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Trabalho sobre coloides

Por:   •  1/4/2018  •  3.660 Palavras (15 Páginas)  •  390 Visualizações

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A clorita difere das demais estudados por apresentar, além do grupo 2:1 de talco; uma camada adicional de brucita, que (Mg(OH)2). Por essa razão é conhecida como 2:2 ou 2:1: 1. Superfície especifica e capacidade de troca semelhante a ilita.

Argilas não silicatadas- Óxidos de Fe e Al

Este tipo de material coloidal, também constituinte da fração argila, predomina, frequentemente, em solos tropicais, misturado com argilas solicitadas, principalmente caulinita.

A gibisita e goethita são segundo esses autores os óxidos hidratados de Fe e Al de maior predominância na fração argila. A hematita, quimicamente um oxido de ferro hidratado, é outro componente da fração argila principalmente em solos tropicais.

Estes óxidos de maneira geral são os principais responsáveis pela adsorção aniônica dos solos

COLÓIDE ORGÂNICO DO SOLO – HUMO OU HUMUS

O humo poderá ser considerado como possuindo uma estrutura coloidal semelhante à da argila. Um ânion altamente carregado (micela) circundado por um enxame de cátions absorvidos. As reações desses cátions são as mesmas, quer sejam adsorvidos por argila, quer por humo.

Algumas diferenças importantes deverão, no entanto, ser apontadas entre as micelas húmicas e as inorgânicas. Em primeiro lugar, o complexo humo-micela é basicamente composto de carbono, hidrogênio e oxigênio, em vez de alumínio, silício e oxigênio, como é o caso das argilas silicatadas. A micela do humo não é considerada cristalina e o tamanho das partículas específicas, embora extremamente variável, poderá ser tão pequeno quanto os das partículas das argilas silicatadas. Finalmente, o humo não é estável como a argila; o humus é de certo modo, mais dinâmico, porque é formado e destruído com rapidez muito maior que a argila.

Sabe-se que o humo não é um composto específico nem tão pouco possui forma estrutural simples. Admite-se que as formas de cargas negativas são parcialmente dissociadas pelos grupos carboxílico, enólico e fenólico, associados com unidades centrais de tamanho e complexidade variáveis.

A carga negativa dos colóides do humo é dependente do pH, como é o caso de algumas argilas silicatadas e de óxidos hidratados. Sob condições extremamente ácidas, o hidrogênio é fortemente retido e não é de fácil substituição por outros cátions. Portanto, o colóide exibe baixa carga negativa, e assim, será pequena a sua capacidade adsortiva. Com a elevação do pH, ioniza-se inicialmente o hidrogênio dos grupos carboxílicos, e a seguir, o hidrogênio dos grupos enólico e fenólico, que são substituídos por cátions, magnésio e outros cátions. Sob condições alcalinas, a capacidade adsortiva do humo excede em muito a da maioria dos colóides de argilas silicatadas.

CLASSIFICAÇÃO MINERALÓGICA DAS ARGILAS SILICATADAS

As argilas silicatadas são classificadas em três diferentes grupos: a) minerais do tipo 1:1 uma lâmina tetraédrica (Si) para uma outra octaédrica (Al); b) minerais do tipo 2:1, constituidas de duas 2 lâminas tetraédricas e uma octaédrica; c) minerais do tipo 2:1:1. Os termos 1:1 e 2:1 significam as alternâncias de camadas tetraédricas ou octaédricas na origem e formação das argilas.

a) MINERAIS TIPO 1:1

As camadas dos minerais do tipo 1:1 são constituídas de uma lâmina tetraédrica (sílica) combinada com uma lâmina octaédrica (alumina); eis a razão para a terminologia do cristal tipo 1:1. A caulinita é, nos solos, o membro mais importante do grupo, que inclui haloisita, nacrita e diquita.

As lâminas tetraédrica e octaédrica duma determinada camada de caulinita são retidas em conjunto por ânions oxigênio, compartilhados pelos cátions silício e alumínio nas suas lâminas respectivas. Estas camadas são, por sua vez, retidas em conjunto mediante vinculação do hidrogênio. Por conseguinte, o reticulado está fixado e via de regra não ocorre expansão entre as camadas quando a argila é molhada. Cátions e água não penetram no permeio das camadas estruturais da partícula. A área eficaz da caulinita fica assim restrita às suas faces exteriores; há também pequena substituição isomórfica nesse mineral, que aliada à área de exposição bastante pequena da caulinita, reduz a sua capacidade adsortiva de cátions.

Os cristais de caulinita têm geralmente a forma pseudo-hexagonal. Em comparação com outras partículas de argila, apresentam tamanho grande, variando de 0,10 a 5μm, com a maioria entre 0,2 e 2μm. A montimorilonita possui tamanho de 0,001 a 1 micra

Em contraste com outros grupos silicatados, são muito reduzidas as características de plasticidade (capacidade de moldagem), coesão, contração e dilatação. Sua pequena superfície e 6

limitada capacidade adsortiva com referência aos cátions e às moléculas de água, indicam que a caulinita não apresenta propriedades coloidais em grau elevado de intensidade.

b) MINERAIS DO TIPO 2:1.

As unidades cristalográficas (camadas) desses minerais são caracterizadas por uma lâmina octaédrica intercalada no permeio de duas lâminas tetraédricas. Três grupos gerais possuem esta estrutura cristalográfica básica. Dois deles, esmectita e vermiculita são minerais do tipo expansível, enquanto o terceiro, micas de granulação fina (ilita), é do tipo não expansível.

Minerais expansíveis: o grupo esmectita, que inclui montmorilonita, beidelita, nontronita e saponita, é notável pela expansão no meio das camadas, o que ocorre mediante distensão dos minerais quando molhados, em que a água penetra no permeio das camadas, forçando-as e apartando-as. Montmorilonita é o membro predominante desse grupo de solos. Os cristais em forma de flocos desse mineral são compostos de camadas do tipo 2:1. Por outro lado, estas camadas são frouxamente retidas entre si, por ligações de oxigênio a oxigênio e de oxigênio a cátion. Cátions permutáveis associados a moléculas de água são atraídos para o meio das camadas (espaços entre camadas), ocasionando expansão do reticulado cristalográfico. Por conseguinte, cristais de esmectita poderão ser facilmente separados para fornecer partículas que se aproximam em tamanho, a camadas unitárias do cristal. No entanto, esses cristais variam normalmente do tamanho 0,01 a 1μm. São assim, muito menores do que a média das partículas de caulinita.

O movimento da água e de cátions para os espaços entre as camadas dos cristais

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