As Fontes de Financiamento
Por: eduardamaia17 • 8/3/2018 • 1.183 Palavras (5 Páginas) • 313 Visualizações
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No caso dos capitais alheios (empréstimos) a empresa assume a obrigação do seu reembolso num prazo pré-determinado (curto prazo ou longo prazo) e obriga-se a pagar o custo da utilização (Juros) destes capitais, ao passo que os capitais próprios são em princípio reembolsados apenas no caso de falência e na medida em que o patrimônio disponível na altura o permita.
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Financiamento Curto Prazo
Financiamento de curto prazo são operações onde as empresas levantam recursos a prazos de até um ano, como:
- Empréstimos de curto prazo (empréstimos com o prazo inferior a 1 ano);
- Desconto de duplicatas (adiantamento feito pela instituição bancária ao portador de um título de crédito antes da data do seu vencimento);
- Empréstimos Bancários em Conta Corrente (banco coloca à disposição da empresa um limite de crédito contratado e empresa tem o direito de utilizar até ao limite estabelecido);
- Descoberto bancário (financiamento bancário de curto prazo sem caução para suprir dificuldades de tesouraria momentâneas);
- Factoring (é um produto financeiro que assegura o financiamento corrente através da tomada por um intermediário financeiro dos créditos de curto prazo que os fornecedores de bens e serviços constituem sobre os seus clientes);
- Garantias bancárias (são operações pelas quais o banco garante perante terceiros o cumprimento de obrigações assumidas pela empresa);
- Crédito documentário (sob ordem da empresa, uma instituição bancária responsabiliza-se por colocar um determinado montante à disposição do vendedor).
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Financiamento Longo Prazo
Financiamento de curto prazo são operações onde as empresas levantam recursos a prazos de acima de um ano, como:
- Prestações suplementares de capital (representam financiamentos dos sócios nas sociedades por quotas);
- Autofinanciamento (as empresas podem utilizar os fundos financeiros libertos pela atividade);
- Empréstimos de médio e longo prazo (têm como objetivo financiar o investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis);
- Leasing (consiste numa modalidade de financiamento através da qual o locador de acordo com as instruções do seu cliente, cede a disponibilização temporária de um bem, móvel ou imóvel, mediante o pagamento de uma quantia periódica e por um prazo determinado);
- Debêntures (são títulos de dívida, cuja venda permite à empresa a obtenção de financiamento geral para as suas atividades);
- Ações (são títulos negociáveis emitido por Sociedade Anônima e que representa a menor parcela do seu capital social).
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Comparação do financiamento de curto prazo (CP) em relação ao de longo prazo (LP)
Em relação as vantagens e desvantagens do financiamento de curto prazo e longo prazo podemos citar:
- Velocidade: o crédito de CP é obtido com maior facilidade e rapidez;
- Flexibilidade: pagamentos antecipados, liberação de novos valores, sem clausula restringindo ações futuras das empresas são algumas vantagens do financiamento de CP;
- Custo do LP versus CP: as dívidas de curto prazo possuem taxas de juros inferiores às de longo prazo (isto no caso americano. O que se verifica sobre isto no Brasil?);
- Risco da dívida do CP versus LP:
- As taxas de juros são variáveis no CP, diferente das dívidas de LP, onde as taxas são estáveis ao longo do tempo;
- As dívidas de LP não se submetem às pressões momentâneas de demanda (as variações das taxas de juros dia a dia), já que estão normalmente estabelecidas;
- O financiador do CP pode exigir o pagamento imediato do saldo devedor.
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Conclusão
Existem várias fontes de financiamento disponíveis para uma empresa, e na escolha de uma delas, o gestor precisa analisar algumas questões como: a perda ou ganho de autonomia financeira, a facilidade ou possibilidade de acesso às fontes de financiamento, exigibilidade/prazo para a sua restituição, garantias exigidas e o custo financeiro (juros) desse financiamento.
A empresa deve lembrar-se também em analisar bem o seu ativo, seja de curto ou de logo prazo antes de assumir qualquer fonte de financiamento, pois se o seu ativo não estiver bem, assumir um financiamento com custo bem elevado só pode piorar a situação da empresa, uma vez que ela não terá ativo suficiente para cobrir as dívidas da empresa, o que pode gerar uma bola de neve (juros só aumentam) e levar a empresa à falência.
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Referências
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