Vícios de linguagem
Por: Lidieisa • 10/11/2018 • 854 Palavras (4 Páginas) • 347 Visualizações
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por frases que, expressas sem clareza, apresentam duplo sentido. São orações que geram dúvidas ao leitor ou ouvinte quanto a sua interpretação.
Ex. Vi meu pai andando com seu carro hoje pela manhã.
(O carro era do pai de quem fala ou de quem estava sendo dirigida a frase?)
Ex. “Homem é preso acusado de terrorismo nos EUA”
(O Homem praticou terrorismo em outro país e foi preso nos EUA ou praticou terrorismo nos EUA?)
Cacófato
Ocorre quando, na união de duas ou mais palavras dentro de uma oração resulta um mau som, um som desagradável ou alguma palavra inconveniente.
Ex. A escola é coordenada pela Dona Maria.
A frase correta seria: Dona Maria coordena a escola.
Ex. Eu nunca usei esse tipo de calça.
A frase correta seria: Eu jamais usei esse tipo de calça.
Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, que deixam a frase com som desagradável.
Ex. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Ex. João fechou o portão, na cara de seu irmão e mesmo com razão se partiu seu coração.
Colisão
Consiste na repetição de fonemas iguais ou parecidos no início de várias palavras em uma frase, causando estranheza sonora para o ouvinte.
Ex. O padre pediu paciência ao povo.
Hiato
Consiste na aproximação de vogais iguais em uma sequência de palavras.
Ex. Assava a asa da ave.
Ana a ama muito.
Preciosismo
É o uso de uma linguagem exagerada, para se referir a ideias simples, tornando o texto longo, sem clareza e cansativo para o leitor/ouvinte. É caracterizado por um texto sem objetividade. É conhecido como “falar difícil”, “gastar as palavras”. Também chamado de prolixidade
Ex. Minha progenitora, transtornada com meu insubmisso agir, procrastinou nossa viagem intercontinental.
Ex. Estivesse eu rejubilante e álacre em vez de apreensiva e inconformada com as vicissitudes de meu viver.
Plebeísmo
É o uso de expressões informais, chavões, gírias, expressões típicas da fala popular.
Ex. “Qualé mermão.”
“Fiz a prova ontem e com certeza, entrei pelo cano.”
Queísmo
Quando há o uso exagerado do pronome relativo “que” em uma frase.
Ex. “O jornalista que gravou a matéria com o jogador que foi contratado, que desagradou a torcida, também concorda que o jogador não deveria ser contratado.
Correção: “O jornalista responsável pela matéria com o jogador contratado, rejeitado pela torcida, também não é a favor de sua contratação.
Vulgarismo
É o uso de expressões populares que vão contra a norma culta. O vulgarismo pode ser fonético, morfológico e sintático.
Fonético: Nestes casos a pronúncia não é fiel, nos exemplos abaixo você verá como é o fonema dos vícios de linguagem.
Vamos comê uma feijoada hoje? (comer)
Acabaram de robar a agência dos correios! (roubar)
O meu está tão docinho! ( mel)
Precisamos de um adevogado para cuidar da causa. (advogado)
Morfológico e sintático: Nestes casos o erro está na construção e escrita das palavras. Veja os exemplos:
Os aluno da faculdade saíram mais cedo para tomar cerveja. (os alunos)
Preciso que compre dois quilo de picanha no açougue. (dois quilos)
Eu vi ela entrando
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