GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Por: Hugo.bassi • 11/7/2018 • 4.217 Palavras (17 Páginas) • 281 Visualizações
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Gerenciar é uma função administrativa de grande importância, onde existe a tomada de decisões, os processos de produção e o produto do sistema. Realizando também a coordenação, o controle dos processos e dos rendimentos das partes e avaliação dos produtos finais e resultados, sendo responsável pelo uso efetivo e eficiente dos insumos, de forma a traduzi-los em produtos, levando a organização a atingir os resultados esperados.
Enfermeiros atuando como gestores de UBS, se tornam frequentes no Brasil. Essa prática realizada é regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e no Decreto nº 94.406/87 estabelece no artigo 8º que este profissional tem como atribuições a direção e chefia, o planejamento, a organização, a coordenação e a avaliação dos serviços de enfermagem.
Os enfermeiros gerentes de UBS estabelecem relação entre o objeto (atendimento de qualidade) e a finalidade do processo de trabalho, ou seja, as ações gerenciais são direcionadas ao atendimento das necessidades de saúde da clientela e a satisfação, visando ações que possibilitem intervenções no processo de trabalho em saúde. Além disso, o enfermeiro ainda realiza tarefas referentes de atendimento pessoal e coletivo, acolhimento, e supervisiona a equipe de trabalho.
A enfermagem tem papel fundamental para o bom funcionamento do local de trabalho. É imprescindível que o enfermeiro gestor priorize ações que visem a qualidade e a integralidade da assistência.
O presente trabalho tem como intenção analisar e refletir sobre a atuação de um enfermeiro frente aos desafios de uma Unidade de saúde, com foco direcionado a saúde do adolescente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescência como uma etapa que vai dos 10 aos 19 anos, e o Estatuto da Criança e Adolescência (ECA) a conceitua como a faixa etária de 12 a 18 anos (GURGEL, et al 2008). É uma transição entre a fase de criança e a adulta, sendo um período de transformação profunda no corpo, na mente e na forma de relacionamento social do indivíduo.
Lidar com essa transição exige das equipes de saúde uma abordagem integral dos problemas detectados, dentre eles a gravidez na adolescência (KOLLER, 2002).
(Bezerra, 2008) A descoberta do prazer sexual muitas vezes se da nessa época, quando há a necessidade de ações de educação em saúde para orientar os adolescentes sobre os riscos de contaminação com doenças sexualmente transmissíveis (DST), gravidez precoce e indesejada.
Quando ocorre a gravidez na adolescência, a enfermagem desempenha um papel importante para melhoria deste quadro, pois e nesta fase que a jovem necessita de amparo, apoio e segurança do profissional de enfermagem para o acompanhamento integral que o movimento gestacional exige.
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DESENVOLVIMENTO
As políticas públicas de saúde no Brasil sofreram modificações ao longo dos anos, e tais mudanças, historicamente, têm sido para adequarem-se aos contextos políticos, econômicos e sociais e a enfermagem teve papel fundamental na história.
No final da primeira década do século XX, a saúde no Brasil se encontrava diante da total ineficácia dos serviços públicos e se deparava com as grandes epidemias e endemias que afligiam o Rio de Janeiro. A história da saúde pública aponta que no início do século, as ações mais contundentes de combate às doenças ocorreram na gestão de Oswaldo Cruz na Diretoria Geral de Saúde Pública, no governo de Rodrigues Alves. Nesse período ocorreu a implantação da Enfermagem no Brasil com a criação da primeira Escola de Enfermagem Ana Néri, no Rio de Janeiro, ligada ao Departamento Nacional de Saúde Pública. Desta forma, foram priorizadas, nos currículos escolares, as práticas de saúde pública consonantes com as políticas governamentais propostas, para atender às necessidades e melhorar as condições de saúde e educação sanitária das populações.
Na década de 40, no contexto geral, temos a saúde eleita como prioridade nacional, elevada à condição de questão social com a criação do Ministério da Saúde. O hospital assumiu a posição central na prestação dos serviços e no final da década de 50 definia-se como local de encontro das diversas especialidades médicas e da enfermagem para prestação de serviços. Durante o período militar no Brasil (1964- 1985), ocorreu a III Conferência Nacional de Saúde que define, com vistas a garantir o desenvolvimento econômico, uma ideologia da saúde: a racionalidade via planejamento, produtividade e distribuição de riquezas. Nesse contexto, as práticas assistenciais são exercidas em grande escala, com aumento da mão de obra de enfermagem, desta forma, houve a criação da categoria dos Técnicos de Enfermagem pela Lei 4024/61-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Com os passar dos anos, em reconhecimento às necessidades urgentes, inicia-se a conformação do Movimento Sanitário com as propostas de reforma, preconizando, entre outras, a substituição do insustentável modelo de assistência médico-hospitalar, em consequência da excessiva privatização da assistência médica. Nesse contexto, a Enfermagem como categoria profissional cria, no cenário nacional, o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN - e ainda garante representatividade desse órgão de classe em diversas regiões com os Conselhos Regionais de Enfermagem - COREN. Na década de 80, e o quadro social e político no país era diferente, onde o movimento de redemocratização expandia-se pelos estados brasileiros e a oposição ganhava força no Congresso Nacional. Dentro desse contexto ocorria, em 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS) que tinha como presidente Sérgio Arouca e que, pela primeira vez, foi verdadeiramente popular refletindo o momento pelo qual o país passava. O grande marco da VIII Conferência Nacional de Saúde foi a criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), que posteriormente tornou-se Sistema Único de Saúde (SUS) além de ter consolidado as ideias da Reforma Sanitária. Nesse período, foi promulgada a Lei Nº. 7.498/86 - Lei do Exercício Profissional - que regulamenta o exercício profissional e delimita a atuação das categorias de Enfermagem.
A Saúde Pública no Brasil teve grandes avanços em quase 20 anos de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). E isso só foi possível com a ajuda da equipe multidisciplinar envolvida. Atualmente, grandes problemas ainda são enfrentados, o que leva a insatisfação
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