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A ECONOMIA POLÍTICA E O SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  21/11/2018  •  2.306 Palavras (10 Páginas)  •  487 Visualizações

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e como orientação sociológica.

Assume-se como ciência de classe quando se recusa a afirma-se como ciência neutra, indiferente a luta de classes das sociedades de classe, porque, segundo Marx, a luta de classe é que marca a história, já diz em seu “Manifesto Comunista” que a história da sociedade é sempre a história das lutas de classe.

Como ciência teórica, a economia política marxista volta-se para os modos de produção, tem também características de ciência histórica porque faz da teoria econômica uma análise histórica. Marx regulava a economia política clássica e integra-se em uma teoria de desenvolvimento social. Diz ainda que a dialética é a ciência das leis gerais do movimento.

Apresenta-se como características de orientação sociológica ao afirmar que a base de uma sociedade é a produção de bens materiais, e esta produção é a produção social. De acordo com Marx, a economia não é uma tecnologia social.O objeto que visa a economia política são as relações entre os homens no processo de produção, nas relações sociais que permitem a produção. Toda produção pressupõe uma determinada forma de propriedade, ou seja, uma forma social e historicamente determinada de apropriação dos meios de produção.

A economia política proletária defende o caráter histórico da produção, negava o caráter natural da economia neoclássica, e servia a classe operaria para tomar conhecimento da sua realidade econômica social de classe explorada e potencialmente transformadora da sociedade, assim inteirando-se dos mecanismos do capitalismo poderia acelerar sua queda, seguindo autores marxistas a economia burguesa passava por fases, 1) fase de análise cientifica da realidade, 2) fase de controvérsia e cisão (Luta ideológica entre classes), 3) fase apologética (instrumento de defesa da burguesia contra o proletariado), 4) fase pragmatista (depois da grande depressão, intencionava assegurar a sobrevivência do sistema capitalista).

A mistificação segundo Marx servia as classes burguesas para a dominação, ao proletariado a mistificação não interessa, Marx compreendia o fato de toda a atividade científica não é imune a contaminação ideológica (em maior ou menor grau), mas autores marxistas posteriores (Lenin e Gramsci) compreenderam, e admitiram que a própria do proletariado impregnava-se de conteúdo ideológico mas também distinguiram as ideologias, está como um fato das ciências sociais, desempenharia ainda papel relevante no meio, separados em ideologias conservadoras e ideologias progressistas, assim como a ideologia da burguesia já foi progressista, agora a ideologia fazia esse papel, os autores marxistas argumentavam que para compreensão da ciência econômica não se deveria negar seu caráter de classe, mas deveria sim, estudá-lo e compreende-lo e também argumentavam que todos que avançaram cientificamente a ciência econômica assumiram e algum modo posição de classe.

As bases das perspectivas subjetivista-marginalista começaram a delinear-se com Jean Baptista Say, ao apresentar a teoria dos três fatores de produção, a partir disso apoiado de um entendimento do papel do empresário, e chega a uma teoria da distribuição do rendimento que rompe com a corrente dos fisiocratas.Nas ultimas décadas a perspectiva subjetivista-marginalista da ciência sintetizada por Lionel Robbins. Muito conhecida como a “lei de Say”, trata-se do principal pressuposto definido por Say, em que a oferta cria sua própria demanda.

A economia é a ciência que estuda o comportamento humano enquanto relação entre fins e meios escassos susceptíveis de uso alternativo. Ocorre que há o problema econômico da escassez relativa dos bens econômicos perante as necessidades ou os fins a satisfazer ou a prosseguir na sua essência, o problema da utilização dos bens escassos. O principio econômico, é o princípio de racionalidade que orienta na luta contra a escassez e que se traduz na conduta econômica. Considerando a escassez como um dado fundamental da vida dos homens e das sociedades humanas o objeto de estudo da ciência econômica é o estudo das atividades das instituições criadas pela escassez. A ciência econômica transformou- se em uma ciência da escolha.

2 RELAÇÃO ENTRE ECONOMIA POLÍTICA E SERVIÇO SOCIAL

A economia política e o Serviço Social são termos distintos, porém com conteúdos inter-relacionados. O Serviço Social é uma profissão, enquanto a economia política é uma ciência econômica. O estudo da economia política tem por base voltar-se a teoria e relacionar-se com a compreensão da realidade de determinado contexto social. Quem se propõe a esta economia política, desafia-se a compreender a realidade a sua volta, as diferenças entre países e regiões, entre pessoas, abastece-se de conteúdo para questionar e escandaliza desigualdade social, interesses dos diferentes grupos e classes sociais dentro de uma determinada sociedade, os grupos de poder e questões políticas.

O profissional de Serviço Social deve ter a habilidade de analisar o contexto socioeconômico para ter a capacidade de propor o poder público, políticas públicas que estão realmente conectados com os problemas sociais de uma determinada população de uma determinada região. Portanto a economia política é como fornecer diversas ferramentas e elementos para o assistente social lidar com sua realidade. Cabe delinear que o papel do serviço social no seu processo de profissionalização assumiu na divisão técnica do trabalho. Iamamotto (2007) argumenta que embora o assistente social não configure trabalho produtivo, o serviço social assume ao longo da historia um papel importante na reprodução das relações sociais no capitalismo.

O Serviço Social é condicionado a elaboração e execução de políticas, programas, compensatórios que não atingem as refrações da questão social ao contexto, inserindo-se na malha da assistência social, porém ainda com perspectiva assistencialista. A profissão, por sua posição estratégica no planejamento e execução de políticas sociais tem papel importante na luta de classes, quando impulsionado pela correção de forças em um momento difícil para classe trabalhadora e suas organizações políticas.

O fortalecimento do projeto ético-profissional, em momento, com a formação política e a articulação com as organizações políticas da classe trabalhadora, pode forçar os limites da política social nas organizações políticas da classe trabalhadora, forçando os limites da política social nas condições objetivas e subjetivas atuais e acumular força social no conjunto da classe trabalhadora para a superação da sociabilidade capitalista e o alcance da emancipação humana.

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