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Trabalho conclusão de curso

Por:   •  18/6/2018  •  4.247 Palavras (17 Páginas)  •  440 Visualizações

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“No conhecimento lógico-matemático, a fonte primária do conhecimento é a criança em si, nada é arbitrário, pois, os conceitos de números não podem ser ensinados pela transmissão social. As fontes primárias do conhecimento social são convenções estabelecidas pelas pessoas.” (Kamii, 1991).

Acreditamos que o desenvolvimento do pensamento aritmético dá-se inicialmente a partir da construção do conceito de número e do sistema de numeração decimal. Posteriormente, amplia-se com a compreensão do significado das operações permitindo seu uso adequado na resolução de problemas. Esse marco de aprendizagem, aritmética, inicia-se com a alfabetização matemática na educação infantil e tem continuidade ao longo de toda a escolaridade.

“O processo de ensino-aprendizagem possui um papel de destaque em nossas reflexões, pois, é esse processo que permitirá ao homem passar de geração à geração seus conhecimentos, métodos e técnicas para transformar a realidade natural,, que antecede sua existência, em uma realidade histórica e cultural, modificada e marcada diretamente para a sua atividade no mundo”. (Nogueira, 2009, p.19).

De um jeito simples ou empírico a criança focaliza apenas uma certa propriedade do objeto e acaba ignorando as demais, ela observa a cor do objeto, mas não o peso deste. Partindo deste princípio, é importante ressaltar que o pensamento lógico não depende da linguagem, e sim da sua realidade. A epistemologia de Jean Piaget identifica a matemática como uma interface entre o espírito humano e o mundo, sendo assim, podemos dizer que é um instrumento-chave no intercâmbio entre o sujeito e o universo, desta maneira os números são aprendidos por abstração reflexiva à medida que a criança constrói relações.

Os numerais arábicos apresentam um conjunto de propriedades específicas que

Influenciam nas atividades de leitura, porém, eles não constituem um sistema alfabético e nem requerem regras de conversão grafofonológica. O valor dos números depende de sua posição na sequência e é influenciado por certos elementos contextuais, por exemplo, “1” na segunda posição à direita é considerado “10” e assim para os demais números. Sendo assim, os mecanismos cognitivos específicos da leitura de palavras e números são diferentes.

Para Papert (1986:34), “as crianças aprendem a ter problemas com a aprendizagem em geral, porém, com a matemática o problema torna-se particular”. Seguindo por este pressuposto, não podemos conceber a educação como algo isolado, sem vínculo com a economia, a cultura e a política.

Segundo Freud, o desenvolvimento e a aprendizagem da criança necessitam ser estimulados afetivamente, sempre levando em conta o desejo desta, porém, não se deve confundir afetividade com permissividade.

Resolver problemas é o processo de reorganizar conceitos e habilidades, aplicando-os a uma nova situação. Mas o que fazer quando um indivíduo não consegue aprender matemática? – Primordialmente é preciso incentivar o aluno a pensar, também é preciso incentivar, focalizar, enfatizar e valorizar a análise do problema, trazendo a realidade do aluno para dentro da matemática, e trabalhar de forma paciente e dinâmica.

Piaget (1970), acredita que fatores influem no crescimento da criança através de todos os estágios do desenvolvimento intelectual. Estes fatores incluem: 1 – exercícios e atividades com objetos; 2 – detecção dos aspectos evidentes da experiências e 3 – experiências lógico – matemática que resultem na descoberta das propriedades abstratas dos objetos, que não pertencem aos objetos em si. Já Guilfort (1967, p. 63) que tinha um pensamento contrário ao de Piaget, acredita que cada pessoa é um composto singular de um grande número de diferentes habilidades intelectuais, a qual cada uma envolve três componentes: 1 – operação cognitiva; 2 – conteúdo específico e 3 – um produto específico. O autor ainda entende a inteligência como um cubo contendo 120 células, cada uma delas representando uma habilidade intelectual específica. Onde a ideia teórica do cubo é, em si mesma, um exemplo cognitivo convergente, com um conteúdo semântico e um sistema como produto.

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho tem um amplo objetivo: por um lado mostrar a importância de se falar e pesquisar sobre as dificuldades em matemática, e por outro lado , o quanto hoje, ainda é difícil encontrar materiais e bibliografias que foquem com complexidade a Discalculia.

Professora Orientadora deste trabalho, Stockmnns, Jussara Isabel (Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Tutoria em EAD, Metodologia em Estudo Religioso, Informática na Educação e Mestre em Engenharia da Produção, Profª na UNICENTRO e Profª tutora na Facinter).

A Origem da Matemática

[Não faça os meninos aprenderem pela força e pela severidade; ao contrário, conduza-os por aquilo que os diverte, para que possam descobrir melhor a inclinação de sua mente. (Platão, A República, VII)]

A palavra “Matemática” tem origem grega (Máthema) que significa Ciência, conhecimento ou aprendizagem derivada daí “Mathematikós”, que significa o prazer de aprender. É uma linguagem que possui códigos próprios e um sistema de comunicação e representação construído de sua história.

O ser humano é um ser de múltiplas dimensões e todos são capazes de aprender e, para que isso aconteça, a escola / instituição / clínica deve lhe proporcionar todas as condições necessárias. Não há ramo da matemática, por mais abstrato que seja, que não possa um dia vir a ser aplicado aos fenômenos do mundo real.

A matemática está presente no dia-a-dia das pessoas, assim como em outras áreas do conhecimento. Por isso, é importante o professor ampliar seu repertório e aprender a trabalhar com exemplos dos alunos. Esse processo torna-se mais significativo quando o professor assume seu papel de mediador do processo de construção do conhecimento, não se limitando a explicar o saber – fazer e sim, a busca de uma compreensão conceitual para ambos. Um dos caminhos para o ensino da matemática é destacar a importância da história da matemática, tratando os saberes de forma contextualizada.

“A história do conceito matemático mostra o movimento deste rumo á sua sistematização e abstração, o que pode tanto ilustrar um possível caminho a ser adotado pedagogicamente quanto revelar

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