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A Gestão Industrial

Por:   •  3/10/2018  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  243 Visualizações

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Desta forma, o serviço de contabilidade para a mensuração dos custos industriais é bem mais dispendioso e deve ser executado com precisão e eficiência, afinal, da mensuração correta dos custos é que a empresa conseguirá aferir os lucros desejados.

Apesar das dificuldades de mensurar estes custos industriais, o trabalho é perfeitamente possível de ser executado, desde que a equipe de contabilidade possua os conhecimentos técnicos e conceituais necessários para tanto, além de certa experiência em contabilidade de custos industriais.

Todo esse trabalho não se percebe em relação aos custos de uma empresa do comércio varejista, pois na aquisição do produto os custos industriais já foram incorporados pelo fabricante, restando à contabilidade apurar os demais custos da atividade comercial e incorporá-los ao valor pago pelo produto adquirido do fabricante.

Quanto aos métodos de custeio, a diferença entre custeio variável e custeio por absorção é citada por Megliorini (2012, p.2) da seguinte forma:

O custeio por absorção é o método das seções homogêneas e o custeio variável são considerados métodos tradicionais, visto que neles os produtos sejam geradores de custos e mais adequados a ambientes nos quais há a predominância dos custos com materiais diretos e mão de obra direta.

Para melhor compreensão dessas diferenças, apresenta-se a seguir as explicações de alguns autores a respeito desses dois métodos de custeio.

O primeiro é Santos (2009, p.29) que sobre custeio por absorção diz:

O método de custeio por absorção é considerado básico para a avaliação de estoques pela contabilidade societária para fins de levantamento do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. No custeio por absorção, todos os custos de produção comporão o custo do bem ou serviço. As despesas não fazem parte do custo do bem ou serviço (cPv – custo do produto vendido ou csP – custo do serviço prestado), ou seja, são lançadas diretamente no resultado, enquanto que os custos, tanto diretos quanto indiretos, são apropriados a todos os bens e serviços.

Com base nesta explicação, para que a empresa obtenha os custos do serviços ou bens que serão comercializados, pelo método de custeio por absorção, pode realizar: alocação dos custos diretos e dividir a empresa em departamentos de serviços e em departamentos produtivos, sendo os custos indiretos rateados aos departamentos. (MARTINS, 2010).

De acordo com Martins (2010, p.40):

Após, os departamentos de serviços transferem seus custos para outros departamentos de serviços e para os custos de produção. Por fim, os departamentos de produção transferem seus custos aos bens ou serviços. Todas essas transferências, dos custos, dos departamentos de serviços para outros departamentos de serviços e para os produtivos, dos produtivos aos bens/serviços são feitas a partir de rateios. Quanto aos custos diretos, são alocados aos bens/serviços por intermédio da sua efetiva utilização, ou seja, de forma fácil e confiável.

Sobre a definição dos custos pelo método de custeio variável, Megliorini (2012, p.4) diz:

Enquanto no custeio por absorção (estruturado para atender às disposições legais) os custos fixos são rateados aos produtos, no custeio variável (estruturado para atender à administração da empresa) apenas os custos variáveis (que são os que variam de acordo com o volume de produção ou de acordo com alguma outra base estabelecida) irão compor o custo do objeto de custeio (bens ou serviços), sejam diretos ou indiretos.

Desta forma, basicamente, a diferença entre custeio variável e custeio por absorção está na sua aplicabilidade gerencial, ou seja, o custeio por absorção atende às disposições legais, e o custeio variável atende à administração da empresa.

Assim, na precificação de um produto é necessário mensurar todos os custos para se definir um preço de venda que promova a geração de lucro. Afinal, o objetivo da empresa é exatamente a obtenção de lucro a partir de oferta de produtos e serviços. É isso que valida a atividade empresarial, ou comercial, ou de produção industrial.

Para Nogueira (2009, p.182):

A determinação do preço de venda é um fator-chave para o sucesso da empresa, um preço bem planejado irá influenciar positivamente nos resultados da empresa, inclusive, auxiliando na continuidade da entidade. No entanto, um preço mal planejado pode ser o calcanhar de Aquiles da empresa e leva-la à falência, aumentando as estatísticas de empresas fechadas por má gestão.

Deve-se focar, portanto, o lucro na determinação do preço de venda, de modo que esse preço cubra todos os custos e produza resultados líquidos aos proprietários do negócio.

Já em relação às unidades equivalentes de produção, Martins (2003, p.156) apresenta o seguinte conceito:

Equivalente de Produção é um artifício para se poder calcular o custo médio por unidade quando existem Produtos em Elaboração nos finais de cada período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras.

Sobre o equivalente de produção, cita-se como exemplo o tabela abaixo que mostra o cálculo da produção equivalente. O exemplo foi elaborado com base nas teorias de Tarifa & Silva (2009).

Grau de acabamento

Quantidade

Produção equivalente/Unid.

Unidades acabadas

100%

60.000

60.000

Unidades em elaboração

50%

40.000

20.000

Total

80.000

No que se refere ao custeio ABC, para compreensão dos empresários relacionados no texto-referência desta atividade, tem-se as explicações de Martins (2010, p.112) que diz:

O ABC é uma ferramenta

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