A Evolução dos Computadores

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Em meados da década de 70 começaram os primeiros estímulos para desenvolvimento de tecnologia nacional a partir do trabalho de algumas instituições de ensino como a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Universidade de Campinas e Universidade de São Paulo (USP).

Esses estímulos levaram em 1972, a criação do "Patinho Feio" o primeiro computador nacional, pela USP, seguido, em 1974, do projeto G-10, na USP e na PUC do Rio de Janeiro, incentivado pela Marinha de Guerra, que necessitava de equipamentos para seu programa de nacionalização de eletrônica de bordo. Nesse mesmo ano, nasce CAPRE (Comissão de Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico), órgão responsável propor uma política governamental de desenvolvimento do setor de informática. Seu surgimento, está ligado interesses de vários segmentos da sociedade brasileira, especialmente os militares e os meios científicos, buscando atingir melhor independência tecnológica para a informática brasileira. Resultado disso, nasce em 1974, a Cobra (Computadores Brasileiros S.A.) uma estatal que recebeu a missão de transformar o G-10 em um produto nacional e foi a primeira empresa brasileira de fabricação de computadores.

Outro grande marco da evolução dos computadores e informática no Brasil iniciou-se em 1976, pela criação de políticas pela CAPRE para desenvolvimento do mercado nacional de informática com a criação de uma reserva de mercado na faixa de minicomputadores, para empresas nacionais, além da instituição do controle das importações.

Nos anos posteriores, atuação do governo foi intensificada de tal forma que em 1979, surge a SEI (secretaria especial de informática), ligada ao Conselho de Segurança Nacional que se torna o órgão superior de orientação, planejamento, supervisão e fiscalização do setor. A SEI foi responsável pelo Brasil atingir a sexta posição no mercado mundial de informática, sendo o quinto maior fabricante, em 1986, graças a criação em 1984, da Política Nacional de Informática (PIN) que oficializou a reserva para alguns segmentos do mercado, inclusive software, com duração limitada de oito anos.

Entretanto, essa lei fez com que o Brasil ficasse muito defasado no ramo tecnológico, pois o país se tornou um mero um montador de computadores ao contrário do que se pensava, pois, as empresas importavam as placas inteiras e apenas as montavam dentro de um gabinete, ou seja, o desenvolvimento tecnológico era zero. Logo depois SEI foi extinta, e a atribuição de dirigir a política no setor, passou na prática para o âmbito da Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia.

Meados de 2003 o Governo Federal investiu muito dinheiro para popularizar os computadores nas classes mais baixas da população. Hoje percebemos que evolução dos computadores no Brasil passou muito mais por questões políticas que de desenvolvimento tecnológico.