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SOCIOLOGIA PRÉ-CIENTÍFICA

Por:   •  12/4/2018  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  281 Visualizações

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Frente as novas demandas e em mundo cada vez mais laico e com a igreja perdendo vertiginosa força e até mesmo sua influência o homem agora revela-se racional e objetivo em seus pensamentos e distante da busca por explicações divinas para os acontecimentos da vida. Nessa visão especulativa da vida social está o germe do pensamento social moderno, presente na literatura, na pintura, na filosofia.

Nesse iter o desenvolvimento do pensamento sociológico, e não só isso, as relações sociais passam ser, à parit de Thomas Moves e Maquiavel, um objeto de estudo assim dotado de atributo próprios. Tem-se a sociedade como produto de suas interações e suas relações, sejam elas de quais facetas forem: econômicas, religiosas e políticas.

Assim não há mais um ser divino com sua força e vontade decisiva, o que há agora é a crença na ação humana e no poder decisivo do próprio homem sobre a história, seu destino e suas vontades. Os novos paradigmas romperam com a ordem feudal, estamentada e fundiária que se tinha agora, era uma sociedade individualista, consumista e voltada para o que mais tarde chamariá-mos capitalismo (lucro). Novos valores sentimentos e atividades passaram a reger a vida e o comportamento social.

O mundo medieval e suas trevas e estagnação foram superados, a vida, as cidades, as pessoas ganharam movimento, todos queriam conquistar o seu lugar no mundo. Luxo, riqueza, posição social, tudo agora estava voltado para suprir os desejos estava do próprio homem e suas necessidades materiais. O advento do capitalismo o livre e sem limites, a acumulação de riqueza, levaram à viagens internacionais e também geraram guerras.

O capitalismo e as possibilidades de lucro surgido deste, culminaram por repercutir na produção, era necessário suprir as necessidades do novo homem, as demandas cada vez mais insistentes acabaram por estimular o desenvolvimento da tecnologia para a produção em larga escala. Com necessidade de produzir cada vez mais rápido e com custo baixo, as pesquisas científicas acabaram se disseminando, pois tinham como recompensa o tão festejado lucro.

Contudo, apesar do lucro em um primeiro momento ter sido o motor das atividades científicas, logo em seguida o conhecimento desprende-se do visível e necessário, voltando-se também para apreender as realidades interiores e intangíveis, como um movimento que é natural da própria racionalidade em exercício, da busca por resposta seja o objeto tangível ou não.

Sob essa ótica questionadora e especulativa, o homem volta-se para a compreensão da sociedade que sob nova estrutura, transformaram o homem em agentes e não meros coadjuvantes. Assim de sua ação consciente e interessada sobre a sociedade resultam diversos modelos de organização política tido como um produto que é resultado de implementos e intervenções e não do mero acaso/destino da humanidade.

Busca-se assim a validade e legitimidade das ações com exercício da razão onde o objetivo do mesmo é a realização do próprio homem em sociedade, o pleno exercício sua liberdade. E já em um primeiro momento do pensamento sociológico era possível notar questões em foco até nos dias atuais, quais sejam, a oposição entre o indivíduo e sociedade e entre liberdade e controle social.

No renascimento, houve um aprofundamento no estudo das relações sociais, o desenvolvimento de análise abstratas da realidade e a consequente capacidade de criar modelos que pudesse auxiliar na explicação do funcionamento da vida socais. Este período foi caracterizado pela sistematização do pensamento burguês ou seja do laicizismo, o gosto pela vida e a racionalismo, o que dava aos indivíduos valores pessoais que não provinham de sua origem, já que burgueses não tinham o sangue real. Assim o Renascimento valorizava a natureza e os benefícios da vida terena.

O produto dessa sistematização gerou o indivíduo “liberto” das amarras do passado do peso da fé, dos pecados, da culpa, das oficinas de ofícios, de soberanos e sacerdotes e os transformou um indivíduos plenos de desejo, expectativas e realizações pessoais e não só isso, dá liberdade para agir e reger suas próprias vidas.

Com novos valores guiando a vida sociais é necessária para atendimento de modernização, mais pesquisas e a exploração de novos campos do saber, avanços técnicos e melhoria nas condições de vida, produzindo um clima muito otimista em relação ao futuro homem. Com profundas e incontestáveis transformações da sociedade em seus mais diversos campos, com revoluções econômicos e políticas, os estados absolutistas que possibilitaram todas as implementações, sócio-político-econômicas agora tomaram-se um impecílio ante as novas exigências de liberdade e expressão de mercado.

Com novo cenário, político-social houveram filósofos favoráveis assim como os mais pessimistas em relação as ideias de revolução, esses filósofos por sua preocupação histórica deram início ao pensamento que levaria à descoberta das bases materiais das relações sociais. Assim as teorias sociais do século XVII expressam o despertar do pensamento científico sobre a sociedade e ainda tiveram o condão de orientar as ações políticas e lançar as bases do que viria ser o Estado capitalista, constitucional e democrático do século XIX.

A filosofia Renascentista concebia a ideia de nação como o gerenciamento e administração de leis, riquezas e poder. Nesse processo pressupõe a noção de conflito de interesses e o conforto social. Não obstante, a toda essa transformação do pensamento a filosofia da Ilustração preparou o surgimento das ciências sociais no século XIX, lançando inclusive, as bases do pensamento científico.

Ainda alheios sobre as terríveis consequências da Revolução Industrial o homem da época via com satisfação todo o conhecimento adquirido e em razão disso a sua capacidade de controlar os eventos naturais. A ideias de progresso, racionalismo e cientificismo por sua vez, exerceram um encanto sobre a mentalidade do homem recém descoberto. Nesse contexto, as ciências sociais, fundavam-se como um conjunto de ideias que diziam respeito à natureza dos fatos e dos métodos para compreendê-los. Por isso as primeiras questões que os sociólogos do século XIX tentaram responder foram as relativas

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