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A Consolidação do Sistema Urbana

Por:   •  23/5/2018  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  361 Visualizações

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Iahweh baalizado: as características de Baal como deus que controla as chuvas, fecunda a terra, agora são incorporadas por Iahweh (Dt 11,10-17).

Iahweh, único rei; os escribas reelaboram o Javismo nos esquemas do Oriente Proximo Antigo onde o rei exigia fidelidade e obediência por parte dos súditos (Dt 17,2-7). A exigência de fidelidade a Iahweh chega ao ponto de fazer dos pais delatores dos próprios filhos(21.18-21).

Iahweh ciumento e vingativo (Dt 6,14-19; 28,15-46); os reformistas os reformistas apresentam um rosto de Deus que contrasta com a imagem de Deus Pai-mãe. É um Deus violento, sem misericórdia, que manda matar até irmão, filho, filha mulher, amigo, se estes tentarem seduzir alguém a seguir outros deuses(Dt 13; 19).

Esse rosto de Deus se opõe a experiência do Deus da vida que encontramos nos grupos proféticos de Oseias, segundo Isaias e outros.

Experiência do exílio e pós-exílio

Com o exílio o povo de Israel fez uma das experiências mais duras de sua história. Destruição de todos os símbolos que lhe sustentavam a identidade: terra, templo, culto, etc. Nesse contexto, para explicar a destruição e mostrar as possibilidades da saída, os redatores reescreveram a história. Essa redação é marcada pela teologia oficial, desenvolvida por Ezequiel e seu grupo. Os elementos fundamentais dessa teologia são; templo (Dt 31,11), terra (Dt 4,38,30,16), raça eleita ( Dt 4,37; 29, 13), lei do puro e impuro ( Dt 7, 1-16), teologia da retribuição (Dt 7,9-11) Todos esses elementos são retomados e reforçados na última edição da história, no pós-exílio, pelo grupo de escribas de Esdras para dar respaldo à teocracia dirigida por sacerdotes e levitas. A observância da lei (Dt 31; 32,45-47) ganha relevo no período de Neemias e Esdras e aqueles que o serviam a pérsia: “ todo o que não observar a lei de Deus – que é lei do rei – será castigado rigorosamente, com a morte ou desterro, com multa ou prisão” (Esd 7,26).

Conclusão

Iniciamos este estudo com a pergunta: “uma lei a favor da vida?”. Uma vez percorrido o caminho, voltemos a ela novamente. Olhando de perto o livro do Deuteronômio, percebemos um forte contraste, leis minuciosas que defendem a vida humana, a natureza (Dt 22,1-13) e leis que são nitidamente contra a vida, mandando exterminar até povos vizinhos (Dt 20,17). Temos, portanto, no mesmo livro, a tradição popular e a ideologia oficial. Esta ambiguidade exige de nós o discernimento. É o grande critério de discernimento é a vida. Isto significa que, para nos posicionarmos adequadamente frente ao texto, duas coisas se fazem necessárias: a opção concreta pelos pobres e marginalizados e o estudo do texto no seu contexto histórico, verificando as circunstâncias que deram origem aos fatos e a seu porquê. Essa descrição nos vai mostrar o jogo de poder, a influência de pessoas ou grupos na sociedade em questão e vice e versa. Mas é preciso ir mais longe, ou seja, ir ao cotidiano, ao dia a dia das pessoas que está por trás do texto a estabelecer empatia com elas. Ali é possível sentir o que Deus sente, ou seja, fazer uma experiência do Deus vivo, que fala no texto através da vida, e perceber quais são as leis que ajudam o povo a viver e quais as que desviam do caminho da vida.

12,13-31

O texto diz que, o povo deve adorar unicamente a Javé, o Deus, libertador, mantendo-se longe do culto aos deuses das casas que geram idolatria, desigualdade e escravidão. Desde o começo, a religião de Israel proibiu a adoração a qualquer outro deus que não Ishweh. Essa proibição classicamente expressa no primeiro mandamento onde as palavras “diante de mim” tem o sentido de “além de mim”( êxodo 22,20 e 34,14) está em inteira consonância com a natureza da aliança: o vassalo deve ter somente um soberano. Embora os Israelitas tenham repetidas vezes adorado outros deuses, como o antigo testamento deixa ver muito bem claro, as leis da centralização, contidas no núcleo antigo do Deuteronômio (Dt 12-26), vem ao encontro da proposta da teologia davídica, cujo objetivo é dar sustentação teológica ao rei. O instrumento é o culto centralizado.

A exigência contida no texto já é para limitar os sacrifícios espalhados e leva-los a lugares escolhidos, centralizando assim, no lugar “determinado por Javé”.

As primeiras colheitas e os primogênitos que serão ofertado a Javé, não poderão ser comidos nas cidades, só poderão ser comidos no lugar” indicado por Javé”, junto com sua família e o Levita, pois o texto chama sempre a atenção para não abandonar o Levita.

Conforme forem eliminando os povos que vivem naquelas terras (no caso, os Cananeus) e se apossando delas, haverá mudanças na modalidade dos sacrifícios, com a recomendação de que não pode comer o sangue, porque sangue é vida. As exigências continuam, assim também a maneira de oferecer os holocaustos. Há uma referencia á aliança, num tom de quem não tem outra opção se não a obediência, há umas advertências para o povo, para não se deixar seduzir aos deuses de outras nações porque a idolatria deixaria Javé irado e se voltaria contra seu povo.

Delimitação do texto:

EXEGESE - versos, 29 a 30a - Sob Javé, nações serão eliminadas para que o povo se aposse de suas terras, é preciso prestar atenção.

30b - Quando estiverem estabelecidos na terra, não se deixarem seduzir, mesmo

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