ANEXO A: QUESTIONÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE
Por: Rodrigo.Claudino • 20/12/2017 • 2.622 Palavras (11 Páginas) • 425 Visualizações
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Selye (apud LIPP, 2001) explicou que o estresse é composto por três fases sucessivas; alarme, resistência e esgotamento. Na primeira fase o organismo entra em estado de alerta para se proteger do perigo percebido e dá prioridade aos órgãos de defesa, ataque ou fuga. As reações corporais desenvolvidas nesta fase são: dilatação das pupilas; estimulação do coração (palpitação), a noradrenalina, produzida nas glândulas suprarrenais acelera os batimentos cardíacos e provoca uma alta de pressão arterial, o que permite uma melhor circulação do oxigênio; a respiração se altera (tornando-se ofegante) e os brônquios se dilatam para poderem receber maior quantidade de oxigênio; aumento na possibilidade de coagulação do sangue (para assim poder fechar possíveis ferimentos); o fígado libera o açúcar armazenado para que este seja usado pelos músculos; redistribuição da reserva sanguínea da pele e das vísceras para os músculos e cérebro; frieza nas mãos e pés; tensão nos músculos; inibição da digestão (inibição da produção de fluidos digestivos; Inibição da produção de saliva (boca seca)).
Na 2ª Fase, denominada fase de Resistência, Intermediária ou "Estresse" contínuo, persiste o desgaste necessário à manutenção do estado de alerta. O organismo continua sendo provido com fontes de energia rapidamente mobilizadas, aumentando a potencialidade para outras ações no caso de novos perigos imediatos serem acrescentados ao seu quadro de "Estresse" contínuo. O organismo continua a buscar ajustar-se a situação em que se encontra. Toda essa mobilização de energia traz algumas consequências como: redução da resistência do organismo em relação a infecções; sensação de desgaste, provocando cansaço e lapsos de memória; supressão de várias funções corporais relacionadas com o comportamento sexual, reprodutor e com o crescimento. Exemplos: queda na produção de espermatozoides; redução de testosterona; atraso ou supressão total da puberdade; diminuição do apetite sexual; impotência; desequilíbrio ou supressão do ciclo menstrual; falha na ovulação ou falha no óvulo fertilizado ao dirigir-se para o útero; aumento do número de abortos espontâneos; dificuldades na amamentação.
Com a persistência de estímulos estressores, o indivíduo entra na 3ª Fase, denominada fase de Exaustão ou esgotamento, onde há uma queda na imunidade e o surgimento da maioria das doenças, como por exemplo: dores vagas; taquicardia; alergias; psoríase; caspa e seborreia; hipertensão; diabete; herpes; graves infecções; problemas respiratórios (asma, rinite, tuberculose pulmonar); intoxicações; distúrbios gastrointestinais (úlcera, gastrite, diarreia, náuseas); alteração de peso; depressão; ansiedade; fobias; hiperatividade; hipervigilância; alterações no sono (insônia, pesadelos, sono em excesso); sintomas cognitivos como dificuldade de aprendizagem, lapsos de memória, dificuldade de concentração; bruxismo o que pode ocasionar a perda de dentes; envelhecimento; distúrbios no comportamento sexual e reprodutivo.
Após a fase de esgotamento era observado o surgimento de diversas doenças sérias, como úlcera, hipertensão arterial, artrites e lesões no miocárdio (LIPP, 2001).
Segundo Doi (2012), quando uma pessoa apresenta uma resposta positiva é chamado eustresse e quando não obtemos a realização pessoal e nem a satisfação perante um esforço realizado para a adaptação, temos uma resposta negativa que acaba por gerar uma situação de distresse, definidas em:
Eustresse, o esforço de adaptação promove uma sensação de realização pessoal, bem-estar e satisfação das necessidades, inclusive quando ocorrem esforços inesperados, e que mantem a sobrevivência. Predomina a emoção da alegria, temos um aumento da capacidade de concentração, das tomadas de decisões pelo cérebro, das emoções musculares harmoniosas e bem coordenadas. Sentimento de prazer e confiança e; Distresse onde temos o predomínio das emoções da raiva, da tristeza do medo, a capacidade de concentração é diminuída e o funcionamento mental se torna confuso, perde-se a coordenação motora, aumentando a insegurança e a probabilidade de ocorrerem acidentes.
No tratamento do estresse deve-se, primeiramente, saber o que está estressando o indivíduo, incomodando e prejudicando, fazendo uma análise por meio do autoconhecimento e, dependendo do seu nível e da estrutura da personalidade de cada um, o estresse pode fazer bem à própria condição de vida do indivíduo. Ele é uma reação emocional que aparece em consequência de situações muitas vezes criadas pelo próprio organismo para se defender das intensas solicitações da vida moderna.
A perspectiva integral para tratar o estresse aumenta de forma significativa as chances de recuperação quando são abordadas as complexidades de cada pessoa de forma multidimensional incluindo a dieta, o exercício e o relaxamento mental.
Os tratamentos convencionais podem ser utilizados remédios que somente um profissional poderá indicar o melhor remédio para cada caso, porém os mais utilizados são: calmantes, antidepressivos entre outros.
A alimentação durante o processo de estresse, o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, portanto para repor essa perda é recomendado comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são ricos nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus derivados.
Qualquer atividade física proporciona benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, queimando calorias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias com caráter relaxante e analgésico, como a endorfina. Segundo pesquisas realizadas na UNIFESP-EPM, a atividade física mais eficaz é a natação, pois além de obter todos os benefícios do esporte, tem menores riscos de lesões.
A medicina alternativa consiste em tratamentos não convencionais, ou seja, não há uso de remédios. Apesar disto, em algumas pessoas estes tratamentos podem ter um efeito placebo. Esse efeito consiste em uma modulação psíquica do sistema imunológico. Entre estes tratamentos alternativos citados por Doi (2012) estão:
Fitoterapia: tratamento feito com plantas. Apesar de natural, dependendo da dose pode causar intoxicação. Algumas plantas recomendadas para o combate ao estresse são: melissa, rosa branca, valeriana, maracujá.
Acupuntura: Esta é uma técnica chinesa que consiste em aplicações de agulhas em locais específicos do corpo estimulando neurônios
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