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Confecção de roupas sustentaveis

Por:   •  11/5/2018  •  3.448 Palavras (14 Páginas)  •  294 Visualizações

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4.OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral: Expor e explicar meios alternativos para a produção de vestuário, a fim de quebrar paradigmas sobre as roupas sustentáveis, vistas muitas vezes como peças inutilizáveis para o dia-a-dia.

4.2 Objetivos Específicos:

4.2.1 Entender como as peças de vestuário são produzidas, numa escala industrial;

4.2.2 Conhecer os diferentes produtos químicos utilizados pelas indústrias de roupas, bem como o descarte dos mesmos;

4.2.3 Pesquisar os danos causados ao ambiente pelos produtos descartados de forma incorreta pelas indústrias;

4.2.4 Consultar profissionais vinculados à fabricação de roupas tradicionais e de roupas sustentáveis;

4.2.5 Construir um quadro comparativo dos recursos utilizados para a produção dos dois tipos de roupas;

4.2.6 Demonstrar peças de vestuário, fornecidas e fabricadas pelas alunas do curso de Designer de Moda do Instituto Federal da Fronteira Sul.

5. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

5.1 Quais os materiais mais utilizados na confecção das roupas ecológicas?

5.2 Quais indústrias são responsáveis pelo processo de transformação de materiais recicláveis em tecidos?

5.3 Qual a principal diferença nas etapas de produção do vestuário convencional e do vestuário sustentável?

5.4 Porque o comércio de roupas sustentáveis não é tão comum quanto o comércio de roupas convencionais?

6. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

"O fenômeno da moda emergiu na sociedade européia do final da Idade Média. Atrelada a um conjunto de fatores tais como a individualização do ser humano e o desejo por novidades na esfera do vestuário, a moda passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, constituindo-se ao longo do tempo num processo que congregou afirmação social e massificação das formas classificadas como modernas(LIPOVETSKY, 1989)."

Moda pode ser definida como forma de vestir-se, tendência, modo, um costume, uma vontade, na qual é momentânea. A moda chegou no Brasil junto com os colonizadores europeus, na época da colonização, no século XVI. Hoje, observa-se que uma grande diversidade no que se diz respeito a moda em cada parte do planeta, contribuindo assim para a identidade cultural de cada povo.

Um bom exemplo é no Oriente Médio. A moda não seguiu os padrões mundiais, motivada pela casualidade e a prática do islamismo, que não permite deixar à vista partes do corpo feminino. As mulheres usam uma vestimenta que as cobre da cabeça aos pés: a burca. Mostrando assim elementos bem característicos da região.

Desde a globalização, as indústrias têxtil vem crescendo cada vez mais, sendo uma das quatro que mais consomem recursos naturais, e com isso agredindo o meio ambiente. "A partir da década de 1970 intensificou-se a difusão da idéia de sustentabilidade, contribuindo para a formação de uma nova consciência em nível mundial sobre o papel do design, da moda e da tecnologia, uma vez que se evidenciou a primeira crise energética que apontou para o limite dos recursos naturais, algo que já tinha sido salientado em décadas anteriores (CARDOSO, 2000)."

Nesse cenário, a busca de matérias primas orgânicas, ou seja, cultivadas sem o uso de pesticidas ou inseticidas, ainda é o principal desafio do setor. A Environmental Protection Agency (EPA) estima que o uso de produtos químicos nas plantações do algodão convencional chega a ser oito vezes maior que no cultivo de alimentos, e abrange cerca de 30% da utilização de pesticidas na Terra, por exemplo. Para diminuir o consumo e evitar a escassez dos recursos da natureza, estilistas, empresas e eventos de moda vêm dando cada vez mais espaço às roupas ecológicas em suas coleções. Feitas com materiais alternativos, como fibras de garrafa pet, algodão orgânico, bambu, sacola plástica e até guarda-chuva, as roupas sustentáveis também utilizam mão-de-obra digna e justa.

6.1 Roupas sustentáveis e o meio ambiente

O surgimento das roupas sustentáveis se deu a partir de uma consciência ecológica, com o fim de não poluir o ecossistema nem causar danos aos seres vivos. Foram desenvolvidos assim tecidos orgânicos, corantes inofensivos e técnicas que protegem o meio ambiente, mas que começaram a emplacar na linha de produção.

A indústria têxtil está entre as quatro que mais consomem recursos naturais, como água e combustíveis fósseis, de acordo com o Environmental Protection Agency, órgão americano que monitora a emissão de poluentes no mundo. Somente a produção de algodão é responsável por cerca de 30% da utilização de pesticidas na Terra, contaminando o solo e os rios. Ou seja, a procura por matérias-primas alternativas e renováveis é hoje um dos principais desafios do setor.

Alguns produtos usados na fabricação de roupas ecológicas acabam prejudicando não somente o meio ambiente, mas também as indústrias onde as mesmas são confeccionadas, como é o caso dos corantes escuros, principalmente o preto. Ele deixa resíduos de enxofre na água, o que dificulta a limpeza dos fluentes, por isso, muitas indústrias ecológicas procuram utilizar corantes naturais, que são produzidos a partir de pigmentos de plantas, cascas de árvores e raízes. Estes por sua vez, não poluem a natureza e muito menos a água. O processo é todo natural, inclusive o de fixação, diferente das indústrias convencionais, onde é frequentemente realizada com o uso de metais pesados que prejudicam não somente o meio ambiente, mas também a saúde.

Uma outra alternativa para a produção de roupas sustentáveis, é o uso de garrafas PET. O Politereftalato de Etileno, nome técnico do material que chamamos de PET, é um plástico da família dos poliésteres (muito comuns em roupas sintéticas). O PET é quimicamente igual ao poliéster das roupas sintéticas. O PET não foi desenvolvido inicialmente para ser usado como garrafas de refrigerante, o material foi originalmente desenvolvido para o setor têxtil e depois migrou para o setor de embalagens de bebidas.

Para utilizá-lo na confecção, as garrafas são moídas, os flocos do material moído são lavados, secados e derretidos. Neste

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