poderia ser imaginado por outros líderes da América Latina ou de seus antecessores.
A forma ortodoxa de conduzir a economia no seu primeiro mandato foi necessária para reestabelecer o país, mas a partir da sua segunda gestão, o governo flexibilizou a concessão ao capital, estimulando ao consumo popular por meio da estabilidade de preços e a expansão do mercado interno. O fortalecimento da economia do governo Lula se deu em parte ao crescimento econômico que países parceiros estavam vivendo, sobre tudo a China, com quem o Brasil tinha uma boa relação comercial.
Ao longo do artigo Perry Anderson fala sobre os programas de redução da pobreza, como o Bolsa Família. Segundo ele, o benefício é gerido de forma impessoal, cujo dinheiro era distribuído diretamente aos beneficiados, sem repasse para as outras esferas, assim elimina-se a malversação do dinheiro.
Também Houve outras medidas implementadas pelo governo foram: a redução da taxa de juros, abertura de crédito para financiamentos, principalmente de imóveis e o subsídio de impostos sobre produtos industrializados. Contudo, essas medidas estimularam ainda mais o consumo e o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros.
A forma de administrar de Lula contradiz o que a imprensa brasileira publicava sobre o seu governo. A mídia especulava de forma pejorativa a gestão liderada por um ex-operário e sindicalista e o velho temor da ameaça comunista. Anderson cita de forma contundente a tendenciosidade das Organizações Globo afirmando que ela era responsável pelo apoio e seleção dos candidatos e da determinação dos resultados eleitorais no período pós-ditadura.
Já a Revista Veja sempre teve uma visão negativa e perceptivelmente insatisfeita com o presidente Lula. Enquanto isso a imprensa internacional tecia elogios sobre o progresso brasileiro. A Veja era implacável chegando às vezes distorcer os fatos com o intuito promover a saída do presidente do poder. A imprensa internacional tinha uma visão coerente, e muitas vezes, tecia elogios ao governo Lula, reconhecendo que o Brasil estava progredindo no âmbito socioeconômico.
O autor dar ares de simpatia com a visão que e mostra o Brasil passou por um processo de desmobilização política e cultural quando comparado há 30 ou 50 anos atrás e que há ainda grande continuidade na política econômica. Do lado social, Anderson identifica uma ruptura para melhor, apesar da política de combate à pobreza no Brasil ser, preponderantemente, resultado de politicas de transferências de renda ao invés de alguma mudança substancial na estrutura da social; um paralelo que o autor faz com a África do Sul pós-apartheid.
O artigo recente que Perry Anderson publicou na London Review of Books o coloca em plena harmonia com o que finalizou sendo o governo Lula ao longo de toda a década. O reconhecimento de que ele é o único dirigente político bem-sucedido da sua geração, de que sua gestão ganhou uma configuração visivelmente popular, que a política internacional brasileira se projetou de forma adequada e significativa em escala mundial, mesmo com as ressalvas dos limites para a superação efetiva do modelo.
COMENTÁRIO CRÍTICO
O Brasil de Lula mostrou toda a trajetória da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde tentativas frustradas de galgar o poder, visto sob forte desconfiança por grande parte da população fomentada pela mídia de comunicação de massa brasileira, seu legado e grande aprovação popular depois de eleito, perpassando pelos escândalos que mancharam a imagem do seu governo e do Partido dos Trabalhadores. Mesmo assim, Lula foi considerado o melhor presidente que o Brasil já teve.
Esta obra tem grande relevância
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