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O coronelismo e a revolta da vacina

Por:   •  20/4/2018  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  334 Visualizações

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• A sucessão do poder de forma hereditária e a forma na qual uma família se perpetuava durante décadas na política, hoje se observa que essa pratica é extremamente atuante. Políticos encontram formas para permanecerem no poder lançando seus filhos, parentes próximos, ou fazem acordos políticos com outro candidato para terem uma rotatividade no poder. Ora candidato A, ora candidato B e vice versa. Um apoiando o outro, de forma que continua as oligarquias do sistema coronelista, então o que se tem hoje são as práticas coronelistas de forma moderna, onde as classes menos favorecidas são privadas do conhecimento de forma proposital, pois sem conhecimento não se pode lutar pelo que é seu de direito, e os poucos que tem conhecimento desses direitos e lutam por eles são altamente reprimidos, como antes era feito com o povo que não cumpriam as ordens dos coronéis.

Revolta da Vacina

No começo do século XX, a cidade do Rio de Janeiro foi assumida pelo presidente Rodrigues Alves, que decidiu mudar alguns aspectos da cidade, tornando-a mais limpa, acabando com as doenças e modernizando-a, isso seria feito a qualquer custo, a cidade seria completamente remodelada.

A Elite tinha grande interesse nessa reforma urbana, pois queria que o Rio de Janeiro fosse como as capitais europeias, modernas, bonitas e limpas.

As obras estavam acontecendo em toda a cidade, como os cortiços e casarões eram vistos como criadouros de doenças, eles eram derrubados se estivessem no caminho. O higienista Oswaldo Cruz foi designado para o saneamento e cura das doenças, as medidas do mesmo eram revolucionárias, tanto que um novo cargo foi criado, o de comprador de ratos, ele organizou uma campanha de vacinação contra a Febre Amarela e uma contra a Varíola e essa vacina se tornou obrigatória, criou uma lei que dava direito aos militares de invadir as casas e vacinar as pessoas, além de procurarem por insalubridade e se achassem que o lugar tinha, os moradores eram retirados de lá, mesmo contra a vontade deles.

A população - principalmente a classe trabalhadora - não estava nada satisfeita com os acontecimentos, tinham medo dos efeitos da vacina, por isso tinham uma grande resistência a ela, como a medida era autoritária, ocasionou uma revolta da população.

Manifestações foram feitas e o governo tentou reprimir, depois de alguns dias e com ajuda dos Militares, Bombeiros, Guarda Nacional, Marinha e Exército, o governo conseguiu recuperar o controle, em partes. O presidente revogou a obrigatoriedade da vacina e no dia seguinte conseguiu recuperar o controle, assim acabando com a revolta.

Relação entre Coronelismo e a Revolta da Vacina

No Coronelismo os coronéis faziam o papel do estado – de forma mais precária – eles exploravam ao máximo o povo, impondo medo à classe pobre, usavam o poder que tinham para serem autoritários. Na Revolta da Vacina o presidente, o Higienista e os militares também eram muito autoritários.

Os dois movimentos aconteceram na mesma época, porém um ocorreu na zona rural – Coronelismo – e o outro na zona urbana – Revolta da Vacina.

Ambos tinham interesses particulares, na Revolta da Vacina, especificamente, queriam a modernização do Rio de Janeiro para a cidade ser mais atrativa para os estrangeiros, com isso a cidade enriqueceria. No Coronelismo o interesse dos coronéis era continuar no poder e não perder seus privilégios.

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