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Habemas e Weber Sociologia Jurídica

Por:   •  16/5/2018  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  328 Visualizações

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6 e 7 Leia o seguinte trecho do artigo de Gutierrez e Almeida (2013, p. 166):´

“Portanto, é no mundo da vida, espaço da ação comunicativa como categoria central do modelo, onde vamos encontrar a definição do paradigma que caracteriza a teoria. Pois bem, para Habermas, o mundo da vida (concordando com uma interpretação de Parsons) é um espaço sadio que não admite formas patológicas de estabilização, onde as ações são coordenadas pela construção de consensos, através da aceitação da validade dos argumentos presentes nos atos de fala. Esta formação de consensos estaria na base da reprodução simbólica do mundo da vida, introduzindo e marcando não só a cultura, mas as relações sociais e a construção da identidade. Com esta definição, o autor retira do centro do modelo o “dualismo entre exigências da cultura e imperativos de sobrevivência” já que, para a TAC, o conceito de subsistema (entendido como o espaço da exploração econômica e de exercício do poder) “é desenvolvido a partir do conceito de mundo da vida e não se encaixa diretamente e sem mais mediação sobre o conceito de ação”. O que Habermas afirma, aqui, colocado em termos mais simples, é que, para ele, ao contrário de Marx, e, de certa forma, até do próprio Weber, os conflitos decorrentes das relações econômicas e políticas não são elementos estruturais da sociedade. Pelo contrário, o elemento estrutural é o uso da linguagem em processos argumentativos para a construção de consensos no mundo da vida. Isto explica também, pelo menos em parte, a presença de Durkheim entre os autores clássicos que Habermas adota e critica, já que se trata de um espaço sadio e livre de patologias. Ao fugir das categorias marxistas, Habermas joga a TAC numa espécie de utopia durkhaniana, assolada pelo fantasma das ações racionais com respeito a objetivos de Weber.

A partir desse texto responda as seguintes questões:

a) Quais as diferenças apresentadas no texto entre a análise social de Habermas em relação a análise de Marx?

O que Habermas afirma é que, para ele os conflitos decorrentes das relações econômicas e políticas não são elementos estruturais da sociedade. O que é completamente ao contrário do pensamento de Marx.

b) Para Habermas qual é o papel da linguagem para a análise social?

O uso da linguagem serve para a construção de consensos no mundo da vida em processos argumentativos.

8-Conforme Oliveira (2014) quais são as semelhanças e diferenças entre os conceitos de verdade e poder em Foucault e em Habermas?

No percurso que traçamos fica claro que em ambos os autores a verdade e o poder encaminham-se de forma indissociável, mas os distingue é a perspectiva adotada. Em Foucault temos que a formulação da verdade é a partir da articulação entre os discursos e as práticas discursivas, cuja ligação com o poder mostra-se fundamental. Desse modo, a verdade em Foucault é uma busca pela monologia, ou seja, a verdade é constituída a partir do momento que um discurso se institui sobre os demais, há, neste sentido, uma ruptura do agir comunicativo. Ao contrário, para Habermas a verdade não é a imposição de um discurso sobre o outro, mas um processo argumentativo discursivo. Se para Foucault, é através dos diversos mecanismos de poder que a verdade passa a ser produzida, articulando-se de forma a configurar um discurso, que é tido como verdadeiro, em Habermas temos a crença de que a verdade é atingida, não numa ruptura do agir comunicativo, mas nele próprio. Neste sentido, poderíamos afirmar que a teoria de ambos se distancia.

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