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PROJETO DE MOBILIÁRIO: BANCO ZOOP

Por:   •  29/3/2018  •  2.379 Palavras (10 Páginas)  •  344 Visualizações

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O design é uma das características básicas do que significa ser humano e um elemento determinante da qualidade de vida das pessoas. Ele afeta todo mundo em todos os detalhes de todos os aspectos de tudo que as pessoas fazem ao longo do dia. E como tal, o design é extremamente importante. Há pouquíssimos aspectos do ambiente em que vivemos que não podem ser aperfeiçoados de maneira decisiva por meio de maior atenção ao seu design (HESKETT, 2008).

Pensando nos requisitos necessários para a elaboração do presente projeto, notou-se a necessidade de utilizar as referências teóricas de Norman (2006), que afirma que o design deve atuar em benefício do usuário, considerando pontos como custo, estética, usabilidade e eficácia.

A missão do design é a de colaborar na criação de produtos cada vez mais úteis, bons, bonitos, baratos e eficazes. A prática demonstra, no entanto que não é isto o que ocorre, pois em certos casos o critério estético prevalece, gerando produtos tão belos quanto pouco prático (NORMAN, 2006).

Pode-se notar através da citação acima que o autor faz uma crítica à criação de produtos que agregam valor apenas na parte estética, tornando-os assim, dependendo do caso, pouco práticos.

Os dois autores concordam que o design facilita a interação dos produtos com seus respectivos públicos alvos. Entretanto, cada autor possui um ponto de vista sobre a atual sociedade e ressaltam a importância que o designer possui hoje em dia. Introduzindo as ideais dos autores no projeto do banco, pode-se adquirir um maior conhecimento e entendimento do que foi necessário incluir no projeto, sendo que o ponto mais ressaltado e com maior importância é de que o design deve ser de claro entendimento para o usuário, sem ocasionar incertezas no momento em que o produto torna-se necessário, ou seja, a estética é de extrema importância para os requisitos deste trabalho, entretanto, não pode-se deixar de lado a boa funcionalidade do produto.

2.2 ERGONOMIA

Ergonomia é o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existem interações entre o ser humano e máquinas. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho, visando sempre a segurança e otimização do bem-estar, e consequentemente o aumento da produtividade.

Como referências teóricas para este tópico serão utilizadas as ideias do autor Iida, sendo que para ele a ergonomia é o estudo do trabalho em relação ao trabalhador, e jamais ao contrário. Em sua obra, o autor relata que por um grande período o trabalho era erroneamente executado pelo trabalhador, sendo que algumas maneiras de produção, manejo, entre outras áreas, estão desenvolvendo-se o bastante para mudar isto.

A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. O trabalho aqui tem uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas aquelas máquinas e equipamentos utilizados para transformar os materiais, mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e o seu trabalho (IIDA, 1990).

Para este projeto as ideias do seguinte autor são muito importantes, assim como todos os conceitos que envolvem questões ergonômicas, pois é onde são definidas as alturas e medidas adequadas, estatísticas, manejos, entre outros tópicos que possuem o intuito de aprimorar os produtos a fim de melhorar a sua usabilidade.

Foram elaborados meios viáveis para que o banco possuísse medidas ergonomicamente corretas, para que quando utilizado não ocasionasse fadiga, visando o bem-estar e segurança dos usuários. O mesmo segue quanto à funcionalidade do produto, sendo que esta é de fácil entendimento, facilitando assim o seu uso.

2.3 MATERIAIS E PROCESSOS

A seleção do material adequado é fundamentalmente importante no desenvolvimento de um projeto, tanto para ter a aceitação do público como também para que o mesmo possua um bom desempenho. Há uma grande dificuldade a ser vencida pelos designers, que é a escolha do material, já que o universo dos materiais existentes disponíveis à interferência humana é bastante amplo.

O material empregado no banco Zoop foi o MDF (Medium-Density Fiberboard), que é utilizado principalmente em móveis, sendo um material derivado da madeira e um ótimo substituto da mesma. O MDF é um material uniforme, plano e denso, não possuindo “nós”, motivos estes que ocasionaram a escolha deste material.

2.3.1 Processos

O MDF é fabricado através do processo de aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos. A madeira é desfibrada, e estes são cozidos no vapor e pressão, separando-se uniformemente. Posteriormente são ligados com resinas e passam por um processo de calor e prensagem que lhe dá o tamanho desejado. É caracterizado por possuir boa estabilidade e homogeneidade proporcionada pela distribuição uniforme das fibras.

As espessuras das chapas variam de 3 até 60 milímetros, e o MDF é oferecido ao mercado basicamente com três acabamentos: Chapas cruas, chapas com revestimento laminado de baixa pressão e chapas com revestimento finish foil. Para o banco Zoop foi utilizado uma chapa crua de 9 milímetros.

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para servir como apoio para este projeto foi a de Mike Baxter e Bruno Munari. O trabalho foi dividido então em sete etapas metodológicas, conforme os seguintes autores. A primeira etapa foi a análise do problema, que teve como objetivo dimensionar o problema referente ao projeto, estipular os componentes, coletar dados e analisar estes dados relacionados ao mesmo.

A segunda etapa é denominada projeto conceitual, que teve como objetivo a geração de conceitos do novo produto, analisando assim a tarefa, a concepção do estilo e a seleção do conceito. Na próxima etapa, definida como planejamento do produto, foram determinados os requisitos do problema, as necessidades do cliente e posteriormente os requisitos do problema convertidos em requisitos do projeto. Seguidamente foi elaborada a hierarquização do projeto, através do QFD (Quality Function Deployment) e Método de Mudge.

A quarta etapa é a configuração do produto, onde foi gerada uma diversidade de alternativas a partir de esboços, para assim selecionar qual se adequava melhor às necessidades do projeto. Posteriormente a alternativa a ser trabalhada foi escolhida. Iniciou-se então um estudo sobre a arquitetura do material, sendo definido neste momento o processo de fabricação.

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