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Resenha preliminares

Por:   •  13/3/2018  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  232 Visualizações

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A renda fundiária elevada é diretamente identificada com salários baixos. A medida que o preço da terra está condicionado por essa circunstância aumentativa, a elevação do valor da terra é identificada com desvalorização do trabalho, alta do preço da terra com baixa do preço do trabalho. Isso, obviamente, devido ao fato de que o valor que agora passará a integrar a mais a renda fundiária deverá ter saído de algum local, este local é o salário do trabalhador, o qual passará a produzir mais por menos, para que o proprietário de terra veja sua renda aumentada.

Trata ainda, o autor, de diferenciar renda fundiária de mais-trabalho e mais-produto. A condição do mais-trabalho é de que a natureza concede os meios de subsistência necessários mediante o emprego de um tempo de trabalho que não consuma toda a jornada. Essa produtividade natural do trabalho agrícola (coleta, caça etc.) é a base de todo o mais-trabalho. Como ele, o mais-produto é voltado mais à uma ideia industrial (tecer, fiar etc.) para viabilizar o mais-trabalho, é um trabalho agrícola acessório.

Ademais afirma que o preço de produtos que não têm em si nenhum valor, ou seja, não são produtos de trabalho, como a terra, pode ser determinado por combinações casuais, é preciso apenas que seja monopolizável e alienável.

Enumera três erros que devem ser evitados ao abordar renda fundiária.

- Confusão entre diferentes formas de renda, correspondentes a fases diversas de desenvolvimento do processo de produção social. Isto é, não importa como se dá a propriedade fundiária, ou a cobrança (se através de arrendamento ou tributo), o fato das diferentes formas de renda ser a realização econômica da propriedade fundiária, a ficção jurídica por força da qual diversos indivíduos detém de modo exclusivo determinadas partes do globo terrestre, fez com que se esqueçam as diferenças.

- Toda a renda fundiária é mais-valia, produto de mais-trabalho. Ela é diretamente mais-produto mesmo em sua forma menos desenvolvida, a renda em espécie. O mais -trabalho e o mais-produto, em sua forma agrícola, distinguem-se do necessário quantativamente, assim, eles acabam por se relacionar com a mais-valia (qualquer que seja a forma mais específica que se venha adotar) por isso não explica a renda fundiária.

- No caso da valorização econômica da propriedade fundiária o montante dessa renda não é, de modo algum, determinado pela intervenção de seu receptor, mas pelo desenvolvimento do trabalho social que não depende dele e do qual ele não participa. O proprietário tem, em verdade, um papel como agente na circulação de mercadorias. Nenhum produtor considerado isoladamente produz valor ou mercadoria, seu produto só se torna valor ou mercadoria em determinado contexto social. A medida em que aparece como representação de trabalho social, portanto seu próprio tempo de trabalho como parte do tempo de trabalho social em geral, ainda, o caráter social do seu trabalho aparece como caráter social impresso em seu produto por meio do caráter monetário e permutabilidade geral determinada pelo preço. Com as condições em que os produtos agrícolas se desenvolvem como valores (mercadorias) e com as condições da realização de seus valores, também se desenvolve o poder do proprietário da terra no sentido de se apropriar de uma parte crescente desses valores produzidos sem sua colaboração e uma parte crescente da mais-valia se transforma em renda fundiária.

- Colocações Particulares Sobre a Obra

O autor analisa a estrutura fundamental da economia capitalista no campo, formada principalmente por três sujeitos na estrutura, quais sejam, o trabalhador assalariado, o arrendatário produtor e o proprietário fundiário.

Ademais esclarece o conceito de renda fundiária, lança a questão bastante acertada de que aquilo que de fato se passa quando se compra ou vende-se uma propriedade é a renda fundiária e não a propriedade propriamente dita.

Por fim esclarece que alguns erros podem vir a turvar a análise da renda fundiária e aponta como podem ser evitados.

Configura-se como texto de grande valia à formação intelectual do aluno, visto que na continuação dos textos fichados anteriormente demonstra a estrutura do capitalismo primitivo agrário, como ganhou força e de que forma, dentro de um contexto histórico a terra passou a ser considerada propriedade.

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