SUSTENTABILIDADE E AUTOGESTÃO É O CAMINHO PARA O SERTÃO: BASTA UM SIM PARA ADVIM ECONOMIA SOLIDÁRIA NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRINHAS - PB
Por: Lidieisa • 7/10/2018 • 2.429 Palavras (10 Páginas) • 341 Visualizações
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O desemprego é um fator que atinge diretamente a economia mundial, e diante dessa situação, nota-se que é imprescindível a busca por alternativas.
A pergunta que cabe é a seguinte: O que fazer e por onde começar um empreendimento solidário dentro desse município? Os moradores precisam e desejam desse desenvolvimento? Se observarmos a forma como nascem as transformações sociais, veremos que elas precisam de uma idéia que corresponda ao desejo da sociedade por uma nova forma de organização social. Os movimentos de transformação social têm em seu cerne o desejo de sujeitos que sentem a necessidade de uma nova organização, que inclua aqueles aspectos da vida humana que não estão sendo satisfeitos. Se a cooperativa atende a esse desejo, se as pessoas estão sentindo necessidade de solidariedade, por que as cooperativas não podem centrar na sua identidade a característica de um movimento social? Se as pessoas sentem apenas necessidade de ocuparem lugares de privilégios, por que então propor um projeto de Economia Solidária?
Justificativa
Em se tratando de economia solidária, tema considerado hoje muito abrangente e de uma significância muito grande e que deve ser tratado como uma tábua de salvamento para diversas áreas de conhecimento, e pela sua importante ele implora por tamanha urgência e deve ser acatado pelas políticas públicas de uma forma geral para que se torne prática de iniciativa em territórios ainda não implantados, ampliação nos que já se encontram em desenvolvimento e acima de tudo um olhar mais cuidadoso e atencioso para essa forma de subsídio que produz geração de renda e desenvolvimento sustentável. A economia solidária é uma forte alternativa de proposta para mudança social porque é formado por empresas que efetivamente adotam os princípios do cooperativismo, ou seja, a autogestão, que se qualifica quando um sistema é governado pelos seus participantes em regime de democracia direta onde deve ser pensado não só como meta para igualdade social, mas também tendo sempre em mente o equilíbrio ecológico. Pensando na possibilidade de Cajazeirinhas venha a se tornar um município acolhedor da economia solidária este trabalho passa a ser um ponto eminente para um estudo de análises e pesquisas em vista que parte de uma necessidade do momento atual de se discutir esse outro tipo de configuração do trabalho, muito embora que até mesmo antes de se pensar em economia solidária o município nunca deixou de existir, mesmo sem a percepção de se fazer esse exercício, ele foi simplesmente ignorado pelos estudos econômicos, deixando de lado um elemento importante na discussão dos processos de desenvolvimento local/ regional.
ASSISTÊNCIA DA EMATER MOSTRA QUE TERRAS CONSIDERADAS IMPRODUTIVAS DE TUDO DÁ, BASTA UM ACOMPANHAMENTO TÉCNICO.
Emater incentiva produção de hortaliças sem agrotóxicos em Cajazeirinhas
Com assessoramento técnico da Emater Paraíba, o agricultor familiar Joceli Pereira da Silva (Birá), da comunidade rural do Jacú, em Cajazeirinhas, no Sertão paraibano, cultiva hortaliças em sistema protegido com tela de sombreamento, livres de agrotóxicos, faz uso de adubação orgânica (esterco de ovinos) e combate pragas e doenças com inseticidas naturais à base de nim, alho e pimenta, o que significa mais saúde para o consumidor final.
Depois que o extensionista Zildo Vicente Leite visitou o agricultor, que cultiva apenas coentro e cebolinha, ele passou a diversificar sua produção com novas culturas como alface, couve, repolho, pimenta, quiabo, jerimum, melancia, tomate, pimentão, beterraba e cenoura.
“Deste então, a Emater local está presente em sua horta com assessoria técnica para acompanhamento da produção e também na comercialização”, informou o técnico.
O agricultor familiar foi cadastrado para fornecer ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e está fornecendo para a merenda escolar através do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) no município. O excedente da produção ele comercializa na zona urbana e cidades circunvizinhas.
O agricultor utiliza a água na irrigação das hortaliças captada em dois poços amazonas, construídos com a elaboração de um projeto da linha de crédito do Pronaf Semiárido, elaborado pela Unidade Operadora da Emater em Cajazeirinhas, que fica localizada na regional de Pombal.
“Estamos trabalhando na conscientização do produtor para mudar o método de irrigação atual (aspersão) para a irrigação localizada (microaspersão e gotejamento). Isso vai gerar uma grande economia de água, uma melhor eficiência do sistema”, explicou o extensionista.
Orientado pela Emater Paraíba, o agricultor foi cadastrado no programa Tarifa Verde, que garante reduzir os custos com utilização da energia elétrica. “Isso mostra que é possível produzir alimentos no semiárido, mesmo em plena seca, mas quando se tem a assessoria técnica presente e continuada na realização dos trabalhos na agricultura familiar, o sucesso acontece”, destacou Zildo.
Agricultor familiar de Cajazeirinhas inova na produção de maracujá orgânico e conquista mercado
O agricultor familiar Joceli Ferreira (Bira), do Sitio Jacu, no município de Cajazeirinhas, tem sido apresentado pela Emater Paraíba como modelo para mostrar a viabilidade da produção orgânica de forma organizada em pequenas áreas de terra. Produzindo maracujá em um hectare, com perspectiva de colher entre 15 a 20 toneladas ao ano, ele fechou negócio para fornecer seu produto ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) uma vez que já comercializa no mercado local. Com assessoramento da Emater Paraíba, empresa de extensão rural vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o agricultor revela-se com uma história de sucesso. Perseverante, sem abandonar o cultivo de outras culturas, Joceli Ferreira há tempos atrás manifestou seu desejo de trabalhar com maracujá. Hoje, com a assistência técnica do extensionista rural Zildo Vicente Leite, começa a colheita de sua safra. Para atender ao mercado, cada vez mais exigente, saindo do cultivo tradicional (adubos químicos e agrotóxicos), ele começou a trabalhar em sistema de transição agroecológica, obtendo bons resultados. Por recomendação e acompanhamento técnico, passou a usar adubos orgânicos (esterco bovino e ovino), e inseticidas naturais (Nim, calda de fumo, alho, pimenta e urina de vaca), com excelente resultado. O plantio está servindo de unidade
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