Administração II
Por: Evandro.2016 • 20/12/2017 • 2.921 Palavras (12 Páginas) • 281 Visualizações
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Investimentos em infraestrutura e outros incentivos de governos antes (principalmente nos governos Vargas e JK) e depois do golpe militar incentivou crescimento econômico e industrialização entre as décadas de 1950 e 1970, porém com dívida externa, concentração de renda, inflação, concentração no crescimento no eixo Rio-SP e outros problemas causados pelas estratégias usadas.
A crise do petróleo e problemas da época do milagre econômico desencadeou uma crise econômica e depois política e monetária. Várias reformas foram tentadas sem sucesso após a redemocratização. A década de 1980 ficou conhecida como a “década perdida”. A partir do governo Collor avançou o discurso de abertura da economia, e muitas empresas brasileiras faliram ou declinaram por não concorrer bem com produtos estrangeiros.
A crise monetária e inflacionária só melhorou após o Plano Real, e a estabilização e crescimento razoável da economia prosseguiu desde a década de 1990 até anos recentes. Houve diminuição de concentração de renda nesta época e mais pessoas que eram de classes muito pobres começaram a empreender. O fato de o Brasil ser criado e crescido baseado em imperialismo e racismo e em uma sociedade patriarcal fez com que grupos raciais oprimidos e as mulheres sofressem historicamente com desrespeito e falta de acesso a oportunidades. Muitas conquistas foram feitas por esses grupos e atualmente estas pessoas contam com espaço para empreender e crescer (segundo o SEBRAE, 50% dos novos empreendedores são afrodescendentes e 52% são mulheres, respectivamente), confrontando o ainda existente preconceito no Brasil. A partir da década de 1990 o empreendedorismo passa a ser forte no Brasil.
3.CARACTERISTICAS DO EMPREENDEDOR BRASILEIRO
No que se diz respeito as características dos empreendimentos, pode ser analisado em cinco aspectos: (i) atividade econômica dos empreendedores; (ii) geração de empregos; (iii) inovação; (iv) registro formal; e (v) faturamento. Estas características são analisadas segundo o estagio dos empreendimentos - inicial ou estabelecido, as regiões e a motivação do empreendedor.
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A tabela apresenta as principais atividades dos empreendedores, segundo segmentos de atividades no Brasil e em alguns países selecionados. Os empreendedores brasileiros atuam principalmente em atividades da indústria de transformação ou em serviços orientados ao consumidor (p. ex., comercio varejista, serviços de alimentação e cabelereiros).
A maioria dos empreendedores brasileiros, inicias ou estabelecidos, ainda não criou e nem espera criar um emprego nos próximos cinco anos. Entre os empreendedores iniciais, 66% não possuem empregados e a expectativa de 76% é a de criar nenhum emprego nos próximos cinco anos. No caso dos empreendedores estabelecidos 66% não possuem nenhum empregado e 56% não pretendem criar empregos nos próximos cinco anos.
È possível constatar que a quase totalidade dos empreendimentos iniciais brasileiros apresenta baixíssimo potencial inovador. Em 98,8% dos casos o produto não é novo para ninguém, em 99,5% a tecnologia existe há mais de cinco anos.
4. POSTURA DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO À ATIVIDADE EMPREENDEDORA E CONDIÇÕES PARA EMPREENDER NO BRASIL
O brasileiro sobre o empreendedor
Pesquisas a respeito da cultura empreendedora ao redor do mundo e no Brasil demonstrou a variação de opiniões sobre o assunto causada pelas variáveis culturais, sociais e a divergência empreendedor e não-empreendedor (Djankov, et al, 2006; Mueller & Thomas, 2001). Em um estudo comparativo entre o Brasil e outros países, é mostrado maior felicidade entre os empreendedores do que entre os não-empreendedores.
No Brasil, a iniciativa empreendedora é vista de forma otimista onde quase 90% da população aprova a ação afirmando que é geradora de empregos. Em contrapartida a este pensamento, mais da metade afirma que empresários exploram o trabalhador e que só pensam no lucro (Endeavor, 2013).
Em relação ao próprio empreendedor, a população brasileira afirma que ser empreendedor é assumir riscos e “botar a mão na massa” além de ser algo produtivo não só para si como para as pessoas ao seu redor (Endeavor, 2013).
Graças a toda essa positividade em relação ao empreendedorismo, cerca de três quartos da população brasileira têm intenção de abrir um negócio, ficando apenas atrás da Turquia (Eurobarometer, 2012). Porém em relação a possibilidade de abrir um negócio nos próximos cinco anos, essas taxas já caem de forma significativa, onde apenas metade respondeu que seria provável ou muito provável abrir um negócio. Esse desânimo é causado pelas incertezas financeiras, como falência ou variabilidade na renda, além da própria burocracia.
Cotidiano do empreendedor brasileiro
No cotidiano brasileiro, a maioria dos empreendedores, formais ou informais, tem déficit de escolaridade e isso acarreta sérios problemas na gestão das empresas como gestão de pessoas, fluxo de caixa e informação sobre gerenciamento, além do problema recorrente da má administração de recursos para investimento, quando não há a ausência deste.
Apesar das dificuldades supracitadas, os empresários brasileiros são bem otimistas em relação ao futuro de suas empresas, com a maior tendo expectativas de ampliar seus negócios nos próximos cinco anos (Endeavor, 2013). Apesar do otimismo, os empresários brasileiros analisam bem os principais riscos, que sempre vêm relacionados à incerteza do futuro e do rendimento de sua empresa e a maior barreira para não investir na ampliação é exatamente a falta de recursos financeiros.
5. RECOMENDAÇÕES DE MELHORIAS NO AMBIENTE PARA EMPREENDER NO BRASIL
Recomendações de melhorias no ambiente para empreender no Brasil.
Ao longo dos doze anos da pesquisa GEM no Brasil, várias sugestões, proposições e sinalizações para desenvolver e aprimorar o ambiente do empreendedorismo no país foram apresentadas por mais de 300 especialistas nacionais entrevistados. No trabalho foram descritos os fatores favoráveis ao empreendedorismo no Brasil citados pelos especialistas entrevistados em 2011. Neste item são apresentadas a recomendações feitas pelos mesmos, as quais se concentram em cinco quesitos.
GEM: Monitor global de empreendedorismo.
Programa
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