A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NA ÁREA DE SAÚDE EM BUSCA DE UM ATENDIMENTO HUMANIZADO

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Outro aspecto presente na prestação de serviço à saúde que tem sido tema de discursão e críticas é o despreparo dos profissionais em lidar com as questões subjetivas dos pacientes. Com o advento da tecnologia e avanços científicos o campo da medicina foi se modernizando e aderindo uma série de novas ferramentas de trabalho. A tecnologia vem contribuindo no diagnostico e tratamento das enfermidades, porém, vem provocando o distanciamento entre profissionais e pacientes. “A partir da tecnologia, os médicos começaram a dar menos importância aos relatos do paciente e se preocupar mais com os detalhes dos sintomas obtidos através do corpo”. Goldenstein (2007, p.28). Portanto, a doença passou a ter maior visibilidade para o médico do que o próprio doente, que se encontra na maioria das vezes com fragilidade física, emocional e psicológica.

Diante de tal situação o Ministério da Saúde elaborou no ano de 2000 o Programa Nacional de Humanização Hospitalar (PNHAH) com a proposta desafiadora de ofertar atendimento de qualidade, mediando os avanços tecnológicos e científicos ao acolhimento e melhores condições de trabalho para os profissionais. Na área de saúde ocorreram várias iniciativas com termo de humanização. [...] eram ações que tornavam o ambiente hospitalar mais afável: atividades lúdicas, lazer, entretenimento ou arte, melhorias na aparência física dos serviços. (RIOS, 2009, p. 9). Não eram mudanças consideráveis na organização do trabalho ou no modelo de gestão, mas naquele momento servia para diminuir o sofrimento causados pelo ambiente hospitalar aos profissionais e pacientes. Em 2003, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (PNH) também conhecida como Humaniza SUS, a PNH, apresenta três objetivos centrais: enfrentar as dificuldades apontadas pela sociedade em relação a qualidade e a dignidade no cuidado em saúde; projetar e articular iniciativas de humanização do SUS para enfrentar os obstáculos no campo da organização e gestão do trabalho em saúde que reproduzem condições desfavoráveis tanto na produção de saúde como na vida dos trabalhadores. (PASCHE; PASSOS; HENNINGTON, 2010). O processo de humanização nas instituições de saúde surge da necessidade de repensar as práticas de trabalho, pois, os atualizados equipamentos adquiridos pelos hospitais e as modernas estruturas são insuficientes para atender as demandas dos usuários e trabalhadores.

O atendimento no âmbito da saúde requer a compreensão dos aspectos sociais, econômicos e culturais que interferem na condição saúde/doença e compete ao Assistente Social à busca de ações efetivas para reforçar o direito à saúde e contribuir com o processo de humanização que se torna indispensável no atendimento\tratamento dos pacientes. Esse trabalho será norteado pelo método qualitativo com enfoque na pesquisa bibliográfica com o objetivo de contribuir na intensificação do processo de humanização a partir de uma política nacional para qualificar as relações entre usuários, trabalhadores e gestores na saúde.

2 PROBLEMA DA QUESTÃO E A QUESTÃO PROBLEMATIZADORA

A falta de acolhimento nos serviços de saúde é um problema apontado por praticamente todos os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Nota-se que mesmo existindo uma política pública direcionada ao assunto humanização, ainda há muito que mudar nas instituições públicas para cumprir com a proposta da Política Nacional de Humanização e melhorar o índice de satisfação entre paciente e profissional. É necessário à participação ativa do Assistente Social na equipe interdisciplinar que irá buscar subsídios no seu Código de Ética, sendo muito relevante a participação desse profissional. A falta do Assistente Social nas Unidades de Saúde Pública é um grande problema no que tange o encaminhamento dos usuários a efetivação dos seus direitos de forma justa e humanizada.

De acordo, com o problema citado é necessário responder a seguinte questão problema: Por que alguns gestores e profissionais da saúde não reconhecem a importância das intervenções do Assistente Social na equipe interdisciplinar nas Unidades de Saúde Pública?

3 OBJETIVOS

3 1 GERAL

Investigar e avaliar a Política Pública de Humanização no âmbito da saúde que assegura um atendimento acolhedor e eficiente aos usuários e a contribuição do Assistente Social para ampliar a prática da humanização nos cuidados a saúde.

3 2 ESPECIFICOS

- Identificar as questões que dificultam o exercício profissional do Assistente Social na área da saúde em prol de um atendimento mais humanizado.

- Sensibilizar a equipe interdisciplinar de saúde sobre a importância de um atendimento acolhedor no processo saúde/doença.

4 JUSTIFICATIVA

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um direito do cidadão brasileiro, com isso é de grande relevância que a sociedade e o poder público estejam em constante busca de melhorias para o sistema. Os pacientes precisam se sentir acolhidos em sua totalidade. Esse estudo contribuirá para a reflexão das questões subjetivas que os envolvem.

Diante da necessidade de um atendimento humanizado, percebe-se a importância da inserção do profissional de Serviço Social na equipe interdisciplinar da saúde pública, para além de efetivar os direitos dos usuários contribuir com um atendimento humanizado, onde as questões psicossociais do indivíduo devem ser levadas em consideração durante o atendimento e tratamento nas unidades de saúde. Em muitos casos, a população se sente mais adoecida depois de procurar um atendimento médico, pois, além de enfrentar filas e burocracia, se deparam com muitos profissionais que se preocupam exclusivamente com a enfermidade e não se atentam ao indivíduo.

Neste contexto, o Assistente Social contribui na sensibilização de gestores e profissionais no sentindo de que o tratamento deve ultrapassar os procedimentos técnicos e valorizar a comunicação interpessoal como o acolhimento e a escuta entre o profissional e o paciente.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5 1 POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO NO SUS.

A Constituição Federal Brasileira de 1988 inseriu, como um dever do Estado, o conceito de política social baseado nos princípios de universalidade, equidade e integralidade de ações que define