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Apresente os fundamentos da sociabilidade burguesa

Por:   •  9/10/2018  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  254 Visualizações

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“ O trabalho criador de valor é o trabalho socialmente necessário, executado segundo as condições médias vigentes da técnica, destreza do operário e intensidade do esforço na realização da tarefa produtiva. O padrão é o do trabalho simples, ao qual o trabalho complexo (ou qualificado) é reduzido como certo múltiplo dele. ³ ”

(MARX, 2011, p.30)

A lei geral da acumulação capitalista expulsa a mão de obra e a força de trabalho em detrimento de inovações tecnológicas, dando somente o mínimo possível de condições para sobrevivência do trabalhador. Lembrando que o trabalho rompeu com o padrão natural da vida, exige instrumentos para realiza-lo e se dá através do aprendizado, não sendo relacionado com a genética. O trabalhador passa a ser considerado uma mercadoria²² no meio de produção capitalista, o que leva a reificação¹¹ das relações sociais.

“Marx formulou uma lei geral absoluta da acumulação capitalista, segundo a qual se concentra, num polo, a massa cada vez maior de riquezas à disposição do capital, enquanto, no polo oposto, aumenta a miséria das massas trabalhadoras. ”

(MARX, 2011, p.42)

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³ “Marx não analisou como se dá tal redução, porém indicou a linha geral dessa análise (a diferença de custo de formação da força de trabalho complexa em comparação com a força de trabalho simples) e tomou a redução como dada. Trata-se de um procedimento adotado pelo autor em certos casos: tomar em consideração apenas o resultado dado de um processo, apontando o caminho de sua análise, sem, contudo, desenvolvê-la, na medida em que fosse dispensável para fins prioritários da demonstração. ” (MARX, 2011, p.30). ¹¹ “Reificação é uma operação mental que consiste em transformar conceitos abstratos em realidades concretas ou objetos. No marxismo, o conceito designa uma forma particular de alienação, característica do modo de produção capitalista. Implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca.” (Pt.wikipedia.org/wiki/Reificação_(marxismo). Arquivo consultado em 21/06/2016). ²² Antes de tudo um objeto externo, para satisfazer as necessidades humanas, qualquer que seja ela. A mercadoria pode ser entendida como uma coisa, e a relação é uma coisa coisificada, da qual a mercadoria é o centro. Produto do trabalho, força do trabalho em movimento.

O fetichismo da mercadoria³³ é o elemento determinante de alienação na ordem burguesa (o determinante, não único), ao dominar a produção material da vida o capitalista domina a produção cultural da vida, entretanto, quem produz tudo na sociedade burguesa é o trabalhador, entretanto, o fetichismo da mercadoria oculta o seu processo de produção na sociedade burguesa.

“ O produtor só se confronta com o caráter social do seu trabalho no mercado: sua interdependência em face dos outros produtores lhe aparece no momento da compra/venda das mercadorias; em poucas palavras: as relações sociais dos produtores aparecem como se fossem relações entre as mercadorias, como se fossem relações entre coisas. A mercadoria passa a ser, então, a portadora e a expressão das relações entre os homens. Na medida em que a troca mercantil é regulada por uma lei que não resulta do controle consciente dos homens sobre a produção (a lei do valor), na medida em que o movimento das mercadorias se apresenta independentemente da vontade de cada produtor, opera-se uma inversão: a mercadoria, criada pelos homens, aparece como algo que lhes é alheio e os domina; a criatura (mercadoria) revela um poder que passa a subordinar o criador (homens).

No mercado, a mercadoria realiza esta inversão: as relações sócias, relações entre os homens, aparece como relações entre coisas as relações entre os produtores mostram-se como relações entre mercadorias. As qualidades peculiares das relações sociais são transferidas às mercadorias: a mercadoria. ”

(NETTO E BRAZ, 2014, p.105)

O Fetichismo da mercadoria é a alienação da massa trabalhadora, que ao entrar em uma loja, e se depara com produtos prontos a serem comercializados, não param para pensar em todo o processo de produção pelo qual o produto passa, e o processo de exploração dos trabalhadores a medida em que o produto fica pronto, acumulando assim dívidas com a relação social, entrando assim no esquema do modo de produção capitalista, se alienando com a propaganda capitalista.

³³ “ reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos próprios produtos do trabalho, como propriedades naturais sociais dessas coisas e, por isso, também reflete a relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos. [...Assim, uma] determinada relação social entre os próprios homens [...] assume a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas.” ( MARX, 1983, I,1,p.71)

Como se sabe o capitalismo é crise em movimento, a sua crise estrutural potencializa a questão social e ameaça a humanidade, que vivencia a barbárie. Como a mercadoria traz consigo o fetichismo, este gera um novo tipo de alienação¹²³ que é a reificação, que destrói as relações sociais tornando a subjetividade cada vez mais empobrecida. Com a reificação a afetividade fica cada vez mais restrita ao núcleo familiar tornando as relações paralelas cada vez mais empobrecidas e fracas. Em tempos de crise, acontece uma metástase dessa reificação que toma conta e banaliza o gênero humano.

A sociabilidade burguesa sofre com a crise estrutural do capital, que gera deslocamentos atingindo todos os ramos. Tem um alcance global e um tempo extenso, continuo e permanente. Um exemplo da consequência da crise é o crescimento do conjunto da miséria e da riqueza. O capitalismo tenta brecar as contradições inerentes do seu sistema, contradições essas inevitáveis e com tendências destruidoras que gera uma mercantilização geral da vida.

Como demonstrado acima, o capitalismo não se sustenta e os movimentos sociais radicais devem intervir, dentre estes movimentos podemos destacar o comunismo, que busca uma sociedade valorizadora do gênero humano evoluída e com ênfase no trabalho associado que traz à tona a realidade que exerce a capacidade de conquistar o necessário para vida, sendo esse movimento uma via para impedir uma tragédia com a humanidade gerada pela

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